Atkins
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Subscrever EntrarComo funciona?
Esta dieta, criada pelo Dr. Robert Atkins e famosa desde 1972, elimina todos os alimentos que contêm hidratos de carbono. Ou seja, não só os açúcares, mas também os hidratos de carbono complexos, como cereais (arroz, trigo, milho) e os seus derivados (massa, pão), as leguminosas e as batatas. No entanto, pode comer-se à vontade proteínas e gordura, como carne, manteiga, queijo, natas, charcutaria, óleo, bacon e ovos. Para beber, só é permitido água e bebidas sem açúcar.
Na segunda semana, os hidratos de carbono voltam às refeições, primeiro em quantidades pequenas, que aumentam gradualmente. Mas as calorias diárias provenientes da ingestão de alimentos fornecedores desse nutriente não podem ultrapassar os 10% do total energético, muito aquém do recomendável (que varia entre 45 e 60 por cento). De resto, 30% das calorias devem provir das proteínas e 60% das gorduras.
A dieta de Atkins divide-se em quatro fases, que vão da mais restritiva em hidratos de carbono à menos restritiva. A última fase deve ser mantida para o resto da vida.
A ideia é que, ao limitar os hidratos de carbono, se obriga o corpo a utilizar a gordura armazenada como combustível alternativo.
Alimentos a consumir
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Carne
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Frutos secos
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Manteiga
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Óleos vegetais
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Ovos
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Peixe
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Queijo
Alimentos a limitar
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Açúcar
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Batatas
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Cereais (arroz, trigo, milho) e seus derivados (pão, massas)
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Fruta
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Guloseimas
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Iogurte, leite e queijo fresco
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Legumes
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Leguminosas
Quais são os efeitos na saúde?
A longo prazo, a dieta Atkins (rica em gorduras e pobre em hidratos de carbono) pode causar problemas cardíacos devido ao baixo consumo de frutas, legumes e fibras, e ao excesso de gorduras (ácidos gordos saturados – as gorduras “más”). O organismo elimina sobretudo músculo e líquidos. Por outro lado, há um aumento da quantidade de lípidos no sangue.
Esta dieta sobrecarrega o funcionamento do fígado e dos rins. Alguns estudos apontam para um declínio da função renal em pessoas de risco. Existe também o risco de carências nutricionais, de vitaminas e de minerais.
Ao induzir a cetose, processo de queima das reservas de gordura, apesar de ser o efeito pretendido, leva à diminuição de apetite e pode provocar náuseas, fadiga e apatia. Pode ainda causar prisão de ventre pela pouca ingestão de fibras.
É fácil de seguir?
A dieta Atkins é difícil de seguir, pois há muitas regras a respeitar. É igualmente difícil manter uma vida social normal (jantares fora, encontros com amigos, etc.).
É eficaz a longo prazo?
Tal como a dieta cetogénica, a dieta Atkins leva a uma perda rápida de peso sem sensação de fome. No entanto, a longo prazo, as dietas restritivas tendem a ter taxas de sucesso inferiores às dietas menos restritivas, pois são difíceis de manter.
É adequada para todos?
Não. Esta dieta não é apropriada para pessoas com diabetes, grávidas ou a amamentar, crianças, idosos, e pessoas com problemas cardíacos, renais ou hepáticos. Também não é indicada para quem sofra de distúrbios do comportamento alimentar.
Há um custo adicional?
Não há custos extra.
Em resumo
Vantagens
- Grande liberdade, não obriga a cortar nas gorduras, nem contar calorias.
- Permite uma perda de peso rápida.
Desvantagens
- A maioria dos estudos mostra que, após um ano, as dietas pobres em hidratos de carbono (tipo Atkins) resultam na mesma perda de peso que as dietas clássicas pobres em gorduras.
- Agrava o risco de acidentes cardiovasculares, devido à elevada ingestão de ácidos gordos saturados.
- Ausência de hidratos de carbono leva ao aparecimento de várias carências (fibras, vitamina B9, magnésio, cálcio, vitamina C).
- Dieta monótona. Quando termina, o peso é rapidamente recuperado.
- Sobrecarrega o funcionamento do fígado e dos rins. Alguns estudos relatam um declínio da função renal em pessoas de risco.
- Não há reeducação de hábitos alimentares.