Exmos. Senhores Data: 2 de janeiro de 2024Aquando completado 18 anos, os meus pais decidiram comprar um aspirador/equipamento de saúde da Rainbow Portugal através da empresa financeira Credibom. Equipamento esse adquirido em meu nome, ou seja, com a minha inocente assinatura a pedido dos meus pais. Após a compra tudo corria dentro da normalidade.Há pouco mais de um ano comecei a receber inumeras ligações de uma empresa que me cobrava uma quantia exorbitante em divida, relativa à compra acima descrita. Tentei várias vezes negociar um acordo com os mesmos para que pudesse começar a liquidar a divida, pois, um jovem quer tudo menos começar a sua vida adulta com dividas… Porém nas tentativas via telefone e mail não fui respondido. Entretanto pouco tempo depois recebi incontáveis ligações de outra empresa, agora ServDebt, com relação à divida da Credibom. Na ocasião informei que não haveria qualquer possibilidade de pagamento total (com este tempo o valor aumentara bastante). O atendente que entrou em contacto queria sempre que eu estipulasse um valor perto do total da divida para que pudesse ser avaliado por superiores. Tentei celebrar um acordo também por várias vias para o pagamento de uma prestação mensal no valor de 100€ (cem euros) e fiquei no aguardo. Após validação tenho pagado mensalmente. Para minha surpresa comecei a receber notificações de penhoras de uma agente de execução com nome de Ana Maria Ferreira (e seus funcionários). Esta ligaria para que pudesse avançar com a penhora tendo em conta que eu não queria liquidar a divida. Porém eu já efetuava os pagamentos para a entidade Servdebt. Expliquei o sucedido em contacto com o agente de penhora, onde me foi solicitado todos os comprovativos dos pagamentos feitos, e assim o fiz. O agente de penhora informou que nunca lhes foi passado informação da existência de um acordo e que é hábito, por parte destas empresas detentoras de dívidas nesta situação. Onde eles se defendem com a desculpa que com o processo aberto o valor só paga custas judiciais. Assim o agente de execução, com o objetivo de me ajudar, pediu para que eu intimidasse a Servdebt perguntando o porquê de nunca ter existido um acordo.Em contacto com a ServDebt, tive mais uma surpresa, fui informado que NÃO EXISTE UM ACORDO NOS AUTOS, desta forma a possibilidade de penhora continuaria activa. Afirmam aindam que não poderia existir um acordo ao pagar 100€ por mês, pois é um valor que não aceitam. O que me deixou de facto muito irritado.Em nenhum momento, desde o primeiro contacto me foi informado que este acordo não seria oficial, que não anularia processos judiciais.Em ligação com o Sr João Tavares (Servdebt), no dia 19 de dezembro do corrente ano, nos foi exposto (a mim e meu companheiro) que o valor da parcela é baixo demais para interromper o processo judicial e que mesmo estando a honrar os pagamentos, a penhora é uma garantia, afinal, de uma hora para outra podemos deixar de pagar.Após quase um ano de pagamento, o valor continua em 5mil e qualquer coisa como dito pelo Sr João Tavares, que para encerrar o processo judicial, que, em verificação com a Dra Andreia Enriques somente seria possível com um pagamento próximo da totalidade, e que deveríamos fazer uma proposta antes do fim de dezembro. O Sr. João Tavares aborda-nos quase diariamente para que paguemos a dívida o quanto antes, mas conforme explicado desde início está fora de cogitação que a sugestão dada pelo mesmo seja colocada em prática, pedir a amigos e familiares dinheiro (dito por ele), isso beira à insanidade e é extremamente ofensivo. Como dissemos ao Sr. João Tavares o meu companheiro está, há um ano e meio a passar por um tratamento contra um cancro na perna que em 29 de novembro deste ano, soubemos que está com metástases cerebrais, apesar disso, cumprir com este acordo, que é unilateral, nos traz tranquilidade, paz. Agora, o questionamento, já feito a uma senhora e depois ao Sr João Tavares.- Estamos a espera que a DebtServ nos informe por escrito, qual o menor valor de parcela para que seja possível um acordo nos autos e não um mero pagamento sem qualquer amparo legal. Fica inviável, neste momento, pagamentos absurdos como os que o Sr João Tavares sugere.O Sr João Tavares disse que a penhora de bens não é algo que será efectivo, que o aviso de penhora é apenas uma salvaguarda para se utilizar caso deixemos de pagar, mas, se NÃO EXISTE UM ACORDO NOS AUTOS, porquê aceitaram o pagamento de 100€ e ainda retiraram a informação da dívida do Banco de Portugal?Com isto, espero ter me dirigido a vós explicando a minha história da melhor forma. Neste momento estou psicologicamente muito afetado, tem sido uma fase atribulada de hospitais e ainda tenho de me preocupar se posso ficar sem o meu carro que nos tem ajudado muito. Não consigo mais dormir sem pensar nas inúmeras ligações. Quando desde sempre dei a minha palavra e quis pagar a minha divida de forma honrada.Assim, para terminar peço que de alguma forma me possam fornecer uma orientação/ ajuda para o que posso fazer em relação ao exposto.Estarei à disposição para qualquer esclarecimento.Atentamente.Hugo Gonçalves