Disney+: análise a novo plano com anúncios
Depois do Sky Showtime, os planos com anúncios chegam ao Disney+ por 5,99 euros mensais. A DECO PROteste analisou este novo plano, para perceber se o preço mais reduzido compensa, tendo em conta as limitações que introduz.

Depois do Sky Showtime ter estreado em Portugal o modelo de subscrição de streaming de vídeo com anúncios, em maio deste ano, é a vez do Disney+ disponibilizar um plano de subscrição com anúncios por 5,99 euros mensais. A Netflix também já tem um plano, de preço mais reduzido, com integração de anúncios há algum tempo, mas ainda não chegou ao mercado nacional.
A DECO PROteste foi verificar o que mudou no serviço Disney+ e como é feita a integração dos anúncios. Até que ponto são intrusivos e impactam a experiência de utilização? E em relação ao preço, compensará subscrever a versão com anúncios para pagar menos? Ou é preferível a versão standard, sem anúncios?
Novos planos de subscrição do Disney+
O plano anterior, único, do Disney+ é o equivalente ao atual plano “Premium”, com a diferença de ter aumentado de preço (passou de 10,99 euros para 13,99 euros). As características mantêm-se.
- Ultra HD disponível.
- 4 ecrãs em que pode ver em simultâneo.
- Número ilimitado de dispositivos por conta.
- Cancelamento em qualquer altura.
- App disponível nas boxes das operadoras com Android/Google TV e Apple TV.
- Download de conteúdos para ver offline.
- App disponível em Smart TV: LG, Samsung, Panasonic, HiSense e todas com Android TV.
- Acesso de smartphones e tablets: Android e iOS.
- Acesso de leitores multimédia: Amazon Fire TV, Apple TV, Chromecast.
- Acesso de consolas de jogos: Sony PS (4/5), Xbox (One, Series S/X).
Com os novos planos existem, agora, opções de subscrição mais baratas. O novo plano “Standard” custa 9,99 euros (menos um euro do que o plano anterior e quatro euros em relação ao atual plano Premium), mas sem acesso à resolução 4K (permite Full-HD) e limitado a duas reproduções simultâneas.
O plano com anúncios apresenta uma diferença de preços significativa. Por 5,99 euros mensais, tem as mesmas características do plano “Standard”, com a resolução Full-HD e limite de duas reproduções simultâneas. No entanto, agora ficará impossibilitado de descarregar conteúdos para ver offline e terá os anúncios comerciais.
Serviços como o YouTube ou o Spotify free, por exemplo, integram anúncios, mas normalmente são gratuitos para o utilizador por essa mesma razão. E há sempre uma modalidade de subscrição paga que retira por completo os anúncios.
Integração de anúncios no Disney+
O plano de preço mais moderado (5,99 euros) implica a convivência com anúncios durante a sua utilização. A boa notícia é que nos menus não há qualquer tipo de publicidade ou anúncios presentes. Verá os mesmos menus em ambos os planos de adesão.
Os anúncios estão presentes, quase sempre e numa escala relativamente reduzida, apenas no início dos conteúdos. São quase sempre anúncios comerciais a diferentes tipos de produtos, mas também podem surgir alguns anúncios relativos a conteúdos do próprio serviço como, por exemplo, trailers de séries ou filmes.
Nos conteúdos que a DECO PROteste testou, os anúncios surgiam, quase sempre, apenas no início da reprodução. Depois de visualizá-los, pode navegar livremente no conteúdo. Não existe um padrão óbvio para o surgimento dos anúncios. Por exemplo, pode ser confrontado com um anúncio ao iniciar uma série no browser, mas não no televisor ou no telemóvel.
Na análise, nunca se encontraram anúncios no meio de filmes. No início destes, encontraram-se anúncios em 70% dos casos no browser e cerca de 40% em acessos por Smart TV ou telemóvel Android.
Nas séries, encontraram-se alguns anúncios no meio dos conteúdos, mas, mesmo assim, em muito menor quantidade do que no início dos conteúdos. No caso do acesso por Smart TV, os anúncios estão presentes no início de 90% das séries e, no meio destas, em 20% dos casos. A quantidade reduz-se ligeiramente no caso dos acessos por browser (80% no início e 20% no meio dos conteúdos). Finalmente, nos acessos por smartphone Android, os anúncios estão presentes em 70% dos casos no início dos conteúdos e somente em 10% dos casos no meio dos vídeos.
Anúncios intrusivos com impacto na usabilidade do serviço?
Na análise feita, estamos a falar de algo bem menos intrusivo do que o visto em serviços gratuitos baseados em anúncios, como o YouTube ou o Spotify free. Não podia ser de outra forma, visto serem serviços pagos, apesar de haver alguma redução do valor em relação aos restantes planos disponibilizados. Cada pessoa terá uma tolerância diferente aos anúncios, mas são relativamente pouco impactantes na usabilidade do serviço.
Frequência e duração dos anúncios
Nos filmes analisados, não se encontraram anúncios no meio. No início dos filmes, o valor variou dos 40 aos 70%, dependendo do modo de acesso. Nas séries, a presença dos anúncios parece ser mais frequente, com 70 a 90% no início do conteúdo. No meio dos vídeos, no caso das séries, tal sucedeu de 10% a 20% dos casos, consoante o modo de acesso. A duração destes intervalos comerciais varia entre 20 e 90 segundos. O valor médio é de cerca de 40 a 60 segundos.
Quando surgem e como evitar anúncios
Os anúncios surgem quase sempre no início e, em menor quantidade, algures no meio dos conteúdos. Em relação à visualização de anúncios, nunca poderá evitá-la. Por exemplo, se na barra de navegação tentar selecionar um ponto depois do anúncio, inicia-se de imediato a reprodução do mesmo.
Qual o melhor serviço de streaming?
Acesso a conteúdos exclusivos!
Crie uma conta grátis e explore uma seleção de conteúdos para Simpatizantes.
Não tem conta? Criar conta gratuita
O conteúdo deste artigo pode ser reproduzido para fins não-comerciais com o consentimento expresso da DECO PROTeste, com indicação da fonte e ligação para esta página. Ver Termos e Condições. |
Exclusivo
Para continuar, deve entrar no site ou criar uma conta .A escolha de um serviço de streaming de vídeo vai estar sempre bastante dependente da identificação com o catálogo proposto. Existem ainda outros aspetos muito importantes, como o preço, a resolução e a qualidade de imagem dos vídeos, a forma como é feita a navegação e localização dos diferentes vídeos, a quantidade de aparelhos e streams simultâneos que pode fazer, a forma como consegue gerir os dados móveis, entre outros.
Netflix
Olhando a esses critérios, a Netflix ainda é, sem dúvida, o serviço mais competente, mas o plano mais completo deste serviço (Ultra-HD), que permite o acesso a vídeos 4K (HDR em alguns casos) e a quatro streams simultâneos, é algo dispendioso (15,99 euros mensais). Caso queira manter ou aderir à Netflix, o plano Standard, a 11,99 euros mensais, com vídeos Full-HD e dois streams simultâneos, será o mais equilibrado. Note-se que a qualidade de imagem destes vídeos Full-HD é já bastante elevada.
Amazon Prime
O Amazon Prime Video, com uma mensalidade de 4,99 euros, é a atual Escolha Acertada da DECO PROteste, tendo em conta a sua relação entre qualidade e preço bastante interessante.
O catálogo da Amazon agrada, sobretudo, aos cinéfilos, pela grande quantidade de filmes disponíveis e a quantidade interessante de títulos populares. É, igualmente, uma opção interessante para os amantes de séries, contando com mais de 600 títulos, muitos deles populares.
A oferta de títulos de animação, embora seja satisfatória, fica obviamente bastante abaixo da Disney+. É, ainda, de referir que algumas das dobragens de áudio vão surgindo em português do Brasil. Em relação aos documentários, o catálogo é apenas razoável. Terá acesso a vídeos 4K HDR e a quatro reproduções simultâneas.
A subscrição do Amazon Prime Vídeo implica a adesão ao serviço Amazon Prime, que inclui a possibilidade de entrega grátis de um leque de produtos elegíveis da Amazon e, ainda, um serviço de alojamento cloud de fotografia, sem limite de armazenamento e necessidade de compressão das imagens, ao contrário do que sucede com o serviço análogo da Google, o Google Fotos.
O Amazon Prime conta, ainda, com uma compatibilidade bem melhor com os vários equipamentos. Em relação à gestão do uso de dados móveis, é o melhor serviço. Permite escolher o nível de qualidade, ou mesmo, bloquear por completo o uso de dados móveis.
Para a generalidade dos utilizadores que procuram um serviço de preço moderado, a DECO PROteste recomenda o serviço da Amazon.
Disney+
O Disney+, por sua vez, é igualmente um serviço de excelente qualidade. O novo plano com anúncios é uma opção a considerar pelos consumidores que se identifiquem com o catálogo do serviço.
O destaque do Disney+ está, obviamente, nos títulos de animação e infantis. Aqui evidencia-se em relação aos restantes serviços. Alguns exemplos de títulos de animação populares da Disney+ são "O Rei Leão", "Wall-E", "Toy Story", "Coco" e "Divertida-Mente".
Outro tipo de conteúdos em destaque são os filmes. Mais de 800 títulos no catálogo e com muitos títulos por entre os mais populares (35% do top da IMDB). A oferta de séries (834, com 25% dos títulos mais importantes do IMDB) e documentários (270, mas apenas com 14% dos títulos mais importantes) também agrada.
Outros aspetos a considerar no Disney+:
- legendas em português em todos os conteúdos analisados, assim como a dobragem do áudio, em português, em todos os conteúdos infantis;
- já não possibilita um período experimental;
- boa compatibilidade com os vários equipamentos, como a maioria das plataformas de Smart TV, consolas de jogos recentes e diversos leitores multimédia;
- a gestão da subscrição é simples de fazer, permitindo a criação de seis perfis, cada qual com o seu escalão etário e o seu idioma predefinido (usado para os menus, mas também para o áudio dos conteúdos);
- em relação aos dados móveis, é possível escolher o nível de qualidade ou bloquear o seu uso por completo;
- a nível da navegação, o serviço está bem concebido, sem nenhum ponto realmente negativo. Menus organizados, de utilização intuitiva, com divisão por produtoras de conteúdos, informativo e de aspeto apelativo. A velocidade de navegação é igualmente boa.
Vantagens e desvantagens do novo Disney+
Pontos fortes
|
Pontos fracos
|