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Perdeu o seu animal de estimação? Saiba o que fazer

O seu cão ou gato desapareceram? Comece por procurar no sítio onde o viu pela última vez. Espalhe fotografias, divulgue o apelo nas redes sociais e contacte o canil e as autoridades da zona.

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14 agosto 2025
Cão de pequeno porte numa estrada

iStock

Ao fim de dez dias, a 15 de julho, John, o "cão de raça indefinida e muito tímido", como descrito no cartaz que alertava para o seu desaparecimento nas matas de São Mamede do Coronado, perto da Trofa, apareceu. Para grande alívio do médico psiquiatra Júlio Machado Vaz, que não teve mãos a medir nos apelos nas redes sociais. Mas também em buscas, cartazes com a fotografia e a descrição do John, e contacto. E até uma recompensa. Às vezes, não chegam mil cuidados. Nos passeios ao fim do dia, o cão vai para um lado, o tutor para o outro. O gato sai sorrateiramente pelas escadas do prédio e não regressa.

O desaparecimento de um animal de companhia exige medidas imediatas. Qualquer que seja a estratégia, convém manter a busca regular e atualizar a informação, sempre que possível.  

Onde foi visto pela última vez o animal de estimação?

O primeiro passo é procurar o cão ou o gato na zona onde foi avistado pela última vez. Peça ajuda a amigos e a vizinhos para ajudar na busca e percorrer a área onde se encontrava quando desapareceu. Júlio Machado Vaz conta que "batemos a zona à volta das matas do Coronado" na esperança de encontrar John, cão com oito anos, adotado há cinco anos.

Colocar cartazes na rua com a fotografia do animal, a descrição, o contacto e o último local onde foi avistado é a segunda medida a tomar. As imagens devem ser colocadas nas zonas mais movimentadas, bem como junto ao último local do avistamento, em lojas de animais, supermercados ou cafés, pedindo autorização aos proprietários dos estabelecimentos. 

Alertas nas redes sociais, sites e apps 

Redes sociais, como o Facebook ou o WhatsApp, também podem ser um meio fundamental para divulgar a informação. Que o diga Júlio Machado Vaz, que fez apelos sucessivos no Facebook quando o seu cão esteve em parte incerta. No Facebook, há vários grupos que ajudam a divulgar apelos sobre cães e gatos desaparecidos. Segundo o psiquiatra, graças às pistas fornecidas pelo conjunto dos seus seguidores, o animal foi encontrado. Ao reconhecer o cão, uma senhora que estava a passear o seu próprio cão, telefonou para o número de contacto. "Vinha em stress, com mais sede do que fome, e com uma pequena ferida. Foi uma aflição, mas acabou tudo bem", conclui Júlio Machado Vaz. 

Do mesmo modo, é útil lançar a mensagem em alguns sites ou apps que ajudam a propagar os apelos, como o Encontra-me.org. Também a Ordem dos Médicos Veterinários tem uma zona, no seu portal, na qual é possível publicar a fotografia e a informação sobre o animal de companhia desaparecido.

Comunicar o desaparecimento do animal no SIAC

O tutor deve contactar clínicas veterinárias e associações de proteção animal da zona onde o animal de companhia foi avistado pela última vez. Por seu lado, os municípios disponibilizam centros de recolha oficiais de animais, daí que também deva contactar o canil ou o gatil.

No caso de as buscas resultarem infrutíferas, as autoridades policiais são aliados, em particular se o animal estiver identificado com microchip. Se for este o caso, a perda deve ser comunicada no Sistema de Informação de Animais de Companhia (SIAC), no prazo de 15 dias, na própria página ou através do veterinário. É fundamental manter o registo atualizado no SIAC, tendo em vista potenciar a busca do animal.   

Se o tutor atualizar o registo no SIAC e indicar o desaparecimento, tal informação fica acessível aos veterinários e às autoridades policiais (GNR, PSP e polícia municipal), bem como aos centros de recolha oficiais. Por outro lado, se o animal for levado para um veterinário ou para um centro de recolha, após a consulta do SIAC, é possível confirmar se o mesmo foi dado como desaparecido e aceder aos contactos do tutor. Caso a morada, o número de telefone ou o e-mail não se mantenham atualizados, pode ser impossível localizar o tutor. Para evitar complicações futuras, convém confirmar se a informação do microchip está atualizada. 

Se o animal não tiver microchip ou o microchip não se encontrar registado, não é possível identificar o tutor através do SIAC. Além disso, se o microchip estiver ilegível ou com defeito, é impossível ler o número de identificação.

A procura de um cão ou de um gato oriundo do estrangeiro, sem microchip ou registado em bases de dados sem ligação ao SIAC, pode revelar-se difícil.

O que fazer se encontrar um animal de companhia na rua?

Caso se depare, na via pública, com um animal de estimação, verifique se tem uma placa de identificação com o número de contacto. Outra hipótese é levá-lo a uma clínica veterinária para confirmar se o tem microchip. Caso não seja possível identificar o tutor, convém contactar o centro de recolha oficial de animais dos municípios, de Norte a Sul do País, bem como nos arquipélagos dos Açores e da Madeira. 

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