Exmos. Senhores,No dia 22/12/18, a minha irmã - Marta Almeida Amorim - adquiriu para me oferecer uma mochila de tamanho pequeno (marca Love Moschino), na loja Samsonite do MarShopping, pelo preço 206 euros- fatura L6VX/29319, de 22/12/2018.Naturalmente utilizei-a com o fim a que era destinada transportando objetos de pequena dimensão (porta-moedas, chave de casa, chave do carro, pequenos estojos), mas sempre com um especial cuidado, sem a encher demasiado ou sobrecarregar. Afinal tratava-se de uma prenda da minha irmã que me importava acima de tudo preservar. Ainda assim, passados apenas 8 meses desde a sua aquisição, a referida mochila apresentava os seguintes defeitos: na lateral a pele de um dos lados apresentava uma grande abertura, com tendência a alargar mais e abrir mais, sendo que do outro lado, outro pequeno buraco – dando a entender que iria acontecer o mesmo também abria. O forro interior da mochila estava não obstante intacto, bem como os restantes elementos. Assim, no dia 28 de setembro de 2019 entreguei a mochila na mesma loja onde foi adquirida, tendo sido sugerido que fosse enviada à marca para conserto. Apontei, no momento, já um custo que era sugerido de 15 euros que não esperava que me fosse imputado tendo em conta a mochila estar dentro da garantia, tendo-me sido indicado que era para ignorar esse aspeto. No dia 21 de novembro de 2019 recebo finalmente um e-mail da Samsonite dizendo o seguinte: “Boa tarde, O artigo que deixou para reparação na nossa loja SamsoniteMarshopping é irreparável. Por favor dirija-se à loja para efectuar o levantamento do mesmo. Cumprimentos, Samsonite Marshopping”. Desiludida com a situação partilhei o assunto com a minha irmã que adquiriu a mochila. Esta, nesse mesmo dia, 21 de novembro de 2019, primeiro colocou a situação, por telefone, a uma colaboradora da loja, que comentou que o motivo do dano do artigo foi o uso e remeteu a demais resolução do assunto para a gerente de loja. A minha irmã contactou, então, no mesmo dia, a gerente de loja que me aconselhou a enviar um email para apoiocliente@samsonite, o que fiz, no próprio dia 21 de novembro de 2019, escrevendo o seguinte: Boa noite, Foi com profunda incredulidade que li hoje o e-mail da loja “Samsonite IKEA” que dizia, e cito, “O artigo [uma mochila da Moschino] que deixou para reparação na nossa loja SamsoniteMarshopping é irreparável. Por favor dirija-se à loja para efectuar o levantamento do mesmo.”. Reli de novo a segunda frase. Acreditei tratar-se de um engano, na medida em que outras marcas, em situações semelhantes, não podendo reparar o produto fizeram substituição na hora. Tenho sido cliente das lojas Samsonite Portugal em diversas ocasiões, para mim ou para comprar produtos para oferecer a outros, e um dos aspetos que mais contribuiu para a minha fidelização foi o anúncio claro “Qualquer problema, tem dois anos de garantia”, sendo o talão representativo da mesma, inclusive bem protegido em cartão e entregue ao cliente com segurança de total confiança. Venho, pois, por este meio apresentar a minha reclamação e o meu profundo desagrado por me sentir enganada pela vossa marca. Apontaram posteriormente por chamada telefónica para a referida loja que a causa do dano irreparável foi o uso. Confirmo-o. Usei a mochila. De forma deligente e cuidada como as restantes condições o atestam - não se trata de um caso de mau uso. Não esperavam certamente que adquirisse um produto de qualidade para efeitos decorativos do meu armário. Da mesma forma não acredito que a garantia que anunciam servisse apenas para cobrir danos que pudessem acontecer a um produto intocado, mas para cobrir precisamente danos que não são esperados em 2 anos tendo em conta a qualidade do produto e o seu bom uso. Ou pretendem que aceite com tranquilidade que um produto que tinha garantia de 2 anos dure apenas 8 meses e que me proponha, muito agradada, volvidos quase 2 meses depois de ter entregue o produto, a recolher o “dano”? A assinar o e-mail lamento ainda que não leia sequer um “Pedimos imensa desculpa por não conseguirmos honrar o compromisso que estabelecemos com os nossos clientes”. Lê-se apenas “Cumprimentos” e fecha-se o assunto com total desconsideração pelo cliente. Apesar de tudo quanto descrevi, ainda espero da vossa marca outro tipo de solução e acredito que corrigirão este erro sem que tenha de recorrer a uma reclamação a entidades públicas de regulação de consumo ou à via judicial. Com os meus melhores cumprimentos, Mariana Amorim”A resposta a este email chegou pela mesma via, no dia 25 de novembro tendo sido aponte que: “Bom dia, Cara Mariana, Desde já lamentamos o sucedido e pedimos desculpa pelo incómodo causado. Informamos que a sua mochila Moschino foi analisada pelos serviços técnicos do fornecedor (Pollini) que não considerou defeito de fabrico, logo não foi coberto pela garantia. Mais uma vez lamentamos, mas a nossa resposta ao seu processo foi dada de acordo com as indicações do fornecedor. Cumprimentos, Samsonite”Ora não sendo especialista em direito – nem perto – procurei evidentemente informar-me sobre a situação, nomeadamente, no vosso site. E não vejo, com todo o respeito pelos responsáveis da Samsonite que têm lidado com este processo, de que forma possa eu ter alguma coisa a ver com a eventual responsabilidade do produtor – esse não é um assunto que diga respeito apenas ao vendedor? Pelo que percebi, das pesquisas que efectuei, no caso de existir um defeito de fabrico, o vendedor teria de reparar o dano às custas do produtor mas não existindo um defeito de fabrico, e não se devendo o defeito ao mau uso – cuja prova lhe compete, não bastando alegar que o defeito se deve a “uso”, como singelamente fez o primeiro interveniente no processo – o vendedor tem na mesma de reparar o dano, no caso, a expensas suas, afinal encontra-se no mercado a vender um produto que diz ter determinadas qualidades e que serve para determinado fim.Conseguem ajudar-me com esta situação?