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Disney+: análise a novo plano com anúncios

Depois do Sky Showtime, os planos com anúncios chegam ao Disney+ por 5,99 euros mensais. A DECO PROteste analisou este novo plano, para perceber se o preço mais reduzido compensa, tendo em conta as limitações que introduz.

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07 janeiro 2025
Duas criaças a verem a Disney+ na televisão

iStock

Depois do Sky Showtime ter estreado em Portugal o modelo de subscrição de streaming de vídeo com anúncios, em maio deste ano, é a vez do Disney+ disponibilizar um plano de subscrição com anúncios por 5,99 euros mensais. A Netflix também já tem um plano, de preço mais reduzido, com integração de anúncios há algum tempo, mas ainda não chegou ao mercado nacional. 

A DECO PROteste foi verificar o que mudou no serviço Disney+ e como é feita a integração dos anúncios. Até que ponto são intrusivos e impactam a experiência de utilização? E em relação ao preço, compensará subscrever a versão com anúncios para pagar menos? Ou é preferível a versão standard, sem anúncios? 

Novos planos de subscrição do Disney+

O plano anterior, único, do Disney+ é o equivalente ao atual plano “Premium”, com a diferença de ter aumentado de preço (passou de 10,99 euros para 13,99 euros). As características mantêm-se.

  • Ultra HD disponível.
  • 4 ecrãs em que pode ver em simultâneo.
  • Número ilimitado de dispositivos por conta.
  • Cancelamento em qualquer altura.
  • App disponível nas boxes das operadoras com Android/Google TV e Apple TV.
  • Download de conteúdos para ver offline.
  • App disponível em Smart TV: LG, Samsung, Panasonic, HiSense e todas com Android TV.
  • Acesso de smartphones e tablets: Android e iOS.
  • Acesso de leitores multimédia: Amazon Fire TV, Apple TV, Chromecast.
  • Acesso de consolas de jogos: Sony PS (4/5), Xbox (One, Series S/X).

Com os novos planos existem, agora, opções de subscrição mais baratas. O novo plano “Standard” custa 9,99 euros (menos um euro do que o plano anterior e quatro euros em relação ao atual plano Premium), mas sem acesso à resolução 4K (permite Full-HD) e limitado a duas reproduções simultâneas.

O plano com anúncios apresenta uma diferença de preços significativa. Por 5,99 euros mensais, tem as mesmas características do plano “Standard”, com a resolução Full-HD e limite de duas reproduções simultâneas. No entanto, agora ficará impossibilitado de descarregar conteúdos para ver offline e terá os anúncios comerciais.

Serviços como o YouTube ou o Spotify free, por exemplo, integram anúncios, mas normalmente são gratuitos para o utilizador por essa mesma razão. E há sempre uma modalidade de subscrição paga que retira por completo os anúncios.

Integração de anúncios no Disney+

O plano de preço mais moderado (5,99 euros) implica a convivência com anúncios durante a sua utilização. A boa notícia é que nos menus não há qualquer tipo de publicidade ou anúncios presentes. Verá os mesmos menus em ambos os planos de adesão. 

Os anúncios estão presentes, quase sempre e numa escala relativamente reduzida, apenas no início dos conteúdos. São quase sempre anúncios comerciais a diferentes tipos de produtos, mas também podem surgir alguns anúncios relativos a conteúdos do próprio serviço como, por exemplo, trailers de séries ou filmes.

Nos conteúdos que a DECO PROteste testou, os anúncios surgiam, quase sempre, apenas no início da reprodução. Depois de visualizá-los, pode navegar livremente no conteúdo. Não existe um padrão óbvio para o surgimento dos anúncios. Por exemplo, pode ser confrontado com um anúncio ao iniciar uma série no browser, mas não no televisor ou no telemóvel.

Na análise, nunca se encontraram anúncios no meio de filmes. No início destes, encontraram-se anúncios em 70% dos casos no browser e cerca de 40% em acessos por Smart TV ou telemóvel Android. 

Nas séries, encontraram-se alguns anúncios no meio dos conteúdos, mas, mesmo assim, em muito menor quantidade do que no início dos conteúdos. No caso do acesso por Smart TV, os anúncios estão presentes no início de 90% das séries e, no meio destas, em 20% dos casos. A quantidade reduz-se ligeiramente no caso dos acessos por browser (80% no início e 20% no meio dos conteúdos). Finalmente, nos acessos por smartphone Android, os anúncios estão presentes em 70% dos casos no início dos conteúdos e somente em 10% dos casos no meio dos vídeos.

Anúncios intrusivos com impacto na usabilidade do serviço?

Na análise feita, estamos a falar de algo bem menos intrusivo do que o visto em serviços gratuitos baseados em anúncios, como o YouTube ou o Spotify free. Não podia ser de outra forma, visto serem serviços pagos, apesar de haver alguma redução do valor em relação aos restantes planos disponibilizados. Cada pessoa terá uma tolerância diferente aos anúncios, mas são relativamente pouco impactantes na usabilidade do serviço. 

Frequência e duração dos anúncios

Nos filmes analisados, não se encontraram anúncios no meio. No início dos filmes, o valor variou dos 40 aos 70%, dependendo do modo de acesso. Nas séries, a presença dos anúncios parece ser mais frequente, com 70 a 90% no início do conteúdo. No meio dos vídeos, no caso das séries, tal sucedeu de 10% a 20% dos casos, consoante o modo de acesso. A duração destes intervalos comerciais varia entre 20 e 90 segundos. O valor médio é de cerca de 40 a 60 segundos.

Quando surgem e como evitar anúncios

Os anúncios surgem quase sempre no início e, em menor quantidade, algures no meio dos conteúdos. Em relação à visualização de anúncios, nunca poderá evitá-la. Por exemplo, se na barra de navegação tentar selecionar um ponto depois do anúncio, inicia-se de imediato a reprodução do mesmo. 

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