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Cobrança indevida e má conduta

Não resolvida Pública

Problema identificado:

Outro

Reclamação

M. M.

Para: Joaquim José Reis

10/05/2025

Venho apresentar uma reclamação relativa ao atendimento prestado à minha mãe, uma senhora idosa, no Cabeleireiro Joaquim José Reis, situado no GaiaShopping. Foi solicitado um corte de cabelo simples, tendo sido informado de imediato que o cabelo estava recém lavado. Ainda assim, o funcionário afirmou que o corte só seria possível após nova lavagem. Sem consentimento, aplicaram produtos não solicitados e, no final, foi cobrado o valor de 42€, quando o preço habitual do corte simples é de 15€. Esta prática configura prestação de serviços não solicitados e cobrança abusiva, especialmente grave quando dirigida a uma pessoa idosa. De acordo com a Lei n.º 24/96, de 31 de julho (Lei de Defesa do Consumidor): Artigo 9.º, n.º 7: "O consumidor não está obrigado ao pagamento de fornecimentos de bens ou prestações de serviços que não tenham sido solicitados." Artigo 10.º: Garante que o consumidor tem direito à proteção dos seus interesses económicos e à reparação de danos patrimoniais e não patrimoniais resultantes da prestação de serviços defeituosa ou desadequada. Artigo 3.º, n.º 1, alínea c): O consumidor tem direito à informação clara, objetiva e adequada, o que não foi cumprido neste caso. Além disso, o Decreto-Lei n.º 24/2014, de 14 de fevereiro, que regula os contratos celebrados com consumidores, refere no: Artigo 10.º: É proibido exigir pagamento por serviços ou bens não previamente solicitados pelo consumidor, sendo tal prática considerada nula. Acresce ainda que, tratando-se de uma pessoa idosa, o princípio da proteção reforçada de consumidores vulneráveis deve ser considerado, conforme a Recomendação da Comissão Europeia 2016/1148 e os princípios de boas práticas comerciais. O proprietário do salão, presente no momento, não interveio nem prestou qualquer esclarecimento ou solução. A atitude revela desrespeito e má conduta profissional. Solicito, com base na legislação acima referida: 1 - A devolução imediata do valor cobrado indevidamente (27€), 2 - Um pedido formal de desculpas, 3 - O cuidado para que estas práticas como esta não se repita com outros clientes, especialmente com cidadãos vulneráveis.


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