Quer mesmo jantar fora?
Não bastasse já o custo das refeições ter subido por via da inflação, reduzindo aqueles momentos de fruição a um grupo mais restrito de famílias, há ainda um conjunto de taxas e serviços que muitos restaurantes começaram a cobrar para aumentar as receitas.

O prazer de comer fora, partilhado por quase todos os portugueses, corre cada vez mais riscos de ser seguido de um rol de dissabores, na hora de pagar a conta. Não bastasse já o custo das refeições ter subido por via da inflação, reduzindo aqueles momentos de fruição a um grupo mais restrito de famílias, há ainda um conjunto de taxas e serviços que muitos restaurantes começaram a cobrar para aumentar as receitas.
Por certo, já foi confrontado, nalgum momento, por um desses exercícios de criatividade que, não sendo necessariamente ilegais, também não primam por ser uma boa prática. A cobrança de água filtrada ao preço da de nascente engarrafada ou de uma taxa de música ao vivo num determinado dia são disso exemplos. Em ambos os casos, a lei não o proíbe, desde que o estabelecimento dê essa informação de forma clara e explícita ao consumidor, por exemplo, constando do menu. Se é bem recebido? Talvez não. Já a cobrança de um extra, por ter dividido a dose com o filho mais novo ou por terem sido disponibilizados pratos e talheres a uma dúzia de comensais que degustaram, como sobremesa, o bolo que o aniversariante trouxe de fora (em vez dos doces vendidos pelo próprio restaurante), entende-se. Com alguma facilidade, até, partindo-se do pressuposto de que os valores cobrados pela utilização de loiça são razoáveis. Em contrapartida, sugerir o pagamento de gorjeta no talão de conta ou no terminal de pagamento é altamente reprovável – pode coagir o cliente, que tem, na verdade, todo o direito de recusar.
Assim, para que de uma ida ao restaurante não resulte uma indigestão pela certa, verifique sempre o preçário. Da mesma forma que, se calhar, tomava algumas opções à mesa para controlar a conta final, também a restauração, em causa própria, olhou para essas perdas de rendimento e procurou contorná-las. Acima de tudo, é essencial que saiba ao que vai, para não ser apanhado desprevenido, nem pagar mais do que deve: há taxas ou serviços que terá de pagar, mesmo que discorde; outros, nem tanto.
Sabia que…?
Os restaurantes podem cobrar uma taxa por disponibilizarem talheres para a partilha de uma sobremesa ou copos para servir um vinho trazido de casa, desde que tal conste explicitamente do preçário.
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