Proteica
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Subscrever EntrarComo funciona?
Num primeiro momento, substitui-se a alimentação clássica por uma versão quase exclusivamente proteica, disponível em saquetas de pó prontas a usar. Apenas se mantém o consumo de frutas e legumes.
Em alternativa, pode ser adotada uma dieta alimentar hiperproteica rica em carne, peixe, laticínios magros e ovos. Uma das opções é a dieta carnívora durante a qual só se consome carne.
A dieta hiperproteica apresenta geralmente várias fases.
- Fase 1: consomem-se apenas proteínas durante 3 dias, para entrar em "cetose". A ideia é limitar ao máximo a ingestão de gorduras e de hidratos de carbono para que o organismo queime as reservas de gordura, preservando a massa muscular.
- Fase 2: consiste na reintrodução de frutas, legumes e alguns hidratos de carbono. As proteínas continuam a ser predominantes até se atingir a perda de peso desejada.
- Fase 3: consiste numa dieta hipocalórica equilibrada (já não se trata, portanto, de uma dieta hiperproteica) para, na última fase, passar a uma alimentação equilibrada adaptada às necessidades calóricas. Algumas variantes defendem ainda a manutenção de um dia por semana de dieta hiperproteica.
Que alimentos posso consumir na dieta proteica?
Alimentos a consumir
Fase 1: pós hiperproteicos e/ou carnes, peixes, ovos, laticínios magros, leguminosas, legumes e frutas.
Fase 2, 3 e 4: carnes, peixes, ovos, laticínios magros, leguminosas, legumes, fruta e hidratos de carbono.
Alimentos a limitar
Fase 1: hidratos de carbono (pão, massas, arroz, batatas, farinha, etc.), açúcares e produtos açucarados (bolachas, bolos, etc.), gorduras.
Fase 2, 3 e 4: tudo é permitido, mas deve ser equilibrado.
Quais são os efeitos na saúde?
A longo prazo, as dietas ricas em proteínas e pobres em hidratos de carbono podem provocar problemas de saúde, nomeadamente ao nível renal: quando as proteínas são digeridas, o ácido úrico resultante tem de ser eliminado. Dada a quantidade de proteínas ingeridas, os rins têm de trabalhar ainda mais, o que pode causar ou agravar problemas renais em pessoas propensas ou já com doença renal.
Nas fases iniciais desta dieta, pode haver risco de carências nutricionais. Pode ainda sentir fadiga, dores de cabeça, dificuldades de concentração, etc.
É fácil de seguir?
Sim. As proteínas fazem desaparecer a sensação de fome. A perda de peso é visível e rápida, o que motiva. No entanto, não permite exceções, o que a torna difícil de seguir em sociedade.
É eficaz a longo prazo?
A curto prazo, uma dieta hipocalórica provoca uma perda de peso rápida, que é o objetivo das dietas hiperproteicas. Contudo, assim que se alarga a lista de alimentos permitidos (fase 3 e 4), alguns quilos voltam, sobretudo porque o corpo, em privação, tende a armazenar mais. Se na fase final da dieta, durante a qual se “equilibra” a alimentação, adotar em definitivo hábitos alimentares saudáveis, a perda de peso pode ser eficaz.
É adequada para todos?
Não. Esta dieta não é apropriada para pessoas com diabetes, mulheres grávidas ou a amamentar, crianças, idosos, pessoas com problemas cardíacos, renais ou hepáticos, nem para quem sofra de distúrbios do comportamento alimentar.
Há um custo adicional?
Sim, os alimentos de origem animal (carne e peixe) são geralmente os mais caros no carrinho das compras. Além disso, há que contabilizar os preparados proteicos que costumam acompanhar estas dietas.
Em resumo
Vantagens
- Perde-se muito peso em pouco tempo, preservando a massa muscular.
- Como a perda de peso é visível e rápida, mantém-se a motivação.
- A sensação de saciedade é mantida ao longo do tempo.
Desvantagens
- É uma dieta muito restritiva que pode levar a carências nutricionais, dores de cabeça, fadiga e perturbações menstruais, entre outros efeitos secundários.
- O peso perdido com rapidez pode regressar logo que se recomece a fazer a alimentação clássica.
- A longo prazo, pode representar um risco para a saúde. Além disso, não corrige maus hábitos alimentares.
- Se optar pelos pós hiperproteicos, torna-se dispendiosa.