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Banco faz agamento não autorizado

Não resolvida Pública

Problema identificado:

Conta Bancária

Reclamação

M. P.

Para: N26

06/03/2025

Exmos. Senhores, No dia 21de novembro de 2024 fui vítima de uma fraude bancária na Internet. Recebi uma mensagem, supostamente enviada pelos Correios de Portugal, dizendo que precisava pagar taxas alfandegárias sobre produtos por mim importados. Como, de fato, eu havia feito a importação de alguns produtos de fora da Comunidade Econômica Européia, resolvi fazer o pagamento. O link da mensagem levava a um site que imitava o dos correios portugueses. Como os produtos importados eram de baixo valor, a taxa de alfândega também era muito baixa: € 1.99. Fiz o pagamento no meu notebook usando o meu cartão bancário do N26. Recebi o código enviado pelo banco e autorizei o pagamento. Fiquei à espera da mensagem que o N26 costuma enviar para efetivar um pagamento. Tal mensagem diz que devo ir à aplicação do N26 no telemóvel e autorizar a pagamento. Isso ocorre em qualquer compra feita no computador com o cartão N26, mesmo naquelas de valor muito baixo. Assim, eu me sentia protegido e à vontade para usar o cartão do N26 para compras e pafgamentos na internet. Desta vez, a mensagem solicitando a autorização do pagamento não veio. Achei que tinha acontecido algo de errado e voltei a tentar o pagamento da taxa de alfândega. Novamente o banco não pediu a confirmação do pagamento. Tentei pagar a taxa uma última vez e o banco também não solicitou a confirmação. Assim, desisti de fazer o pagamento pela internet e ir aos correios pagar presencialmente. Só mais tarde, ao consultar a minha conta no N26 é que percebi que tinha sido vítima de uma fraude. Nas duas primeiras solicitações de pagamento da taxa de € 1.99, o banco pagou € 1, 000.00 e na terceira vez € 500.00, sem que eu tivesse feito a autorização final do pagamento. Note-se que quando o banco manda o código de autorização a mensagem não se refere ao valor que está sendo autorizado. Desta forma, fica evidente que os procedimentos de segurança do N26 são falhos. Ainda mais, porque o banco só trabalha com cartão de débito, e não de crádito, o que torana as operações de pagamento irreversíveis. O pesadelo não foi apenas a perda do dinheiro, que pode parecer pouco para um banco, mas para mim é o meu salário por um mês de trabalho árduo. Pior foi o descaso com que fui tratado pelo banco, quando reclamei dos pagamentos não autorizados. Primeiro disseram que o pagamento havia sido feito com o cartão físico, depois que tinha usado digital wallet (Google pay). O esforço era tentar desmerecer a minha queixa e me tornar responsável pelo que acontecera. Ocorre que não tenho esse aplicativo instalado no meu telemóvel. Ou seja, o sistema de segurança do banco nem sabe como o pagamento foi feito. Depois, disseram que eu autorizei o pagamento, uma vez que utilizei o código que o banco mandou. De fato, isto aconteceu. Só que autorizei três vezes o pagamento de € 1.99 e o banco pagou um total de € 2, 500.00. Além disso, toda a operação é no mínimo suspeita. Nenhum banco autoriza dois pagamentos idênticos seguidos (de € 1, 000.00 cada um, no caso) sem consultar o cliente. Isso é uma regra mundial de segurança bancária. Ou seja, os sistemas de segurança do N26 são muito falhos e o banco não quer assumir suas falhas. Eu esperava que o N26 utilizasse esse incidente para aperfeiçoar a proteção de seus clientes. Não foi o que aconteceu. Simplesmente disseram que era um problema meu, que o banco nada tinha a ver com isso e que não insistisse. Numa situação como esta, o que resta a um cliente fraudado fazer. Em primeiro lugar, passei a considerar que o banco era cúmplice ou, no mínimo, conivente com fraudes por omissão e que o banco não se preocupa em proteger seus clientes das fraudes cada vez mais comuns e sofisticadas que se espalham pela internet. Pretendo encerrar minha conta no N26 e ainda não o fiz apenas por considerar que o banco ainda pode voltar atrás nessa decisão danosa a um de seus pequenos correntista. Tenho conversado com outros clientes do N26 mostrando a eles como é frágil o sistema de segurança adotado pelo banco. Todos ficam abismados e se sentem desprotegidos. Também pretendo levar o ocorrido ao Banco Central Alemão. È o que resta a um David fazer contra um Golias que simplesmente ignora os prejuízos que lhe causou. Atenciosamente, Magnus Pereira


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