Exmos. Senhores,
Venho, por meio deste canal, expor o meu caso, visto que os próprios canais de atendimento ao paciente do Hospital Lusíadas – Porto não têm sido suficientes para a resolução da minha questão.
No dia 3 de abril de 2025, dei entrada nas urgências do hospital para atendimento médico. Ao chegar, antes mesmo de passar pela triagem, fui atendida na receção da unidade de urgências para verificar se o meu seguro de saúde possuía cobertura para esse tipo de atendimento. Vale ressaltar que já sou paciente do hospital e sei que, para as demais especialidades e agendamentos eletivos, o meu seguro possui cobertura.
Após o retorno positivo da rececionista que realizou o atendimento, decidi prosseguir com os atendimentos por meio do seguro de saúde. Informei verbalmente minha intenção e entreguei o cartão do seguro à colaboradora, para que ela inserisse os dados na minha ficha de atendimento nas urgências.
Com a parte burocrática concluída, segui para a triagem médica e, posteriormente, fui atendida por uma médica, que solicitou os seguintes exames: raio-X de tórax, análises para vírus respiratório sincicial (VSR) com pesquisa de antigénio, vírus Influenza A, vírus Influenza B e SARS-CoV-2.
Após receber o diagnóstico de Influenza A e ser liberada para retornar para casa, decidi passar novamente no mesmo balcão, com a mesma rececionista, para já efetuar o pagamento dos serviços prestados, com o intuito de evitar problemas posteriores.
Ao ser atendida, fui informada de que o sistema de pagamento das urgências do Hospital Lusíadas – Porto estava fora de funcionamento. A rececionista solicitou um pré-pagamento de 50 euros, alegando que o sistema poderia demorar muitas horas para voltar ao normal e que, assim que estivesse disponível, ela faria os devidos abatimentos. Disse ainda que, caso houvesse algum valor remanescente, enviaria no mesmo dia 3 de abril uma entidade e referência por e-mail para regularizar a situação. Dito isso, fui para casa, focada na minha recuperação.
No dia seguinte, 4 de abril de 2025, recebi dois e-mails do Hospital Lusíadas – Porto, ambos com cobranças referentes ao atendimento do dia anterior. Estranhei o fato de haver duas faturas e entrei em contacto com o hospital por meio do número indicado. Para minha surpresa, ao questionar os valores, a colaboradora informou que a minha ficha constava como atendimento particular e que, por isso, os valores cobrados estavam sendo considerados como valores integrais de atendimento particular.
É nesse ponto que começo a me incomodar com a situação, pois desde o primeiro contacto com as urgências deixei claro o meu desejo de ser atendida através do meu seguro de saúde, o qual tem cobertura nesse tipo de atendimento. Ainda que compreenda que erros possam ocorrer, desde o dia 4 de abril abri um pedido de retificação das faturas, para que fossem verificados os valores que não deveriam ser considerados como particulares, mas sim os acordados entre o hospital e a seguradora.
Além disso, informei ao apoio ao paciente que já havia efetuado o pagamento de 50 euros no balcão, conforme solicitado pela rececionista das urgências, e que, portanto, os valores devidos provavelmente já teriam de ser abatidos. Tenho, inclusive, comprovativo desse pagamento.
O que mais me chateia não é apenas o contratempo financeiro, mas a total ausência de resposta quanto ao andamento do meu pedido de retificação. Já se passou um mês desde então e ainda não obtive nenhum retorno por parte do hospital. Nas duas ocasiões em que entrei em contacto telefónico para saber o estado do processo, aguardei 35 e 42 minutos, respetivamente, para ser atendida, e a única resposta que recebi foi de que a retificação já havia sido solicitada e que eu deveria aguardar. Acredito que o Hospital Lusíadas – Porto tenha uma equipa qualificada para resolver a questão de um paciente, mas não creio que esse processo deva demorar tanto.
Além disso, considero inadmissível que, mesmo sem qualquer resposta quanto à retificação solicitada, eu esteja a receber, desde então, diversos SMS de cobrança referentes a esses mesmos valores. É lamentável constatar que o hospital demonstra agilidade e organização no processo de cobrança ao paciente, mas não aplica o mesmo empenho para resolver um erro administrativo que foi claramente comunicado desde o início. Esta situação tem gerado não apenas transtornos financeiros, mas também desgaste emocional, o que considero inaceitável, sobretudo tratando-se de uma instituição de saúde.
Sendo assim, solicito uma explicação detalhada sobre os valores retificados e os abatimentos realizados, bem como o contacto de alguém responsável no hospital que possa efetivamente solucionar esta questão.
Desejo muito sucesso a toda a equipa do hospital e fico no aguardo desse contacto com a maior brevidade possível.
Com os melhores cumprimentos,
Caroline Arnone Pinto