Exmos. Senhores,
Somos um casal de portugueses que vive em Paris e que foi de férias a Portugal de 17 a 22 de outubro.
No dia 18 de outubro, às 14h30, fomos ao Hotel Melià porque tínhamos comprado um voucher da empresa Odisseias que dava direito, a mim e à minha mulher, a uma massagem de 30 minutos cada um e a utilizar a piscina do hotel durante 3 horas.
Nunca nos foi dito no e-mail de compra que não era permitida a entrada de crianças na piscina do spa, pelo que fomos os três para a piscina, alternando a guarda da nossa filha quando cada um de nós ia receber a massagem.
Por volta das 15h entramos na piscina e 15 minutos depois o Sr. Ricardo veio ter connosco aos gritos e berros, ofendendo-nos de forma agressiva e constrangedora e dizendo que tínhamos de sair imediatamente da piscina porque não era permitida a entrada de crianças. A minha filha chorava compulsivamente (e as imagens da câmara de vídeo podem comprovar tudo o que estou a dizer) e a minha mulher estava nervosa e perturbada. Decidimos sair imediatamente da piscina e fomos ao balneário mudar de roupa e minutos depois vimos duas crianças a irem para a piscina com os pais.
Depois fui ao site do hotel e vi que as crianças estavam autorizadas a estar na piscina até às 16 horas. Fui perguntar ao diretor do SPA sobre esta informação e ele respondeu-me que só as crianças que estavam hospedadas no hotel tinham direito a estar na piscina até às 16 horas. Disse-lhe então que podia reservar um quarto, pois a minha filha estava triste e eu não a queria deixar naquela situação. O Diretor do SPA insinuou então que eu não tinha dinheiro para reservar o quarto (a câmara de video e um especialista em leitura labial podera comprovar isto), dizendo que o preço do quarto era elevado (cerca de 400 a 500 euros) e que eu tinha de ver se valia a pena pagar tudo isso para ficar uma noite no hotel. Disse-lhe que faria a reserva com o meu telemóvel porque queria que a minha filha ficasse na piscina.
Foi o que fiz, reservei através do site Traventia e rapidamente fui à Receção para que me fosse atribuído um número de quarto para que a minha filha pudesse usufruir da piscina pelo menos até às 16h. Depois de fazer o check-in, desci ao spa e a minha filha pôde ter o mesmo tratamento que as outras crianças e divertir-se na piscina.
Mesmo assim, como resultado do que aconteceu, o nosso dia foi perturbado e, em vez de relaxar, passámos toda a tarde e noite nervosos e tristes com esta situação e a nossa filha passou toda a noite a ter pesadelos e a chorar, pelo que esta situação teve um efeito traumático nela.
Por isso, vou até às últimas consequências legais e vou contactar todas as instituições de defesa do consumidor para denunciar o sucedido, porque não vamos parar enquanto não virmos os nossos direitos respeitados e não formos indemnizados.
Desde o dia 19 de outubro que tenho insistido com o Diretor do SPA para que cancele o voucher e para que nos devolvam o valor pago à Odisseias por um serviço que não utilizámos, e o Diretor do Hotel tem estado a gozar connosco, e a mentir-nos dizendo que já fez tudo o que era necessário para que o voucher fosse cancelado, quando na verdade, depois de termos contactado a Odisseias no dia 23 de outubro, nos disseram que o Diretor do SPA deu ordem para não cancelar o voucher e não fazer o reembolso. Portanto, é evidente que o objetivo do Diretor do SPA era obter uma vantagem financeira para o Hotel, sendo pago duas vezes: 250 euros pela reserva que fizemos + 53 euros do voucher da Odisseias que não foi utilizado.
No dia 24 de outubro enviei um email definitivo ao hotel a dizer que iria tomar as medidas legais adequadas para resolver esta situação e este respondeu-me dizendo que iria cancelar o voucher. Portanto, tudo isto prova a má fé, a arrogância e a falta de consideração pela minha família, gozando com a nossa situação e tendo um total desrespeito por esta situação.
Não vamos desistir e vamos agir com veemência para condenar tudo o que aconteceu neste hotel, e vamos até às últimas consequências legais para que este hotel seja condenado por toda esta situação traumatizante, que causou danos morais e psicológicos à minha família.
Cumprimentos.,
D.A.