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Recusa de Reparaçao em Garantia

Não resolvida Pública

Problema identificado:

Garantias

Reclamação

M. S.

Para: Mbit

15/07/2025

Exmos. Senhores, Venho por este meio apresentar reclamação contra a empresa MBIT – Computadores e Serviços de Informática, S.A., no âmbito do processo de garantia de um Xiaomi 14T, adquirido a 28 de dezembro de 2024, pela plataforma Santander Boutique. Linha cronológica dos acontecimentos: O equipamento foi adquirido novo, com valor de 499€, tendo sido usado sempre com capa protetora. No final de junho de 2025, comecei a notar empeno visível na estrutura do telemóvel, tornando-se perceptível ao colocá-lo sobre uma superfície plana (ficavam os topos levantados). No dia 30 de junho de 2025, contactei a MBIT para ativar a garantia legal, e a recolha foi agendada. O equipamento foi recebido pela MBIT no dia 3 de julho de 2025. Após análise inicial, o equipamento foi remetido para o centro técnico da marca Xiaomi. Dias depois, a MBIT informou-me que a garantia havia sido recusada pela marca, alegando um “dano no display” que não estaria coberto pelos parâmetros do fabricante, sendo emitido um orçamento de reparação, o qual recusei formalmente dentro do prazo de 48h que me foi dado. Situação atual e queixas principais: A MBIT recusa-se a assumir a responsabilidade legal enquanto vendedora, remetendo integralmente a decisão para a marca. Esta posição viola o Decreto-Lei n.º 84/2021, nomeadamente os artigos 15.º, 18.º e 20.º, onde se estabelece que é o profissional (neste caso, o vendedor) quem responde pela falta de conformidade. O defeito apresentado no equipamento é estrutural e evidente, afetando o normal funcionamento do mesmo: aquecimento excessivo, desligamentos espontâneos e empeno visível. Após a recusa do orçamento, não foi dada qualquer resposta objetiva por parte da MBIT quanto à resolução da situação, apesar das várias tentativas de contacto telefónico e de emails enviados. Fiz uma exposição formal no Portal da Queixa (n.º 136849125), à qual a empresa respondeu apenas com uma nota vaga, indicando que iria “analisar os factos”, mas nunca mais deu seguimento. Esta situação tem-me causado graves prejuízos pessoais e profissionais, uma vez que dependo do telemóvel para trabalhar e não sou obrigado a suportar a compra de novo equipamento enquanto este se encontra dentro do prazo legal de garantia e claramente defeituoso. A empresa tem demonstrado falta de transparência, ausência de comunicação e negligência na resolução do problema, empurrando responsabilidades para a marca, o que é inaceitável legal e eticamente. O que pretendo: Requeiro o apoio da DECO PROTESTE para que a MBIT reconheça a falta de conformidade do equipamento e proceda à resolução do contrato e reembolso integral do valor pago (499,99€), nos termos do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 84/2021. Fico ao dispor para fornecer todos os comprovativos (faturas, IMEI, prints de conversas, emails, chamadas, fotos do defeito e do equipamento, etc.). Com os melhores cumprimentos, Miguel Sousa

Mensagens (2)

Mbit

Para: M. S.

22/07/2025

Exmo. Senhor Miguel Sousa, Os nossos melhores cumprimentos. Por referência ao assunto em epígrafe melhor identificado, a Mbit serve-se do presente para reiterar as conclusões alcançadas após competente análise da situação exposta. Conforme já explanado, a Mbit remeteu o equipamento XIAOMI para análise técnica junto da reparadora oficial da Xiaomi, Tamet – Eletrónica e Comunicações S.A. Após competente análise técnica, a reparadora oficial concluiu que o equipamento em causa não cumpre com os requisitos do fabricante, por apresentar o display empenado, conforme relatório já remetido anteriormente, o que não constitui uma desconformidade nos termos e para os efeitos da legislação aplicável, pelo que o equipamento não poderá ser reparado ao abrigo da garantia, de acordo com as conclusões alcançadas pela Tamet. Nestes termos, a Mbit informa que agiu no cumprimento das suas obrigações legais, não podendo atender à pretensão de V. Exa. Sem mais de momento, Provedor Rua Antero de Quental, 351 4455-586 Perafita Portugal www.mbit.pt provedor@mbit.pt De: reclamacao@notify.deco.proteste.pt em nome de Data: terça-feira, 15 de julho de 2025 às 15:30 Para: lojaonline@mbit.pt lojaonline@mbit.pt Assunto: ***SPAM*** Recusa de Reparaçao em Garantia ‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌

M. S.

Para: Mbit

23/07/2025

Exmo. Sr. Provedor, Não posso deixar de demonstrar o meu total desacordo com a vossa resposta, que considero uma fuga clara às vossas obrigações legais enquanto entidade vendedora. O artigo 12.º da Lei de Defesa do Consumidor e os artigos 914.º e seguintes do Código Civil, conjugados com o Decreto-Lei n.º 84/2021, de 18 de outubro, são absolutamente claros quanto à responsabilidade do vendedor perante desconformidades existentes nos primeiros dois anos após a entrega do bem. O vosso parecer ignora por completo que é obrigação do vendedor, e não de uma reparadora externa, provar que a desconformidade não existia à data da entrega. Aliás, o vosso argumento baseia-se num laudo técnico que em momento algum demonstra cabalmente que a alegada “empenadela” do ecrã não se deveu a um defeito de fabrico ou a problemas estruturais do próprio equipamento. Limitar-se a dizer que não “cumpre os requisitos do fabricante” não é suficiente para afastar a vossa responsabilidade. Mais grave ainda é o facto de ignorarem por completo a minha tentativa de resolução amigável, recusando-me qualquer via de substituição, reparação ou reembolso, como estipula a lei. Ignoram também os princípios de boa-fé, transparência e cooperação que se exigem de uma empresa que se diz idónea e que opera em território nacional sob legislação portuguesa. Assim sendo, mantenho o meu pedido dentro da ordem legal: Substituição do equipamento por um novo, igual ou equivalente; Reparação gratuita, caso a substituição não seja viável; E apenas caso nenhuma das opções anteriores seja possível, reembolso integral do valor pago: 499,99€. Caso continuem a escudar-se em pareceres vagos e tentem escapar pelas brechas da irresponsabilidade, informo que já me encontro em contacto com o Centro de Arbitragem de Consumo da minha região e, se necessário, avançarei para ação judicial, exigindo não só o reembolso como indemnização por danos morais e tempo despendido com uma situação que só existe por inércia da vossa parte. Fiquem cientes: os meus direitos não estão sujeitos à vossa conveniência comercial. Sem mais. Miguel Sousa


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