Ataques de pânico: como prevenir e tratar
Medo intenso e batimentos cardíacos acelerados são alguns dos sintomas dos ataques de pânico. Como se podem tratar?
- Especialista
- Susana Santos
- Editor
- Ricardo Nabais e Alda Mota

A perturbação de pânico diz respeito à experiência de ataques de pânico inesperados e recorrentes. Traduzem-se em crises súbitas de medo ou desconforto intenso, que atingem um pico em alguns minutos.
A perturbação de pânico desenvolve-se, em média, entre os 20 e os 24 anos de idade. Ainda que seja raro, um pequeno número de casos inicia-se na infância ou na idade adulta (após os 45 anos).
Sintomas de ataques de pânico
Durante os episódios de ataques de pânico, ocorrem quatro ou mais dos seguintes sintomas:
- palpitações ou ritmo cardíaco acelerado;
- transpiração, tremores, sensação de falta de ar, sensação de asfixia, dor ou desconforto no peito;
- náuseas ou desconforto abdominal;
- sensação de tontura ou desmaio, sensação de arrepios ou calor;
- sensação de formigueiro;
- sensação de “irrealidade” ou despersonalização (estar desligado de si), medo de perder o controlo ou de "enlouquecer", e medo de morrer.
São inesperados, sem que haja um estímulo óbvio que os desencadeie.
A frequência e a gravidade dos ataques de pânico variam muito. Podem ser moderadamente frequentes (semanais) durante vários meses. Podem ser mais espaçados no tempo, com semanas ou meses de intervalo, mas com “explosões” de ataques mais frequentes (diários). Ou podem ser menos frequentes (dois por mês) ao longo de muitos anos.
Em termos de gravidade, as pessoas com perturbação de pânico podem ter ataques com sintomas completos (quatro ou mais sintomas) e ataques com sintomas limitados (menos de quatro sintomas). É comum o número e tipo de sintomas diferir entre ataques de pânico na mesma pessoa. No entanto, é necessário mais do que um ataque de pânico com sintomas completos inesperados para atingir este diagnóstico.
Diagnóstico da perturbação de pânico
O ataque de pânico é um surto abrupto de medo ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro ou mais da lista de sintomas físicos e cognitivos apresentados em cima. Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de ambas as seguintes características:
- apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou sobre as suas consequências (por exemplo, perder o controlo, ter um ataque cardíaco, “enlouquecer”);
- uma mudança significativa no comportamento relacionada aos ataques (por exemplo, comportamentos que têm por finalidade evitar ter ataques de pânico, como evitar situações desconhecidas).
Por outro lado, não podem ser consequência de efeitos psicológicos de substâncias/medicação, devido a outra condição médica ou se for explicada por outra perturbação mental (exemplo, ansiedade social ou fobias).
Ataques de pânico: tratamento
Se não for tratada, o curso habitual da perturbação caracteriza-se por ser crónico e com oscilações (melhoria e agravamento ao longo do tempo). Alguns indivíduos apresentam surtos episódicos com anos de remissão de intervalo, enquanto outros têm sintomatologia grave contínua.
O tratamento da perturbação de pânico é feito com medicamentos e psicoterapia. A psicoterapia pode ser um complemento a estes tratamentos, ou ser utilizada de forma autónoma.
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