Cibersegurança: nova fraude escondida em imagens
Imagens ou páginas de sites podem esconder programas que visam roubar dados pessoais ou bancários. Saiba como identificar esta fraude e se proteger.
Em Portugal, há uma nova fraude que usa imagens e ficheiros SVG (Scalable Vector Graphics) para roubar dados pessoais e bancários. Estes ficheiros, aparentemente inofensivos, podem conter código malicioso que instala programas espiões ou redireciona para sites falsos, sem que o utilizador perceba.
Saiba como identificar este tipo de ataque e proteger os seus dispositivos.
Como funciona a fraude com ficheiros SVG
Os cibercriminosos usam ficheiros SVG em mensagens de e-mail, WhatsApp e sites falsos que imitam entidades credíveis. À primeira vista, parecem imagens normais, mas podem esconder pequenos programas (scripts) que executam código malicioso, quando abertos num navegador ou aplicação vulnerável.
| Etapa | O que acontece |
|---|---|
| Recebe uma mensagem ou e-mail com um link ou um anexo com “.svg” | A mensagem parece vir de uma fonte legítima (WhatsApp, banco, empresa ou entidade oficial) |
| Ao clicar, o SVG executa código oculto | O código redireciona para sites falsos ou instala malware |
| O antivírus pode não detetar a ameaça | Os ficheiros SVG passam por filtros tradicionais |
Há vários sinais de alerta que é importante conhecer:
- mensagens que pedem para “atualizar o WhatsApp” ou “ver uma nova mensagem recebida”;
- e-mails com anexos de imagem em formato .svg;
- mudanças súbitas no aspeto do WhatsApp ou do navegador;
- pedidos para preencher formulários com dados bancários.
Quais os riscos para os utilizadores
- Roubo de credenciais: os dados introduzidos em formulários falsos são enviados aos criminosos, dando-lhes acesso a contas pessoais e bancárias.
- Instalação remota de programas maliciosos, permitem espiar, registar teclas ou controlar remotamente o dispositivo.
- Operações bancárias fraudulentas, a partir do acesso não autorizado aos dispositivos das vítimas.
Como se proteger desta ameaça digital
Determinados cuidados permitem aumentar a proteção face a esta ameaça específica.
- Evite abrir anexos desconhecidos, mesmo que o remetente pareça legítimo e confirme sempre o endereço. Não abra ficheiros SVG, nem clique em links enviados por números ou e-mails estranhos.
- Ajuste as definições de privacidade do WhatsApp. Comece por desativar o descarregamento automático de ficheiros: vá a Definições > Armazenamento e dados > Descarregar automaticamente ficheiros e desmarque todo o tipo de ficheiros. Limite quem pode adicionar o seu número a grupos: vá a Definições > Privacidade > Grupos e escolha Os meus contactos.
- Use um antivírus com análise avançada de ficheiros, preferindo soluções que analisem código dentro de ficheiros SVG e HTML.
- Explique a familiares menos familiarizados com tecnologias quais os riscos associados a fraudes digitais e como proceder.
- Siga as redes sociais de entidades oficiais (por exemplo, a PSP) para aceder a alertas em tempo real.
Os ficheiros SVG estão a ser usados como porta de entrada para ataques sofisticados de cibercrime, especialmente através do WhatsApp e e-mails falsos. Manter a vigilância, atualizar o software e não abrir anexos suspeitos são as defesas mais eficazes.
Questões frequentes
Como posso saber se o meu dispositivo foi infetado?
Verifique se há aplicações desconhecidas, consumo anormal de dados ou falhas súbitas. Use um antivírus atualizado e execute uma análise completa.
Posso partilhar imagens SVG em segurança?
Sim, mas apenas se forem criadas por si ou por fontes confiáveis. Evite descarregar SVGs de e-mails, redes sociais ou sites pouco conhecidos.
Qual é o papel dos antivírus nestes casos?
Os antivírus comuns podem falhar. Escolha software que analise conteúdo embutido em ficheiros SVG e monitorize comportamentos suspeitos.
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