Chamadas policiais falsas: desconfie de telefonemas em inglês

Desconfie de chamadas telefónicas que dizem ser de autoridades policiais estrangeiras. Trata-se de um esquema de burla em que é realizada uma série de telefonemas em inglês dirigidos a destinatários portugueses. O fenómeno está cada vez mais popular e já levou a Procuradoria-Geral da República (PGR) a publicar um alerta de cibercrime.

Como o burlão tenta enganar as vítimas

Na chamada, a alegada autoridade policial identifica-se como “International Judicial Police”. Tudo começa com uma mensagem gravada, enviada em massa para milhares de pessoas. Apenas aquelas que atendem passam à fase seguinte, onde se inicia a conversa com o burlão.

Em regra, a gravação indica que o documento nacional de identificação da vítima está envolvido em criminalidade internacional grave e que, por isso, está em curso um mandado de detenção em seu nome. Nessa altura costuma ser fornecida uma opção para a vítima se poder informar sobre como ultrapassar o caso, o que implica premir a tecla 1 do respetivo telemóvel.

Ao carregar na tecla sugerida, a chamada é transferida para um burlão que se identifica como um agente de autoridade policial. Após requisitar os dados da vítima, o agente criminoso informa que a sua identidade foi utilizada para diversos fins criminosos, como a abertura de contas em vários bancos.

O objetivo do esquema é levar a vítima a transferir dinheiro para uma suposta “conta segura” indicada pelo burlão, como alegada forma de contornar o iminente o congelamento da conta bancária da vítima enquanto decorre a investigação.

6 cuidados para evitar telefonemas falsos

Aprenda a desconfiar de possíveis burlas. Esteja atento aos sinais de alerta de telefonemas provenientes de números desconhecidos.  

• Se não reconhece o número que lhe liga ou o país de origem da chamada lhe suscitar dúvidas, não atenda, nem retribua a chamada.
• Caso atenda o telefonema e o mesmo lhe parecer suspeito, desligue.
• Desconfie quando uma alegada autoridade oficial o contacta noutro idioma. Seria expectável que essa entidade contactasse previamente as autoridades portuguesas e só essas entrariam em contacto com eventuais vítimas.
• Tente validar a veracidade da origem da chamada, por exemplo, ao procurar o número num motor de busca.
• Não faculte dados pessoais a desconhecidos em telefonemas de contexto duvidoso.
• Não ceda a eventuais exigências solicitadas.