Exmºs Srs.:
O meu nome e Daniela Arinto e sou proprietária do SMART com a matrícula 75-AO-30.
No passado dia 29-04-2025, dirigi-me, juntamente com o meu marido e testemunha João Morais à oficina autorizada SMART, Sousa e Santos, Lda., no Montijo, pela qual me foi emitida uma Ordem de Reparação, da qual consta:
"Rec. Cliente: Ao desligar a viatura, as luzes começam a piscar e parece estar sempre a abrir as portas."
e diagnóstico:
"MODULO DE COMANDO DA SAM PROGRAMAR E CODIFICAR
Módulo de comando da SAM substituir.
INSTALAÇÃO ELÉTRICA VERIFICAR."
A viatura foi deixada na oficina, tendo posteriormente sido contactado o meu marido a perguntar se pretendíamos substituir a peca SAM (central elétrica), no valor de cerca de 500€.
A oficina foi expressamente informada, que dado o custo da peça (equivalente ao valor comercial estimável da viatura), só autorizaríamos a substituição da mesma, caso a mesma garantisse a reparação total do veículo, garantia que nos foi dada expressamente de forma verbal.
Termos em que, solicitamos o orçamento por escrito, o que nos foi recusado, por entenderem não ser necessário, baseado na boa fé contratual.
Surpreendentemente, foi hoje o meu marido contactado a informar que já foi substituída a peça SAM e a solicitarem 1.700€ para reparação dos “actuadores” (fecho central e elétrico das portas), cuja intervenção pode partir o “painel”.
Acontece que quando fomos informados do diagnóstico, não foi referido, em momento algum, a necessidade de tal reparação, muito menos o valor da mesma, informação na posse da qual jamais teríamos autorizado qualquer intervenção, como é evidente.
Não é expectável, que perante um veículo usado, com valor comercial de 500€, algum proprietário se disponha a pagar 500€ mais mão de obra, para levantar um carro, sem fechar as portas.
Tal como não é expectável que algum proprietário se disponha a pagar 1700€ para levantar o mesmo veículo.
Relativamente ao suposto risco da intervenção técnica/ profissional, não só nunca fomos informados, como não é um risco que se imponha ao cliente suportar.
Tal seria equivalente a um canalizador aceitar reparar um cano, mas sugerir provocar uma inundação.
Termos em que, estamos perante uma profunda falta de profissionalismo, ética profissional, incumprimento contratual e má fé.
A mesma será reportada à SMART Portugal.
Sem prejuízo, está já a ser preparada pelos meus advogados a competente acção judicial, cujas custas processuais e honorários serão imputados ao concessionário.
Finalmente, perante qualquer tentativa de retenção ilegal e criminosa do veículo, será apresentada queixa na PSP local e instruído processo crime contra a pessoa colectiva Sousa e Santos Lda., representantes legais (gerentes de direito e de facto), bem como a funcionária responsável pelo processo, Inês Coelho.
Daniela Arinto