Exmos. Senhores,
Venho por este meio expor publicamente uma burla praticada pela loja @aura_concept_secondhand, que, até à data de 06/03/2025, se encontra ativa no Instagram. Acredito, no entanto, que poderá alterar o seu nome em breve, tal como já foi registado anteriormente por, pelo menos, duas ocasiões. Esta página apresenta-se como uma loja de revenda de artigos de luxo em segunda mão e tem sido promovida repetidamente pela própria plataforma Instagram, recorrendo a campanhas publicitárias que destacam promoções e preços atrativos.
Após analisar o historial da loja e verificar os testemunhos apresentados – que mais tarde se comprovaram falsos –, bem como a interação ativa com seguidores, considerei tratar-se de um negócio legítimo. No entanto, mais tarde percebi que se tratava de um esquema fraudulento, cujo único propósito é enganar consumidores e apropriar-se indevidamente do seu dinheiro.
No meu caso, realizei uma compra no valor total de 250,99€, através da entidade 11893 (HiPay) e da referência 539 267 383. Apenas posteriormente descobri que esta entidade de pagamento está mencionada em listas de cibercrime, levantando sérias questões sobre a sua responsabilidade na facilitação deste tipo de fraudes.
A HiPay, enquanto intermediária financeira, tem o dever de garantir que as transações processadas através da sua plataforma são seguras e legítimas. No entanto, ao permitir que estes indivíduos utilizem os seus serviços para receber pagamentos fraudulentos, demonstra uma falha grave na verificação e monitorização das atividades dos seus clientes. Pergunto-me, portanto, até que ponto a HiPay é conivente com estas práticas ilícitas ou, no mínimo, negligente na sua prevenção?
Solicito uma explicação sobre as medidas que esta entidade toma para evitar que esquemas fraudulentos como este continuem a ocorrer, bem como o devido reembolso. Além disso, alerto outros consumidores para que tenham extrema cautela ao realizar pagamentos através desta entidade, uma vez que parece estar associada a múltiplos casos de burla.
Deixo este alerta na esperança de que mais pessoas não sejam enganadas e que as autoridades competentes possam investigar e responsabilizar tanto os autores diretos da fraude como as plataformas que, direta ou indiretamente, a facilitam.