Exmos. Senhores,
Dia 19 de Novembro de 2024, adjudicamos a produção de uma mesa (secretária) à Combine Home (marca de Envolvências Interiores, Lda) representada pela Sra. Ana L.
A mesa adjudicada tinha as dimensões de 1.20m de largura por 2.20m de altura com um tampo de cerâmica de iguais dimensões.
É nosso entendimento que neste momento há um contrato verbal realizado entre as partes para a entrega da mesa acima referida.
O prazo de entrega comunicado pela empresa foi de aproximadamente 15 dias. 50% do valor total foi pago à data de adjudicação. Cerca de dia 4 de Dezembro de 2024.
Houve desde logo alguma confusão visto que a Sra Ana, representando a Combine Home e pessoa que me enviou a factura a pagamento, referiu ao telefone que o tampo era em pedra natural (mármore) mas depois por escrito referiu que o tampo era em cerâmica que é obviamente um material distinto.
Sexta-feira, dia 29 de Novembro, mandamos mensagem à Sra Ana a perguntar se já tinha data de entrega prevista. Não houve resposta.
Sábado, dia 30 de Novembro, voltamos a mandar mensagem com a mesma questão e a referir a surpresa por não termos obtido resposta a nenhuma das nossas mensagens deste termos pago o sinal (houve outras mensagens relativas ao material). A Sra. Ana ligou de pronto a desculpar-se e a referir que Segunda-feira recebiam a cerâmica e que a equipa de entregas ligava a marcar a entrega.
Segunda, dia 2 de Dezembro não obtivemos qualquer noticia.
Terça-feira, dia 3 de Dezembro voltamos a contactar a Combine Home na pessoa da Sra Ana pelas 17:15 para saber se a cerâmica já tinha chegado. A Sra. Ana ligou de pronto a informar que havia um problema com as dimensões da cerâmica obtida pelos mesmos. A Sra. Ana enviou uma mensagem com as seguintes propostas para resolução do problema:
• a cerâmica sair fora da mesa e o tampo inferior ir com 1.10
• ou a mesa ir com 1.10 e cerâmico certo com 1.10;
Em nenhum momento houve resposta às perguntas relativas ao novo preço visto, tendo em conta que as propostas previam a entrega de uma mesa de tamanho inferior ao contratado.
Não obstante, tentamos perceber junto da Combine Home e Sra. Ana L os detalhes do que estavam a propor para encontrar uma resolução do problema. A Sra. Ana comprometeu-se a enviar uma foto durante o mesmo dia da 1a opção o que nunca aconteceu. Houve também uma série de questões que ficaram por responder.
Quarta, dia 4 de Dezembro, voltamos a contactar Ana para relembrar que não tinhamos recebido a informação requisitada visto a mesma ser crucial para tomar uma decisão para o problema por eles criado. A Sra Ana respondeu a pedir desculpa mas continuou sem enviar as informações pedidas.
Voltamos a ligar por volta das 14 horas de dia 4 de Dezembro para expressar o nosso descontentamento com a falta de respostas da Combine Home. A Sra Ana pareceu pouco interessada na resolução do mesmo referindo que podiam devolver o dinheiro o que foi claramente rejeitado. A chamada foi entretanto abaixo visto termos ficado sem bateria. A Sra Ana ligou de volta mas as chamadas foram rejeitadas visto estarem a ir para o computador - devido ao telefone estar desligado.
Pelas 16 horas do mesmo dia 4 de Dezembro, recebemos um email da Combine Home na pessoa do Sr Miguel R a pedir o NIB para devolução do sinal referindo:
"A comercial e a equipa da Combine Home está a fazer todos os esforços para satisfazer o pedido e a compra realizada com o cliente que não apresenta sinais de colaboração, posto isto será devolvido o montante do pagamento feito no ato da encomenda."
Como é óbvio e de acordo com a explicação acima, a Combine Home não fez qualquer esforço para providenciar as informações necessárias para a resolução do problema e demonstraram uma falta de profissionalismo e má comunicação durante todo o processo.
Não obstante, foi-lhes respondido claramente que não aceitávamos a devolução do sinal visto estarmos a tentar resolver o problema.
O Sr. Miguel respondeu que não tinham interesse em prosseguir com o contrato e voltou a solicitar o NIB para devolução de sinal. Não respondemos porque não tinhamos nada mais a acrescentar.
Ás 18:03 de dia 4 de Dezembro de 2024, a Combine Home na pessoa do Sr Miguel R enviou um email a informar que o valor do sinal tinha sido transferido para a conta que fez o pagamento do mesmo enviando o comprovatido de transferência.
É por nós entendido que as acções acima representam uma rescisão unilateral do contrato verbal estabelecido entre as partes a dia 19 de Novembro de 2024 sem qualquer justificação razoável.
Como exemplo, se tivesse sido o cliente a desistir do projecto seguramente não teriam devolvido o dinheiro. Pelo menos não na sua totalidade. É esse o intuito de um sinal. O compromisso entre duas partes para honrarem um acordo estabelecido.
A Combine Home decidiu por si devolver o dinheiro descorando os prejuizos imputados por tal acção:
1. Impossibilidade de uso
O serviço foi contratado porque, como é óbvio, a mesa (secretária) é necessária. A não entrega da mesma representa custos diários.
2. Procura de alternativas
O facto de termos que recomeçar o processo de procura de outro provedor implica custos com procura e análise de produtos que são da exclusiva responsabilidade da Combine Home não ter cumprido com as suas obrigações.
3. Custo de oportunidade
A mesa foi contratada durante a "Black Friday" com desconto numa altura em que os concorrentes da empresa contratada também praticavam descontos (em muitos casos ainda mais "agressivos" que os 20% oferecidos pela Combine Home). A Combine Home resolveu o contrato 2 dias após o término das promoções o que significa que qualquer provedor encontrado agora representará um custo acrescido.
Cumprimentos.