Como escolher o colchão certo e poupar 400 euros
De espuma, molas ou híbridos, quentes ou frescos, mais ou menos firmes, duráveis, confortáveis, com ou sem capa lavável. Abundam os critérios para escolher o colchão ideal. A DECO PROteste comparou 75 modelos de casal. Se optar pela Escolha Acertada, poupa 400 euros.
A Organização Mundial da Saúde reconhece o sono como uma componente vital da saúde e do bem-estar. Quando o colchão velho já lhe deu todas as boas noites que conseguia, é hora de escolher novo companheiro noturno. Tipicamente, tal sucede ao fim de 8 a 12 anos.
Há vários cuidados a considerar antes de comprar o que melhor se adapta às suas necessidades: o suporte dado ao corpo na posição dorsal e lateral; o conforto; o comportamento térmico; a firmeza; o tipo e qualidade dos materiais usados na produção; a durabilidade e o desempenho ambiental. Sem esquecer o preço.
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Os critérios são muitos, porém, a escolha pode ser simples. A DECO PROteste comparou 75 modelos de colchões de casal, com 160 por 200 centímetros. Os resultados são bons, mas não excelentes. Só um terço dos modelos tem boa ou muito boa qualidade, e dois reprovaram nos testes.
Duráveis e com bom desempenho ambiental no geral
As apreciações são bastante satisfatórias na durabilidade. Sujeita a vários testes – suporte dado ao corpo, fadiga, manutenção da altura e nível de firmeza ao longo do tempo – a maior parte dos colchões testados recebe entre quatro e cinco estrelas.
Também há boas notícias para o planeta. A maioria dos 75 colchões testados apresenta bons resultados no desempenho ambiental, essencialmente devido à qualidade de construção e à possibilidade de lavagem.
Mais de metade dos modelos (53%) obteve ainda bons resultados na reciclabilidade, que avalia o número de materiais e camadas diferentes que constituem um colchão e a facilidade na sua separação, entre outros.
Já a sustentabilidade dos colchões, no seu todo, pode melhorar. Menos de metade (40%) dos modelos testados conseguiu uma avaliação positiva (três ou mais estrelas) no impacto ambiental dos materiais usados no fabrico dos colchões e apenas 15 têm certificações ambientais.
O impacto ambiental, além da origem e da tipologia das matérias-primas, considera outros aspetos, como a incorporação de material reciclado e a possibilidade de retoma dos colchões usados por parte das marcas, por exemplo, na troca por um novo.
Regime RAP continua por implementar em Portugal
O regime de responsabilidade alargada ao produtor (RAP) referente aos colchões e mobília deverá ser implementado, em Portugal, em 2026.
Esperam-se para breve novidades sobre a entidade gestora constituída no âmbito do RAP para a gestão dos colchões (e mobílias), nomeadamente na forma como irá operar. A nova entidade será responsável pela recolha dos colchões usados e pela sua reciclagem. Recorde-se que, até final de 2026, Portugal deverá já conseguir recolher 25% dos colchões colocados no mercado e, até 2030, a reciclagem dos resíduos de colchões deve atingir os 90 por cento.
Tornou-se imperativo reduzir a deposição em aterro de produtos, como colchões e muitos outros, sobretudo pelo seu potencial de valorização. Os diferentes materiais que os constituem devem ser reciclados e recuperados para o fabrico de novos produtos, promovendo a economia circular.
Municípios também são responsáveis pela recolha
Os aterros estão a atingir o limite da sua capacidade. Por isso, é importante implementar o RAP e cumprir as metas europeias previstas para a recolha e reciclagem dos resíduos volumosos, os ditos monos, entre outros.
Na União Europeia, França foi pioneira na adoção do referido regime, em 2013, seguida da Bélgica, em 2021, e dos Países Baixos, em 2022. Espanha avançou em 2025.
Em Portugal, os municípios passaram também a ser responsáveis pela recolha seletiva de mobiliário e resíduos volumosos, incluindo colchões, no início de 2025.
Assim, se necessitar de descartar um colchão usado e este já não estiver em condições de ser reutilizado ou doado (por exemplo, a uma instituição de caridade), consulte os serviços da câmara municipal e confirme se a recolha é feita por agendamento, se há um dia próprio para o efeito ou, ainda, se existem locais específicos para entregar os colchões usados, como os ecocentros.
Outra possibilidade: quando comprar um colchão novo, pergunte se a marca recolhe o antigo, e se esse serviço é gratuito.
Seja por que via for, importa dar o destino certo ao seu colchão usado, e não o abandonar na via pública, até porque é proibido.
Com as técnicas adequadas, é possível recuperar 85% dos materiais de um colchão. Contudo, ainda há muitos que vão para o aterro. Espera-se que o aumento das taxas de recolha e reciclagem, através da implementação do regime RAP nos vários países europeus, incluindo Portugal, contribua para inverter esta tendência.
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