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Cremes e mousses de chocolate com muitos aditivos

A DECO PROteste analisou 27 sobremesas com sabor a chocolate e não encontrou nenhuma de boa qualidade. Além do açúcar e das gorduras saturadas, incluem muitos ingredientes ultraprocessados e aditivos. Conheça as menos más, para aqueles momentos de forte tentação.

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30 abril 2025
Mousse de chocolate em embalagem de plástico

iStock

Da família das sobremesas lácteas, as mousses e os cremes com sabor a chocolate não brilham à mesa da qualidade. Já se sabe que tudo quanto é doce perde a batalha da nutrição contra a fruta fresca, por exemplo. Mas as mousses e os cremes são pouco competitivos, inclusive, dentro da categoria das sobremesas lácteas.

A DECO PROteste analisou a declaração nutricional e a lista de ingredientes presentes nos rótulos de 12 mousses de chocolate e 15 cremes de chocolate e descobriu cinco com Qualidade Global inferior a 40%, numa escala entre zero e cem. Mais: o melhor produto do estudo obteve uma classificação global de apenas 53 pontos. 

Para a avaliação, a organização de consumidores recorreu a um algoritmo próprio que teve em conta não só o valor nutricional dos alimentos como também a presença de aditivos e outros ingredientes, o seu grau de processamento e, ainda, o tamanho da porção individual. Tanto cremes como mousses pecam por excesso de açúcar ou gordura saturada e, nalguns casos, pelo elevado número de ingredientes ultraprocessados, como aditivos e xaropes de glicose, por exemplo.

Cremes e mousses calóricos e açucarados

De chocolate preto, branco, de leite ou mistura, as mousses são, no geral, mais calóricas do que os cremes. Em média, as primeiras contêm cerca de 170 quilocalorias (kcal) por cada 100 gramas, e os segundos, quase 120 kcal. Contudo, as porções individuais dos cremes (130 gramas), em média, pesam mais do dobro das das mousses (60 gramas), pelo que os "estragos" são praticamente os mesmos.

Sobremesas de chocolate à base de ultraprocessados

Além de nutricionalmente pouco interessantes, um quinto das sobremesas incluem demasiados ingredientes ultraprocessados. Qual o problema? Há cada vez mais evidência de que o consumo de ultraprocessados está associado ao aumento de doenças, como a diabetes e a obesidade.

Todos os produtos incluem aditivos, na grande maioria, pouco recomendáveis. Entre estes, estão o amido modificado e os ésteres lácticos de mono e diglicéridos de ácidos gordos. São usados, por exemplo, como emulsionantes, para conferir a textura leve e fofa. Só um produto contém apenas aditivos toleráveis.

A análise mostra que, no geral, a composição das sobremesas fica muito aquém do desejável. Impõe-se, pois, moderação no consumo. Quando a tentação for forte, opte pelas menos más, e em pequenas doses.

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