Exmo. Senhor/a,
Venho por este meio apresentar uma reclamação relativamente à gestão administrativa do hospital durante o meu internamento e o acompanhamento recebido após a minha alta.
Estive internado devido a uma doença crónica e autoimune, e fui informado pela equipa médica que, para que fosse possível realizar a cirurgia necessária, teria de seguir uma alimentação baseada em suplementos alimentares. Embora estes suplementos sejam, de facto, classificados como medicamentos, fui informado de que não são comparticipados pelo Estado, ficando assim o paciente responsável pelo custo total.
O problema surge no momento da minha alta, quando me foi "imposta" a obrigação de adquirir esses suplementos sem qualquer tipo de apoio financeiro ou orientação sobre como lidar com esse encargo. Considero esta situação inaceitável, pois, apesar de tratar-se de um tratamento necessário para a minha condição, a administração do hospital não forneceu alternativas ou soluções para ajudar a suportar este custo adicional.
Esta situação configura uma falha na garantia do direito à saúde consagrado na legislação portuguesa, que estipula que todos os cidadãos devem ter acesso a cuidados médicos adequados sem ter de arcar com custos desproporcionais relacionados com o tratamento de condições crónicas e autoimunes.
Assim, solicito uma revisão urgente desta situação, a fim de garantir que sejam tomadas medidas para que outros pacientes não enfrentem os mesmos obstáculos financeiros em circunstâncias semelhantes.
Agradeço desde já a atenção dispensada e aguardo uma resposta adequada a esta questão.
Com os melhores cumprimentos,
Bruno Vinagre
31/01/2025