Cabaz de Natal: preços constantes na última semana antes da Consoada

Um pequeno cabaz alimentar com 16 produtos essenciais na mesa de Natal dos portugueses, como bacalhau, peru, vinho ou azeite, pode este ano custar 53,36 euros, mais 6,99 euros do que a 21 de dezembro de 2022 (mais 15%) e mais 2,58 euros do que a 20 de dezembro de 2023 (mais 5 por cento).

Os dados são da DECO PROteste e revelam que, embora este cabaz esteja mais caro do que em 2023, a aproximação ao Natal não está a provocar uma subida generalizada nos preços. Na última semana, entre 11 e 18 de dezembro, este cabaz ficou apenas 54 cêntimos mais caro (mais 1%), e o preço da maioria dos produtos manteve-se inalterado ou desceu ligeiramente.

A organização de defesa do consumidor alerta, contudo, que o peso dos produtos para a ceia de Natal na fatura de supermercado pode ser mais expressivo. Nas contas do preço total deste cabaz foram considerados apenas uma unidade de cada produto ou um quilo, no caso dos produtos vendidos a peso (bacalhau, perna de peru, batata, couve e abacaxi).

Para perceber se este Natal pode representar um maior esforço financeiro para os consumidores portugueses, a DECO PROteste escolheu 16 produtos tipicamente usados na confeção da Consoada. Depois, calculou o preço médio por produto em todas as lojas online do seu simulador. Posteriormente, foi somado o preço médio de todos os produtos e obtido o custo total do cabaz para um determinado dia.

Preço do bacalhau aumenta 1,10 euros numa semana

A 18 de dezembro, 10 dos 16 produtos deste cabaz viram os seus preços descer. Cinco ficaram quase ao mesmo preço do que na semana passada: é o caso da carcaça, do azeite virgem extra, da batata vermelha e da farinha para bolos. 

Na última semana, as maiores descidas de preço tocaram produtos como o arroz carolino, que custa agora menos 19 cêntimos (menos 10%), a couve, que ficou 7 cêntimos mais barata (menos 5%), e os ovos, que custam menos 4 cêntimos (menos 2 por cento). São trocos, sim, e nem chegam para cobrir o aumento do "rei" da Consoada que, numa semana, ficou 1,10 euros mais caro por quilo (mais 8 por cento).

Chocolate, peru e bacalhau mais caros do que em 2023

Embora a maioria dos preços dos produtos do cabaz de Natal tenham descido ou ficado inalterados na última semana, a comparação com os preços de 2023 mostra que há vários produtos que estão a contribuir para que esta ceia de Natal possa ser mais cara do que a do ano passado.

É o caso do chocolate para culinária. Há um ano, uma tablete deste chocolate custava 1,86 euros. Este ano, custa 2,68 euros, mais 82 cêntimos (mais 41 por cento). A perna de peru, por sua vez, aumentou 78 cêntimos por quilo (18%) face a 2023, e custa 5,11 euros por quilo. Outro dos produtos com maior aumento  é o bacalhau graúdo, que custa agora 15,05 euros por quilo, uma diferença de 2,21 euros face a 2023 (mais 18 por cento).

O azeite virgem extra, por outro lado, ficou mais barato em comparação com o período homólogo. Há um ano, uma garrafa com 75 centilitros de azeite custava 10,17 euros, mais 64 cêntimos (mais 6 por cento) do que custa esta semana. Ainda assim, no início de 2022, era possível comprar a mesma garrafa de azeite por menos de metade daquele valor: apenas 4,46 euros.

É possível poupar nas idas ao supermercado. Compare os preços por litro, quilo ou unidade entre os produtos de várias marcas. Para obter uma poupança ainda maior, aceda ao simulador de preços dos supermercados online e saiba qual o mais barato no seu concelho.

Escolher supermercado mais barato