Placas de indução: como testamos

Para testar o desempenho das placas de indução fazem-se diversos testes de cozedura de alimentos. Na análise, quando a DECO PROteste faz referência a “potência máxima”, exclui o modo "Boost"/"Power" porque o comportamento deste modo varia muito de placa para placa, tornando os resultados incomparáveis.

Em laboratório, o desempenho da placa de indução é avaliado de acordo com os critérios abaixo.

• Capacidade de aquecer água. Ferve-se uma panela grande com água, nas zonas de cozedura maior e menor, na potência máxima (sem modo "Boost"/"Power"), e verifica-se o tempo que demora até levantar fervura e a energia consumida no processo.
• Capacidade de controlar a temperatura. Nas zonas de cozedura maior e menor, aquece-se uma panela com uma camada de óleo. A zona de cozedura é aquecida na configuração mínima, a fim de verificar se o fogão é capaz de permanecer em baixa temperatura. A temperatura do óleo e o consumo de energia são medidos continuamente durante 30 minutos.
• Distribuição de calor. Na zona de cozedura média, cozinham-se seis panquecas em sequência. Com recurso a um aparelho calibrado, mede-se com precisão o grau de “douradura” de cada panqueca.
• Eficácia das zonas flexíveis. O teste é realizado apenas às placas que apresentem esta funcionalidade. Testa-se o desempenho da zona flexível usando uma frigideira coberta com uma camada muito fina de farinha. O escurecimento da farinha mostra, claramente, como o calor é distribuído pela superfície da zona de cozedura.
• Desempenho a aquecer com todas as áreas de cozedura ligadas simultaneamente. Na maior zona de cozedura, aquece-se uma panela grande com óleo na potência máxima. Cada uma das outras zonas de cozedura tem uma panela com água a ferver. Assim que o óleo atingir a temperatura ideal (180ºC), frita-se a quantidade máxima possível de batatas fritas congeladas durante 45 minutos, enquanto a zona de cozimento permanece na temperatura máxima. Entre as porções, deixa-se o óleo aquecer novamente até 180°C. Mede-se a temperatura da água nas outras zonas de cozimento. Depois, verifica-se quantos lotes de batatas fritas se fritaram e se a água nas panelas permaneceu a ferver bem.
• Consumo de energia. Em todos os testes de cozimento, mede-se o consumo de energia da placa de indução. A classificação geral de consumo energético consegue-se com a combinação do consumo da placa a trabalhar e em modo de espera.

Facilidade de utilização

A facilidade de utilização permite aferir se o uso e a limpeza da placa de indução são fáceis para o utilizador.

• Uso. No laboratório, os técnicos verificam se o painel de controlo da placa de indução é autoexplicativo e simples de usar; como se faz o ajuste de potência das áreas de cozedura (por exemplo, pressiona-se um botão de "+" ou "-" ou é um controlo deslizante); a sensibilidade ao toque do dedo; entre outros aspetos.
• Limpeza. Os técnicos verificam a existência de bordas e sulcos ao longo da placa de indução, onde a sujidade se possa acumular. Também verificam se os testes de cozedura deixaram manchas difíceis de remover, entre outras marcas.

Características adicionais

Nos testes, também se avaliam características como a segurança e o ruído produzido pela placa de indução durante o seu funcionamento.

• Segurança. Para os testes de segurança térmica, mede-se a temperatura na borda da placa de indução, no painel de controlo e entre as zonas de cozedura, verificando-se a existência de funções como a proteção contra transbordamento (a placa desliga-se automaticamente se uma panela transbordar) e a proteção contra fervura a seco (a placa desliga-se automaticamente se a panela ficar sem água). Verifica-se, ainda, se a zona de cozedura arrefeceu o suficiente quando o aviso de calor residual é desligado. É, ainda, realizada uma inspeção visual para verificar a existência de anomalia elétrica.
• Ruído. Para avaliar o ruído, mede-se o som em decibéis e os técnicos em laboratório realizam uma avaliação (subjetiva) do incómodo que os ruídos causam (por exemplo, zumbidos, cliques e sons agudos). Normalmente, o exaustor ou o borbulhar de uma panela é o suficiente para abafar o ruído provocado pela placa de indução. Por isso, a DECO PROteste não inclui o ruído na avaliação final da placa de indução.