1. Irregularidades no processo de entrega
Após assinatura do contrato, fui informada de que o veículo necessitava de ser “preparado”, incluindo revisão e reparação de um para-brisas com avaria. A entrega, no entanto, apenas ocorreu em 05/08/2025, ou seja, 15 dias depois, e apenas após forte insistência minha.
No dia 04/08/2025, solicitei ver o veículo, o que me foi expressamente recusado, com a justificação de que “estava tudo pronto” e que no dia seguinte poderia levantar o carro. Tal conduta viola o dever de transparência e boa-fé negocial, impedindo o consumidor de confirmar o estado real do bem antes da sua recolha.
2. Ausência de conformidade do bem entregue
Na data da entrega (05/08/2025), imediatamente se verificaram falhas graves:
Falta de equipamentos obrigatórios de segurança: o veículo não dispunha de pneu suplente nem do kit de reparação de pneus, situação desconhecida até pelos próprios colaboradores do stand. Apenas após insistência minha é que se comprometeram a resolver a questão.
Deficiência no banco traseiro: o sistema de rebatimento não funcionava corretamente por ausência de peça fundamental. Caso eu própria não tivesse reparado, teria saído do stand com o carro em tal condição.
Defeitos mecânicos e técnicos: o veículo apresenta um barulho anormal no escapamento, bem como falhas na integração multimédia, impossibilitando o correto espelhamento do telemóvel.
Apesar de alegadamente o veículo ter ficado 15 dias em “preparação”, é evidente que não foi sujeitado a vistoria mecânica adequada nem testado em condições reais de circulação, configurando manifesta negligência na preparação para entrega.
3. Atendimento deficiente e desrespeitoso
Durante todo o processo não me foi atribuído um vendedor ou técnico responsável. Fui inicialmente atendida por Dora, depois por Bruno (do marketing) e, no dia da entrega, por Sofia, colaboradora do financeiro que desconhecia as características do veículo.
Ou seja, nenhum funcionário com formação técnica ou comercial acompanhou devidamente a venda e entrega do automóvel, o que reforça a falta de profissionalismo da vossa empresa.
Mais grave ainda foi o tratamento rude e desrespeitoso em várias interações, chegando a ser afirmado, em tom de deboche, que se eu não estivesse satisfeita poderia simplesmente “devolver o carro”, como se o tempo perdido, os prejuízos financeiros e os transtornos fossem irrelevantes.
4. Documentação e financiamento
Após o levantamento do carro em 05/08/2025 e pagamento imediato da entrada de 10.000€, fui informada de que o stand trataria da documentação junto da financeira. No entanto, até a presente data (18/08/2025), nenhum documento foi remetido à financeira, não obstante já me ter sido debitada a primeira prestação do financiamento.
Ou seja:
Estou a pagar por um bem cuja documentação não foi regularizada;
O stand reteve o processo sob o argumento de que a colaboradora responsável estava de férias, sem indicar qualquer substituto;
Esta situação configura uma violação dos princípios da boa-fé, causando-me prejuízos patrimoniais diretos, uma vez que dependo do veículo e respetiva documentação para exercer a minha atividade profissional como motorista TVDE.
6. Exijo, portanto:
A imediata regularização da documentação do veículo junto da financeira, com respetivo envio para minha posse;
A reparação urgente e sem qualquer custo das falhas mecânicas (barulho do escapamento) e técnicas (falha no espelhamento telefónico)