Exmºs SenhoresApós tentativa fracassada de cancelar a inscrição no ginásio Solinca Oeiras através de email enviado a 12/10 (nunca respondido), desloquei-me às instalações para efectivar o cancelamento no dia 20/10. Foi-me negado, alegando o funcionário a necessidade de atestado médico, uma morada a mais de 50 kms ou motivos profissionais. Os meus motivos são essencialmente de ordem sanitária: não desejo frequentar um local como um ginásio durante a pandemia (que atinge agora a sua segunda fase) por ter 61 anos e já me colocar em situação de risco diariamente devido à minha actividade profissional (sou professora e trabalho na qualidade de vocal coach em programas de entretenimento, onde as equipas são formadas por centenas de pessoas). Não desejo, no meu tempo de lazer, tornar as minhas idas ao ginásio algo de profundamente desagradável por ser mais um local onde tenho de me desinfectar e sentir-me pouco segura pelo possível contágio. Já fui testada duas vezes (felizmente sempre negativo) pelo facto de nas minhas bolhas profissionais circularem pessoas que já contraíram o vírus. Assim sendo, não tenho ido ao Solinca Oeiras com receio (não só de infetar mas de ser infetada), por isso não faz sentido manter uma inscrição e um débito de 25 euros mensais dos quais não usufruo.Os senhores da Solinca entendem que os contratos que estabelecem com as pessoas são vitalícios. Eu podia simplesmente querer desistir e tenho esse direito. Ou neste ginásio existem práticas ditatoriais que não existem no resto do país? Até hoje, nunca ninguém me obrigou a frequentar uma actividade de lazer que eu pago!!!Por tudo o acima descrito, vejo-me na obrigação de pedir um atestado médico à minha médica de família (obrigando-me a mais uma deslocação desnecessária, como a de hoje ao ginásio para fazer o cancelamento). Acresce que o meu plano era voltar a reinscrever-me após o regresso das condições sanitárias a uma normalidade reconhecível. Esse cenário está definitivamente posto de parte.Penso já ter ouvido falar em mais queixas desta natureza feitas à Deco. Aqui fica mais uma, com a minha convicção de que este tipo de procedimento (como o adoptado pelo Solinca Oeiras) carece de legalidade, já para não falar da ética absolutamente inexistente.Grata pela atenção dispensadaIsabel Campêlo Fernandes