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Azeite virgem extra: falhas em laboratório

Virgem extra ou virgem? O primeiro tem características diferentes do segundo. Em laboratório, em 20 amostras virgem extra, a DECO PROteste detetou uma apenas virgem. 

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19 novembro 2024
garrafa de azeite a ser despejada tigela

iStock

Três anos depois do último teste a azeite virgem extra, a DECO PROteste voltou a comprar e a enviar para laboratório garrafas da mesma categoria. Os azeites testados são de boa qualidade. Mas, mais uma vez, nem todos faziam jus à denominação do rótulo. Ou seja, nem todos eram virgem extra. Analisando e degustando as 20 amostras, concluiu-se que os atributos das amostras analisadas do Serrata Clássico não correspondiam à condição “virgem extra”. Na realidade, pertencem à categoria “virgem”. O teste permitiu ainda à DECO PROteste atribuir o título de "Melhor do Teste" a uma marca e o de "Escolha Acertada" a três produtos. Pode conhecer os resultados em detalhe no comparador, no link abaixo.

Qual o melhor azeite?

Face a 2021, altura em que três marcas revelaram problemas, o panorama melhorou. Neste teste, só uma marca não estava conforme. A explicação pode estar num controlo de qualidade inconsistente. Há que reforçar esse controlo em todas as etapas que possam afetar a qualidade do azeite. 

Prova e contraprova determinam categoria de azeite

A legislação é clara: o azeite virgem extra obtém‑se do fruto da oliveira apenas por processos mecânicos. Os tratamentos autorizados passam pela lavagem, moenda, batedura, extração, filtração e centrifugação.

Qualidade superior, sabor e cheiro a azeitona sã caracterizam o azeite virgem extra, o de mais alta qualidade. Deve atender a requisitos legais rigorosos. Por um lado, deve ser autêntico, puro, sem adição de produtos químicos, aditivos ou outros tipos de óleo. Por outro, deve ter características químicas e organoléticas (relativas ao aspeto, sabor e odor, por exemplo) indicadoras da qualidade do azeite. 

O azeite virgem extra não pode apresentar nenhum defeito organolético, quando avaliado por um painel de provadores selecionados e formados de acordo com os procedimentos do Conselho Oleicola Internacional (COI). A prova realizou‑se num laboratório reconhecido por este organismo.

Os provadores estão atentos à intensidade de perceção dos defeitos (tulha, borras, mofo, ranço e queimado, por exemplo) e para os atributos positivos (frutado, picante e amargo). Neste critério, a amostra da Herdade do Esporão obteve a classificação máxima. Já as amostras do Serrata Clássico revelaram defeitos, que fizeram cair a designação "extra".

Para reforçar, as amostras foram enviadas para outros dois laboratórios, igualmente reconhecidos pelo COI. Todos os resultados vieram corroborar a primeira prova: as amostras de azeite Serrata Clássico são virgem.

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