Jejum

Quais são os efeitos na saúde?

Alguns estudos realizados em pessoas que sofrem de determinadas doenças indicam que o jejum poderá ter efeitos benéficos. Contudo, os resultados são controversos, e há pouca investigação em pessoas saudáveis.

Além disso, o jejum raramente é isolado de outras intervenções (como medicação, ambiente, alimentação prévia), o que dificulta a interpretação dos seus efeitos reais.

No que toca à prevenção de doenças, o jejum não demonstrou eficácia clara.

O jejum prolongado, ou seja, mais de três dias sem comer, é uma situação que pode envolver um desfecho devastador. A perda de peso é rápida, mas podem surgir anemias e destruição ao nível muscular, incluindo o músculo cardíaco.

As dietas mais curtas, de um dia por semana ou por mês, são menos perigosas. Em contrapartida, deixar de comer uma refeição ou duas pode ter o efeito inverso: o aumento de peso. A sensação de fome aumenta quando se salta uma refeição e corre-se o risco de que a seguinte se transforme numa verdadeira vingança. O excedente calórico absorvido nesta única refeição é armazenado sob a forma de gordura, devido à poupança calórica do trabalho digestivo da refeição que não foi consumida. Para evitar esta situação, recomendam-se várias refeições ligeiras.

É fácil de seguir?

Não. Nos primeiros dias há uma intensa sensação de fome e sintomas, como fadiga, dores de cabeça, frio e letargia, entre outros.

É eficaz a longo prazo?

Durante o jejum há uma perda de peso rápida e significativa, sobretudo nos primeiros dias. Como o corpo deixa de receber glicose, passa a usar ácidos gordos como fonte de energia e entra em cetose (estado semelhante à dieta cetogénica). Nesta fase, o fígado produz corpos cetónicos, que causam um efeito supressor de apetite.

No entanto, essa perda de peso vem, muitas vezes, acompanhada de anemias e de uma destruição muscular significativa. Assim que se volta a comer normalmente, os quilos perdidos regressam rapidamente.

É adequada para todos?

Não é recomendada, exceto em casos de problemas médicos que requerem hospitalização e acompanhamento específico por profissionais de saúde.

Há um custo adicional?

Não.

Em resumo