Reclamação relativa ao processo de garantia do equipamento Honor Magic V3
Referências de suporte: #6350816, #6401046, #6421917, #6474040, #6502504
Reclamação no Livro de Reclamações: ROR00000000045337158
1. Contexto e descrição da situação
No dia 22 de julho de 2025, desloquei-me a uma loja Vodafone para entregar o meu telemóvel Honor Magic V3, adquirido na mesma operadora, ao abrigo da garantia, uma vez que o ecrã aberto apresentava pequenas manchas pretas visíveis no centro do ecrã aberto e apenas visíveis sobre fundos claros.
Na ordem de reparação emitida em loja, ficou registado que não existiam vestígios de má utilização e que a anomalia apenas era visível com o fundo branco.
2. Ocorrência posterior e irregularidades detetadas
Alguns dias depois, recebi um orçamento de 856,14€ alegando má utilização do equipamento.
Esta alegação contradiz diretamente a avaliação inicial feita pela loja, que confirmou não existirem danos ou má utilização.
Solicitei então provas dessa alegada má utilização. A resposta recebida incluiu fotografias com danos que não existiam no momento da entrega, nomeadamente um risco branco e extenso no ecrã — dano que nunca esteve presente quando entreguei o equipamento e que é totalmente distinto do problema inicial (pequenas manchas pretas na zona central do ecrã aberto).
De imediato reclamei por escrito, esclarecendo que:
- o estado do equipamento no ato da entrega não correspondia ao apresentado nas fotografias;
- e que não aceitava que me fosse negado o direito à garantia com base em danos inexistentes no momento da entrega.
Apesar disso, não obtive qualquer resposta à minha contestação.
3. SMS para levantamento e situação em loja física
Alguns dias depois, recebi uma SMS da Vodafone a informar que o equipamento se encontrava disponível para levantamento na loja.
Desloquei-me novamente ao local, mas fui informado pelos colaboradores que:
- nenhuma reparação foi realizada;
- e que, apesar de eu não concordar com a recusa de garantia, já não seria possível reenviar o equipamento para nova análise de garantia.
Foi-me apenas indicado que a única alternativa seria não levantar o equipamento e apresentar reclamação no Livro de Reclamações, o que considerei inadmissível, tendo em conta que:
- o telemóvel estava ao abrigo da garantia;
- e os danos alegados não existiam aquando da entrega em loja.
Em conformidade, não levantei o equipamento e apresentei reclamação no Livro de Reclamações no dia 07/08/2025, pedindo reavaliação do processo com base na ordem de reparação inicial e nas discrepâncias evidentes entre os danos inicialmente registados e os apresentados no relatório.
4. Resposta da Vodafone e contradições
No dia 13/08/2025, a Vodafone respondeu, reconhecendo que houve um lapso ou falta de atenção na inspeção visual inicial. Contudo, referiu que numa segunda inspeção visual feita pela marca foram identificados os danos descritos no orçamento e que, por esse motivo, não assumiria responsabilidade.
Esta resposta é contraditória e inaceitável, uma vez que:
- não existiam danos no momento da entrega, conforme comprovado na ordem de reparação;
- e o cliente não esteve presente na segunda inspeção visual, não podendo garantir a integridade do processo de manuseamento técnico.
Respondi no dia 14/08/2025, reforçando que:
- o equipamento foi entregue apenas com o defeito de ecrã (manchas pretas);
- e que as imagens apresentadas mostram danos inexistentes no ato da entrega, levantando sérias dúvidas sobre o manuseamento do equipamento pela Vodafone ou pelo centro técnico.
5. Falta de acompanhamento e ausência de resolução
Após esta resposta, não recebi qualquer contacto adicional.
O email de resposta foi devolvido, impossibilitando comunicação direta.
Face a isso, abri vários pedidos de suporte, nomeadamente:
- #6350816 (18/08) – encaminhado para o Gabinete de Apoio à Qualidade;
- #6401046 (15/09) – sem resposta conclusiva;
- #6421917 (24/09) – sem resposta;
- #6474040 (15/10) – resposta genérica a indicar que a situação estava em análise;
- #6502504 (28/10 e 10/11) – sem qualquer retorno até à data.
Apesar das várias tentativas de contacto, a Vodafone manteve-se em silêncio, deixando o cliente sem equipamento e sem qualquer solução, desde 22/07/2025.
6. Pedido
Face ao exposto, requeiro formalmente:
- A reavaliação imediata do processo de garantia, considerando a ordem de reparação inicial e o estado comprovado do equipamento na entrega;
- O reconhecimento do direito à reparação ao abrigo da garantia legal;
- Caso a reparação não seja possível, a substituição do equipamento ou reembolso integral;
- A apresentação de resposta formal e fundamentada.
7. Conclusão
O tratamento dado a este caso é inaceitável e desrespeitoso para com o consumidor.
Entreguei o equipamento em perfeito estado, com um defeito de fabrico legítimo, e mais de três meses depois continuo sem o telemóvel e sem qualquer resposta efetiva.
Reitero que não aceito a imputação de danos que não existiam no ato da entrega, e exijo uma resolução célere e justa, salvaguardando os meus direitos enquanto consumidor.
Com os melhores cumprimentos,
Tiago Peres