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Férias: vale a pena pedir um crédito para viajar?

Muitas famílias têm um orçamento limitado, o que dificulta as escolhas nas férias. Contrair um crédito para viajar pode não ser uma boa opção. Veja as dicas para ir de férias, mesmo que não consiga pagá-las a pronto.

20 junho 2023
pessoa com chapeu na cabeça a olhar para um mapa e a organizar as férias

iStock

Pedir um crédito para viajar nas férias nunca é boa opção. O ideal é poupar o máximo para pagar as despesas a pronto ou socorrer-se de meios de pagamento sem juros.

Sobretudo no verão, as agências de viagens multiplicam-se em ofertas de pacotes de férias. Se encontrou o que procurava e a agência não cobra juros pelo pagamento em prestações, esta pode ser uma boa opção. Já agora, fique atento ao preço das viagens: “0% de juros” nem sempre é sinónimo de pacote mais barato. Antes de contratar, pergunte o preço em várias agências e faça contas.

Alguns bancos e instituições de crédito também concedem créditos para viagens, mas podem não compensar. Analise as condições, compare a TAEG (taxa anual de encargos efetiva global) e escolha o crédito que apresentar a menor taxa, pois nesta estão refletidos todos os custos do financiamento.

Outra forma de fazer férias sem juros é usar o cartão de crédito e liquidar a dívida nos 20 a 50 dias seguintes, para que não sejam cobrados juros. Contudo, esta modalidade fica limitada ao valor do crédito disponibilizado pelo banco (plafond). Se o seu cartão tiver um programa de cashback, recebe uma percentagem da despesa. A maioria associa também pacotes de seguros, que cobrem alguns imprevistos. As coberturas mais importantes são assistência em viagem, despesas de tratamento e acidentes pessoais.

Créditos em conta para pagar as férias

Caso pretenda um destino mais caro, que nem a agência nem o cartão permitem pagar sem custos acrescidos, e pondera a hipótese de recorrer a um financiamento, considere as modalidades de pagamento com juros. Se precisa de um valor reduzido (até 1500 euros, por exemplo), e prevê pagar a dívida no prazo de três a seis meses, o cartão de crédito pode ser uma boa opção. Para fazer a escolha mais barata, recorra ao cartão que tiver a TAEG mais baixa.

O descoberto autorizado associado à conta-ordenado é uma alternativa ao cartão, mas o crédito disponibilizado tem, geralmente, um valor idêntico ao do vencimento e o cliente começa a pagar juros logo que usa o saldo descoberto, para além de que a dívida é totalmente reembolsada assim que o vencimento seguinte cair na conta bancária.

Se não pode pagar a dívida nos três a seis meses seguintes, restam-lhe opções que implicam mais burocracia e mais tempo para formalizar. O crédito com penhor de uma aplicação financeira, como uma conta-poupança ou um fundo de investimento, é mais barato do que o crédito pessoal tradicional, já que o cliente apresenta uma garantia real. Contudo, a aplicação deve ter um valor igual ou superior ao montante do empréstimo e não pode ser movimentada enquanto o crédito estiver ativo.

Caso não tenha uma garantia, o crédito pessoal pode ser uma solução. Além de uma livrança, a maioria dos bancos exige seguro de vida e alguns o de proteção de crédito. Mas terá de suportar juros, comissões bancárias iniciais e os seguros já referidos.

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