Acabo de sair da loja do Alegro de Setúbal da Alberto Oculista. Objetivo: adquirir 6 pares de óculos para uma parte da família – esposa (lentes progressivas + lentes progressivas de sol), filho (lentes monofocais + lentes graduadas de sol); filha (lentes com controlo de miopia + lentes graduadas de sol). Acresce que sou também utilizador de óculos eu próprio, assim como a minha outra filha e sou cuidador informal de 2 octagenárias que também utilizam lentes progressivas e óculos de sol. Um cliente a ter em conta, portanto (digo eu!).
Sempre foi uma prática minha, pedir segunda ou até terceira opinião, no que diz respeito à aquisição de óculos. Considero que os oftalmologistas são médicos especialistas que se dedicam ao estudo, diagnóstico e tratamento de doenças dos olhos, enquanto que os optometristas são profissionais de saúde ocular que complementam o trabalho dos oftalmologistas, nomeadamente nas áreas das lentes e dos óculos, acreditando mesmo que dispõem da mais aprofundada formação para realizarem os exames mais assertivos no sentido do seu principal foco – a correção visual dos pacientes.
Pelo exposto, desde muito cedo, adotei a referida prática de visitar o oftalmologista para avaliar a saúde dos olhos dos meus familiares. Contudo, mesmo com a prescrição do oftalmologista sempre quisemos ter a opinião dum optometrista, seja para confirmar o prescrito pelo oftalmologista, seja para aceitar ou não ligeiras diferenças que por vezes surgem, destas duas avaliações, e que derivam tão somente da tecnologia ou equipamento utilizado. Com a inovação tecnológica que temos tido, esta minha prática parece fazer cada vez mais sentido e por isso a vamos manter, até por liberdade de decisão – um direito que nos assiste.
Ontem fomos tão bem atendidos pela menina Alice na loja do Alberto Oculista do Alegro de Setúbal que, mesmo visitando outras lojas que nos davam vantagens financeiras, principalmente nos preços das lentes, voltámos àquela loja para uma consulta de optometria. Foi aí que nos deparámos com o mais deplorável dos atendimentos por parte do técnico optometrista que iria realizar a consulta. Disse-nos que não realizaria a consulta porque a prescrição do oftalmologista era de ontem e ele não iria sobrepor a opinião dele à de um oftalmologista. Quem alguma vez disse a esta pessoa que nós iríamos sobrepor a opinião dele à opinião do nosso médico oftalmologista? Que prepotência é esta…!!!???
Ainda lhe tentámos explicar que não estava a ver bem o nosso ponto de vista porque somente pretendíamos que, enquanto especialista em optometria e correção visual gostávamos de ter a opinião dele, para depois então decidirmos o que fazer.
Com o seu ar sobranceiro e, interrompendo com tom de voz elevado, foi reafirmando que não realizaria a consulta porque não podia passar por cima da opinião dum oftalmologista. Que ridículo tudo isto…!!! Quem decide se a opinião desta pessoa seria aceite ou não, sou eu, somos nós, são os pacientes, são os clientes. Quem se julga esta pessoa?
Saímos para não mais discutir porque esta pessoa mostrou claramente que não lhe apetecia trabalhar e que se julga montado em alguma espécie de pedestal, que lhe dá a ilusão de ser superior a um “simples” cliente ou paciente. Quem alguma vez lhe disse que ele merece esse estatuto?
Que tenha vergonha na cara, esta pessoa…!!!
Lamentamos muito o erro que a Alberto Oculista cometeu ao contratar esta pessoa. Estamos em crer que na balança do deve e do haver, ficarão a perder com os clientes que desistem e que, se juntarão aos clientes que nem sequer passarão na loja ou na marca, derivando da publicidade negativa que pessoas como eu farão a partir de hoje, junto de todos os colegas de trabalho, de amigos, de outros familiares, de vizinhos e de todas as nossas redes de contactos – assim se perdem umas dezenas de clientes e uns bons milhares de euros de faturação regular.
Ao mesmo tempo, porque tudo deve ser dito, louvamos o profissionalismo, a dedicação, a atenção prestada, a simpatia e até, a empatia da Alice – simplesmente Extraordinária.