Prevenção

Guia para pais
- Não encoraje vinganças, denuncie aos responsáveis e articule esforços com a escola. Ajude a desenvolver a autoestima da criança.
- Incentive a criança a explorar uma atividade de que goste: uma modalidade desportiva, por exemplo. Se for vítima, é melhor passar mais tempo com quem vive uma boa relação e fazer novos amigos fora do ambiente escolar.
- Ensine ao seu filho como se proteger: dizer “não” ao agressor sem mostrar medo, ignorá-lo e evitar oportunidades de intimidação, como ficar sozinho nos corredores e balneários.
- O agressor, com comportamento antissocial, também precisa de ajuda. Os pais não devem partir para a ameaça, mas dar orientações e limites para controlar o comportamento e expressar a insatisfação, sem magoar os outros. Encoraje-o a pedir desculpa ao colega agredido, pessoalmente ou por escrito.
- Em casa, aconselhe o seu filho a agir e denunciar os casos mais graves.
- Participe ao máximo e mantenha o contacto próximo com os professores.
Cyberbullying: conselhos de segurança para os jovens
O cyberbullying traduz comportamentos de intimidação ou ameaça através da internet, incluindo redes sociais e salas de chat, SMS e telefone, com intenção de provocar sentimentos de medo ou vergonha na vítima, entre outros. É possível tomar algumas medidas para se proteger.
- Antes de publicar alguma informação, convém ter a certeza de que não é pessoal ou demasiado vulnerável.
- Devem ser ativadas todas as opções de segurança e privacidade disponíveis no programa que está a usar.
- Não aceite pedidos de amizade de pessoas desconhecidas.
- Nas salas de chat, é preferível usar um nome que não o identifique diretamente.
- Se for vítima, ou perceber que alguém foi vítima de algum comentário impróprio, deve denunciar de imediato a situação no próprio website. Tratando-se de uma rede social, convém bloquear o autor desse comentário.
O que fazer se for vítima
Se for vítima de bullying ou cyberbullying, não reaja ou responda a quem a humilhou. Caso tenha acesso a conteúdos de intimidação que não lhe sejam dirigidos, não os partilhe nem comente. Nestas situações, qualquer reação poderá estar a contribuir para uma escalada de violência. Contudo, deve guardar todas as provas (e-mails, comentários em redes sociais, por exemplo), uma vez que constituem provas do crime. Se a situação continuar, a vítima deve relatar o que está a suceder a um adulto (os pais ou familiares próximos, por exemplo). Se, mesmo assim, as agressões online continuarem, a vítima deve fazer uma denúncia às autoridades policiais (PSP, GNR ou PJ) ou ao Ministério Público.
É possível encontrar ajuda no site Sem Bullying, Sem Violência.
Ações de combate ao bullying nas escolas
Maior supervisão pelos adultos, sinalização de espaços menos seguros e vigilância são ações a promover.
As políticas de tolerância zero e castigo, seguidas por muitas escolas, adiam o problema e podem provocar retaliações contra a vítima. Na maioria dos casos, não há uma estratégia contínua de prevenção que envolva alunos, professores, funcionários e pais. Atua-se só quando a situação é denunciada ou mais evidente, perante marcas de agressão física, por exemplo.
Professores e funcionários devem estar atentos aos sinais e acompanhar as relações. Mas o envolvimento dos alunos e pais, com debates, campanhas ou até peças de teatro, é a melhor maneira de redobrar a vigilância.
Não culpabilizar é a melhor abordagem num caso de bullying. O professor pode falar com a vítima sobre as suas emoções, sem questionar diretamente quanto ao ocorrido, e conhecer os envolvidos.
Num segundo passo, pode chamar-se à conversa os envolvidos, mesmo que apenas observadores, num pequeno grupo. É decisivo explicar o problema e os sentimentos da vítima: pode ilustrar com um texto, uma imagem ou um filme. Mas não discuta os detalhes do incidente nem culpe o grupo.
Peça contributos em ideias para ajudar a vítima. Reforce que todos podem evitar estes casos.
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