Android Auto e Apple CarPlay: como transferir o telemóvel para o painel do carro

Já não sabemos viver sem o suporte básico de vida garantido pelo telemóvel. Mesmo ao volante, muitos não resistem à tentação de notificações, mensagens e telefonemas. Os automóveis mais recentes possuem recursos que permitem usar o telefone de forma mais segura, ora através de comandos de voz, ora por meio do ecrã tátil. Com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay, é possível utilizar muitas apps do smartphone no painel de infoentretenimento. GPS, telefone, SMS, chat e música fazem parte das opções.

São quatro as grandes vantagens destes sistemas. Primeiro, as apps, incluindo as de navegação, estão instaladas no telemóvel, e não no sistema do carro, pelo que são sujeitas às atualizações periódicas de quem as desenvolve. A seguir, as apps, as preferências e as personalizações estão associadas ao telemóvel, e não ao veículo. Logo, ao usar, por exemplo, um carro alugado, basta ligar o telemóvel para ter a mesma experiência. Depois, num sistema clássico, as últimas moradas pesquisadas no GPS, entre outros dados, podem ficar visíveis ao próximo utilizador. Neste sistema, fica tudo no telemóvel. Finalmente, ao integrarem o Google Assistant e o Siri, estes sistemas permitem fazer tarefas por voz, como introduzir o destino no GPS, ouvir e ditar mensagens ou pedir a reprodução de uma música no Spotify. Alguns carros respondem a comandos de voz, mas a compreensão ainda é limitada.

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Veja se o telemóvel e o carro admitem o Android Auto e o Apple CarPlay

Para usar este par de sistemas, precisa que o telemóvel e, sobretudo, o sistema integrado no carro sejam compatíveis. O Android Auto corre em telemóveis com o sistema operativo Android 5 (Lollipop) ou superior. Se o telefone tiver a versão Android 10, ou mais recente, o serviço já vem de origem. Para as restantes, é descarregar a app a partir da Google Play Store. No caso de ter um iPhone, os modelos do 5 em diante trazem o iOS 7.1 ou superior, e têm o Apple CarPlay instalado de fábrica.

Assegurada a compatibilidade com o telemóvel, vem a parte mais difícil. Muitos carros mais recentes, digamos, com cerca de três anos, também admitem, de origem, o Android Auto e o Apple CarPlay. Para verificar se assim é, ligue o telemóvel ao carro com um cabo USB (no geral, a tomada USB do carro que pode ser usada tem um símbolo próprio). Aviso: um cabo de menor qualidade pode impedir o telemóvel de ser detetado ou tornar a ligação instável. Embora quase todos os carros recentes permitam a ligação do telemóvel por bluetooth, poucos permitem usar estes sistemas sem fios. E, mesmo aqui, a configuração obriga ao uso do cabo.

Faça o teste ainda que o carro seja um pouco mais antigo: não custa tentar. Se não for bem-sucedido, pode dar-se o caso de o sistema de infoentretenimento até ser compatível, mas exigir a ativação do serviço. Não é muito habitual, mas pode acontecer e, nestes casos, os valores são, por vezes, elevados.

Tratando-se de veículos mais antigos, ou recentes incompatíveis, a solução pode passar por trocar o autorrádio integrado, investimento que tipicamente começa nos 300 euros, e ainda deve prever a montagem. A operação nem sempre é intuitiva: consoante o carro, pode obrigar a desmontar vários painéis.

Configurar e usar as apps compatíveis

Se todos os equipamentos forem compatíveis, surge no ecrã uma mensagem ou, no mínimo, o logótipo do sistema. Na primeira utilização, terá de aceitar várias permissões no telemóvel (com o veículo parado, claro). Terminada a configuração no telefone, das próximas vezes que o conectar, o sistema fica automaticamente disponível no ecrã do veículo.

Depois, na loja de aplicações, basta fazer uma busca por “Apps for Android Auto" (ou "for Apple CarPlay") para aceder à oferta, que é vasta e está a crescer: entre outras, inclui Google Maps, Waze, WhatsApp, Spotify e YouTube Music.

Pode iniciar as apps, responder a uma chamada ou até ditar uma mensagem de texto, por exemplo, do WhatsApp, sem tirar os olhos da estrada, graças aos assistentes de voz. A segurança no uso não evita, porém, os perigos para a privacidade. Todos os que viajarem no carro ouvem notificações, mensagens e respostas…

Como instalar o Google Maps no painel do carro

O Google Maps é talvez a aplicação de navegação mais popular. Para configurá-la, ligue o smartphone ao carro com cabo USB. Em telemóveis com Android 9 (Pie) ou anterior, instale a app Android Auto. Nas demais versões do Android ou no iOS, já vem instalada. O Android Auto ou o Apple CarPlay é lançado. Ao aceitar as permissões na primeira utilização, as apps compatíveis surgem no painel. Abra então o Google Maps.

Verifique se o automóvel tem uma entrada USB com este símbolo. 

Os destinos frequentes, ou sobre os quais pesquisou recentemente, surgem como sugestões, aparecendo ainda a distância e o tempo estimado. Selecione uma das sugestões ou adicione um destino por voz. Tem ainda acesso às preferências de cálculo da rota, como evitar portagens, e de tipo de vista, como “simples” ou “satélite”.

Pode inserir o destino com um comando de voz, sem tirar as mãos do volante.

Em qualquer momento do percurso, pode alterar o destino ou adicionar pontos intermédios. E a operação não lhe exige levantar as mãos do volante: só precisa de um comando de voz, graças ao Google Assistant ou ao Siri, integrados nos sistemas.

Também pode usar comandos de voz para introduzir alterações ao destino.