Exmos. Senhores
Representantes da DECO
Venho por este meio apresentar uma queixa formal contra a MEO, na sequência de uma situação que considero profundamente injusta e desrespeitosa para com os direitos do consumidor.
Em fevereiro deste ano, contactei a MEO Empresarial com o intuito de instalar serviços de televisão e internet fixa na minha empresa. Após várias propostas, optei por uma que me prometia uma mensalidade mais reduzida, desde que subscrevesse também o serviço Cloud Security Pack – Plano Protect. Aceitei essa condição, assinei o contrato e aguardei a instalação. Contudo, esta nunca chegou a acontecer, alegadamente por falta de condições técnicas (necessidade de ligação via poste). O contrato, nesse contexto, ficou sem efeito. Ou assim pensei.
Qual não é o meu espanto quando começo a ser cobrada, mês após mês, por um serviço que nunca utilizei, que só subscrevi como condição para um pacote que jamais foi instalado, e que me prende agora a uma fidelização de 24 meses — tudo isto à revelia do bom senso e, atrevo-me a dizer, da ética comercial.
A primeira cobrança foi feita por débito direto, entretanto cancelado por mim assim que percebi o que estava a acontecer. Desde esse momento, iniciei uma verdadeira odisseia de chamadas para a linha de apoio MEO Empresas. Fui ignorada. Silenciada. Empurrada para respostas automáticas e atendimentos que não conduzem a qualquer solução. Apenas em maio, após meses de silêncio, recebi um email lacónico a informar que a chamada de adesão ao serviço fora "auditada" e que tudo estaria "corretamente ativo".
Permitam-me que diga: esta resposta é uma afronta à minha inteligência e à verdade dos factos. Se a chamada foi de facto ouvida, é evidente que a subscrição do Cloud Security Pack foi feita única e exclusivamente para efeitos de desconto no pacote de TV + internet fixa — serviço esse que nunca chegou a existir.
O que se passou é, no mínimo, uma prática lesiva dos direitos do consumidor. Não só fui induzida em erro, como estou a ser coagida a pagar durante dois anos por algo inútil, descontextualizado e imposto de forma abusiva.
Apelo, por isso, à vossa intervenção enquanto entidade de defesa do consumidor. Esta situação está a tornar-se insustentável e, mais do que o prejuízo financeiro, representa uma quebra de confiança inaceitável por parte de uma das maiores operadoras de telecomunicações do país.
Na esperança de que esta situação possa ser resolvida com justiça e celeridade, subscrevo-me com os melhores cumprimentos,
Liliana Pereira