Montignac
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Na família das dietas dissociadas (pode comer de tudo, mas não ao mesmo tempo), a de Montignac é a mais famosa. Proíbe juntar as gorduras e os hidratos de carbono na mesma refeição (torradas com manteiga ou batatas fritas são para esquecer). O açúcar é excluído. Apenas são permitidos pratos que combinem hidratos de carbono com proteínas ou gorduras com proteínas. Também pode comer fruta, desde que não seja à sobremesa.Para o autor desta dieta, Michel Montignac, os hidratos de carbono produzem uma descarga de insulina que leva as gorduras a acumularem-se nos depósitos do corpo. Evitar ingerir esses nutrientes em simultâneo torna mais difícil a concentração da gordura, que primeiro vai ser usada como fonte de energia. Este argumento não tem base científica: só são acumuladas as calorias consumidas em excesso.
Alimentos a consumir
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Carnes magras
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Cereais integrais
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Fruta
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Frutos secos
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Laticínios magros
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Legumes
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Leguminosas
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Óleos vegetais
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Peixes magros (bacalhau, pescada, solha, etc.)
Alimentos a limitar
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Açúcar
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Batatas
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Bebidas açucaradas
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Guloseimas
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Produtos à base de farinha refinada
Quais são os efeitos na saúde?
Esta dieta não tem em conta as calorias totais ingeridas, mas apenas a combinação de alimentos. Por isso, corre o risco de ser pobre em hidratos de carbono, o que diminui as reservas de glicogénio, e em proteínas, com a consequente perda de massa muscular. Mas é rica em gordura, o que é prejudicial para a saúde cardiovascular.
A dieta de Montignac baseia-se no índice glicémico (IG). Ao privilegiar os “bons hidratos de carbono”, o impacto na glicemia é reduzido, e a digestão é mais lenta, promovendo uma maior sensação de saciedade. Uma alimentação rica em fibras favorece o funcionamento intestinal.
É fácil de seguir?
Não é fácil de seguir, pois é preciso respeitar uma lista de alimentos permitidos. Também não é fácil combiná-la com uma vida social normal.
É eficaz a longo prazo?
Os alimentos com baixo índice glicémico ajudam a controlar o peso e a glicemia. Por ser uma dieta hipocalórica que proíbe certas combinações alimentares, leva a uma redução da ingestão e, por isso, à perda de peso. No entanto, esta ideia de separar nutrientes ou alimentos numa refeição não implica que haja um reajuste da ingestão calórica ou uma mudança nos hábitos alimentares.
A longo prazo, a dieta torna-se monótona, e há o risco de regressar a maus hábitos alimentares. Além disso, logo que se retome a alimentação, é muito possível que recupere o peso perdido devido ao efeito ioiô.
É adequada para todos?
Não é recomendada para pessoas com diabetes, mulheres grávidas ou a amamentar, crianças, idosos, quem tem problemas cardíacos, renais ou hepáticos ou que sofra de distúrbios do comportamento alimentar.
Há um custo adicional?
Não há custos adicionais.
Em resumo
Vantagens
- Alguns conselhos bons: pouco álcool, muitas fibras, comer devagar e mastigar bem os alimentos, optar por “bons” hidratos de carbono e escolher melhores gorduras.
- Aposta numa alimentação rica em frutas, legumes e leguminosas.
- Pode ser seguida de forma discreta, sem abdicar totalmente do prazer de comer.
- Há perda de peso, uma vez que se come menos.
Desvantagens
- Torna-se monótona a médio prazo.
- Não tem fundamento científico e promove ideias erradas (como a de que eliminar a batata é benéfico).
- Não há reeducação de hábitos alimentares.