Toyota Prius híbrido plug-in ou Toyota bZ4X 100% elétrico: qual o melhor?
A resposta depende das necessidades da família. O Toyota bZ4X é 100% elétrico, o Toyota Prius é híbrido plug-in. Muito seguros e poupados no consumo, são dois bons automóveis. O preço do mais acessível arranca nos 41 mil euros.

Dois carros em confronto: uma estreia entre os elétricos contra um híbrido icónico com provas dadas ao longo de mais de um quarto de século. O Toyota bZ4X é o primeiro automóvel elétrico a bateria com plataforma dedicada, da linha Beyond Zero. Está disponível com 10 anos de garantia ou 1 milhão de quilómetros para a bateria de tração. Exibe mais espaço interior, maior altura do solo e um design mais robusto.
Poupe com a seleção de carros elétricos e híbridos plug-in
Agora na quinta geração, o Toyota Prius Plug-in destaca-se pelo design aerodinâmico e foco na eficiência do combustível. Ambos são seguros, muito eficientes e revelam um bom desempenho nas provas de estrada e nos testes de laboratório. A proposta elétrica consegue ficar uns furos acima no veredicto. Mas o híbrido plug-in vence nas contas ao quilómetro.
Na análise do custo por quilómetro, o Toyota Prius Plug-in é mais vantajoso na maioria dos cenários. O menor custo de aquisição explica a ligeira vantagem. Mas se comparar uma versão mais equipada do Prius com outra mais acessível do bZ4X o cenário muda de figura. A escolha depende das necessidades em autonomia, uso diário, tipo de carregamento e preferência pelo tipo de veículo (SUV vs. hatchback/sedã).
Nenhuma destas novidades consegue destronar o Melhor do Teste no segmento dos carros familiares. O preço dos Melhores do Teste bate facilmente ou ultrapassa os 60 mil euros, mas não precisa de gastar esta fortuna para equipar a família com uma boa proposta elétrica ou híbrida plug-in. As Escolhas Acertadas recomendadas pela DECO PROteste rondam os 40 mil euros. E entre os pequenos familiares pode fechar negócio por menos de 30 mil euros.
Elétrico ou híbrido plug-in? A resposta não é igual para todos
O Toyota bZ4X e o Toyota Prius Plug-in são ambos veículos eletrificados, mas pertencem a categorias diferentes e recorrem a tecnologias distintas.


Qual é a diferença entre o automóvel híbrido plug-in e o carro elétrico?
O híbrido plug-in conta com duas tecnologias: motor a combustão interna e motor elétrico. Permite carregar a bateria em qualquer tomada: a bateria é maior do que no automóvel convencional, mas é muito inferior à do veículo 100% elétrico. O modo de condução elétrico só está disponível para percursos até 80 quilómetros.
O veículo elétrico recorre à tecnologia elétrica e baterias. Traz uma grande unidade de baterias com sistema de carregamento. O modo de condução é puramente elétrico. Com uma condução cuidada, aumenta a autonomia: basta aproveitar os períodos de regeneração.
Só compensa apostar no híbrido plug-in se carregar a bateria com regularidade para aproveitar ao máximo a mais-valia desta opção. Ambos os motores funcionam, com momentos de poupança. Com cuidado ao volante, consegue poupanças significativas, quer no período de condução elétrica, quer através do funcionamento simultâneo dos motores. Bem usado, com o carregamento regular da bateria e o aproveitamento da condução em modo 100% elétrico, no cálculo do custo de utilização e posse para a maioria dos utilizadores, o híbrido plug-in a gasolina fica quase tão vantajoso quanto o elétrico. Mal utilizado, ou seja, sem nunca carregar a bateria, é uma das piores opções.
Toyota bZ4X, o primeiro carro elétrico da marca aprovado com distinção
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Exclusivo
Para continuar, deve entrar no site ou criar uma conta .O bZ4X é o primeiro automóvel totalmente elétrico da Toyota. O nome é composto pelo lema de mobilidade da Toyota com zero emissões "bz, beyond zero" e um "X", que pretende destacar a ambições de um SUV crossover. Foi desenvolvido em parceria com a Subaru. A versão testada tem uma potência equivalente de 204 cv. e é alimentada por uma bateria de iões de lítio de 71,4 kWh.

Com uma nota muito boa ao nível de eficiência em cidade, consome, em média, 17 kWh aos 100 quilómetros. Entre os rivais, sobressaem o Ford Mustang Mach-E, o Kia EV6, o Tesla Model Y e o Volkswagen ID.5.
Destaca-se sobretudo pela ótima eficiência em cidade, onde só gasta 12,1 kWh por 100 quilómetros. No melhor cenário, com a bateria carregada e bomba de calor de série, o Toyota bZ4X garantiu uma autonomia real para viajar 410 quilómetros sem stresse. Pode conseguir autonomias superiores se viajar em áreas urbanas ou fora da cidade sempre abaixo dos 120 km/h. O comprimento de 4,69 m não é ideal para a cidade, e o mesmo se aplica ao diâmetro de viragem medido, de 12 metros.
Pode guardar os cabos de carregamento na mala traseira; infelizmente, o Toyota não conta com espaço de armazenamento sob o capô à frente. O carregamento via 230 V demora mais de 30 horas. Carregado numa wallbox adequada, precisa de seis horas e meia a nove horas e meia. Nos postos mais rápidos, precisa apenas de 32 minutos para carregar a bateria de 10 a 80 por cento.
Prós do Toyota bZ4X
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Contras do Toyota bZ4X
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Toyota Prius plug-in satisfaz muito nos consumos
O Toyota Prius entrou na quinta geração e está disponível em exclusivo como um híbrido plug-in. Com novo design e grandes melhorias técnicas. Os dias da aparência tímida acabaram. O pioneiro da motorização híbrida combina uma condução ágil, dinâmica e económica.
No teste, a versão de equipamento mais elevada, Premium, está disponível por 48 550 euros. O Prius não impressiona apenas no papel com amplos recursos de conforto e segurança (bomba de calor, bancos ventilados, além de aquecidos, tejadilho solar e pacote Toyota Safety Sense 3.0). O reduzido consumo combinado de 1,7 litros de gasolina e 11,5 kWh de eletricidade por cada 100 quilómetros demonstra bem o potencial de economia de combustível desta tecnologia.
Com a bateria totalmente carregada, o Prius plug-in tem autonomia real de 65 quilómetros antes de acionar o motor de combustão. A autonomia anunciada pela Toyota de 72 a 86 quilómetros pode ser obtida com uma condução moderada em trajetos pela cidade. O consumo em modo puramente elétrico é de 17,7 kWh/100 km, um valor muito bom para um híbrido plug-in e até para um carro elétrico. Se conduzir com a bateria vazia em modo híbrido, ativado como padrão, o carro consome em média 4,8 l de gasolina aos 100 km, o que também é eficiente. Ao contrário de muitos híbridos plug-in da concorrência, o Prius não penaliza a falta de disciplina no carregamento com elevados consumos de gasolina. Se arrancar sempre com a bateria carregada, o carro japonês consome 11,5 kWh de eletricidade e 1,7 litros de combustível nos primeiros 100 quilómetros. Ao beneficiar ao máximo das duas tecnologias, o Toyota Prius plug-in garante uma autonomia real para viagens de 890 quilómetros.
Na estrada, o carro japonês agrada, com um baixo centro de gravidade e uma condução ágil. Contudo, a qualidade dos materiais e dos acabamentos pode ser melhorada. E algumas operações a bordo são complicadas. O carregamento da bateria é demorado: quase quatro horas. O carregador integrado limita a potência de carregamento a 3,3 kW. Na versão mais cara, o tejadilho solar do Prius pode gerar até 8,7 quilómetros de autonomia por dia.
Prós do Toyota Prius plug-in
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Contras do Toyota Prius plug-in
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Toyota bZ4X mais confortável e muito mais espaçoso
O desempenho na travagem do Toyota bZ4X está abaixo da média. Precisamos de 37,7 metros para imobilizar completamente o carro a circular a 100 km/h (média de dez medições). A maioria dos rivais consegue fazer melhor. Na prova de desvio de obstáculos, responde de forma segura e bastante dinâmica. Apesar do peso de quase 2 toneladas, destaca-se pela condução estável.
À frente e atrás, não falta espaço e conforto para condutor e passageiros. A bagageira do Toyota bZ4X tem capacidade para receber 480 litros de carga. Se remover a cobertura e encher a mala até ao teto, o volume aumenta para 580 litros. No caso de rebater os bancos traseiros, passa a contar com 1415 litros de carga. A mala esconde ainda um alçapão com 20 litros de volume adicional de 20 litros.
Como seria de esperar, o Toyota Prius Plug-in não é tão espaçoso por dentro, e a mala apresenta uma capacidade muito inferior. O volume de carga está abaixo da média para um sedã médio. A bagageira recebe apenas 275 litros reais. Se tirar a cobertura e usar o espaço até ao teto, o volume aumenta para 390 litros. Em alternativa, depois de rebater os bancos traseiros, pode armazenar até 1120 litros de carga. E tem mais 10 litros de espaço sob o piso da mala.
Na média das 10 medições com travagem brusca, os especialistas da DECO PROteste precisaram de 36,8 metros para imobilizar completamente o Toyota Prius Plug-in, um valor apenas satisfatório. A resposta é razoável. A interação entre a recuperação e o sistema de travagem está bem conseguida, demonstrando a longa experiência da marca com a motorização híbrida.
No cockpit destas novidades, o elemento mais marcante é o painel de instrumentos numa posição elevada, que obriga o condutor a olhar acima do volante. Os japoneses seguiram a tendência dos últimos anos da Peugeot. Infelizmente, esta solução não serve todos os condutores e pode levar alguns a “rebaixar” o volante para ter uma visão perfeita do painel, arriscando tocar com os joelhos no bloco, sobretudo ao travar. Na prática, o cockpit obriga a vários testes de ergonomia até encontrar a disposição mais adequada.
A usabilidade também não é a mais convincente. Algumas funções apenas são controladas através do ecrã tátil central de 12,3 polegadas. Acesso fácil, mas com uma estrutura complexa de menus. Requer um longo período de familiarização. O volante multifuncional também merece mais atenção do fabricante: está sobrecarregado com 15 botões, o que dificulta as operações.