Exmos. Senhores,
No dia 25/09/2025, um funcionário da nossa empresa ficou avariado juntamente com os restantes colegas de trabalho na autoestrada VCI, no sentido Ponte da Arrábida – Ponte do Freixo.
O funcionário iniciou a participação da avaria e o pedido de reboque via WhatsApp às 17:23, confirmando a matrícula e marca do veículo, assim como a localização exata. Às 17:27, recebeu uma resposta automática:
"Serviço de reboque: estamos a encaminhar o seu pedido para um dos nossos operadores..."
Enquanto aguardavam a chegada do reboque, uma funcionária da empresa deslocou-se ao local para levar os restantes colegas de trabalho para casa, ficando apenas o funcionário que conduzia a viatura e fez o pedido de reboque na berma da autoestrada.
Nesta altura, o funcionário ainda não tinha sido informado do destino da viatura pelos seus superiores. Às 18:23, tentou indicar a oficina de destino, mas não conseguiu, pois, as respostas automáticas não permitiam interação.
Às 18:52, a administrativa da empresa contactou a linha da Tranquilidade pelo número 213 863 322, tentando esclarecer onde se encontrava o reboque, a estimativa de chegada e fornecendo a morada de destino. Ao indicar a matrícula da viatura, a operadora informou que não existia nenhum pedido de reboque associado à mesma, quase uma hora e meia depois do pedido inicial. Foi então agilizado o pedido com a operadora, que indicou um tempo de espera de 45 a 60 minutos, o que significaria que os funcionários estariam mais de duas horas na berma da autoestrada, completamente expostos a risco, sem qualquer tipo de assistência.
Às 19:03 e 19:27, o funcionário recebeu mensagens automáticas do serviço de reboque:
"Já identificamos o reboque que vai realizar o seu serviço, logo que disponível."
Às 19:29, finalmente foi informado que o reboque chegaria em 35 minutos e que seria da empresa SEPRAMA.
Por volta das 20:08, o reboque chegou, mas o condutor afirmou que iria jantar primeiro e só depois descarregaria a carrinha na oficina. Caso a oficina estivesse fechada, levaria a viatura para o parque privado da SEPRAMA, o que atrasaria a entrega em 2 a 3 dias úteis. O condutor do reboque (matrícula AT57IS, n.º de pronto-socorro 701423) recusou-se a levar o funcionário no lugar de passageiro, deixando-o completamente sozinho na berma da autoestrada, alegando já ter iniciado o turno às 07h00 e demonstrando uma postura teimosa e pouco colaborativa, desconsiderando o risco evidente a que expunha o nosso funcionário.
Foi acordado que o condutor do reboque entraria em contacto com o número fornecido pelo nosso funcionário para agilizar a entrega da viatura na oficina. Por volta das 20:25, o condutor deixou o funcionário à porta do Alameda Shopping, enquanto a entrega da viatura estava ainda por confirmar. Durante o trajeto, não foi entregue qualquer guia ou comprovativo por parte do funcionário da SEPRAMA. Posteriormente, outra funcionária da empresa deslocou-se ao Alameda Shopping para levar o funcionário para casa.
Às 21:40, o funcionário tentou obter informações sobre a entrega da viatura, sem sucesso. Apenas mais tarde, os gerentes da empresa conseguiram confirmar que a viatura tinha sido descarregada por volta das 21:30.
Esta situação é absolutamente impensável e inadmissível: quase três horas na berma de uma autoestrada, sem qualquer tipo de assistência adequada, colocaram os nossos funcionários em sério perigo físico, expondo-os a riscos de acidentes, intempéries e stress elevado, totalmente desnecessários. A situação foi agravada pela falta de registos da Tranquilidade, que demonstrou uma total ausência de controlo e acompanhamento do pedido de reboque, e pela despreocupação e ineficiência da operadora, que não ofereceu qualquer informação concreta durante todo o período. Acresce a isto a atitude obstinada e pouco profissional do condutor da SEPRAMA, que repetidamente ignorou a gravidade da situação, colocando a conveniência própria à frente da segurança do trabalhador, recusando-se inicialmente a permitir o transporte do funcionário no seu veículo, só não o deixando sozinho por pragmatismo pessoal, sem qualquer consideração pela vulnerabilidade do trabalhador na berma da autoestrada. Este conjunto de falhas evidencia um quadro de negligência e falta de profissionalismo inaceitáveis, tornando a experiência não apenas extremamente perigosa, mas também emocionalmente desgastante e profundamente frustrante para todos os envolvidos.
Exigimos uma resposta formal e urgente da vossa parte, bem como esclarecimentos sobre as medidas que irão tomar para garantir que este tipo de ocorrência não volte a acontecer, de forma a proteger os clientes e os funcionários envolvidos.