Doente do Hospital CUF: 896473 (JMS35765602)Doente do Hospital CUF em 1999: 521287Venho por este meio expressar o meu descontentamento e revolta perante a situação a que estou a ser sujeito pelo Hospital CUF Infante Santo, e que me tem causado imensos transtornos, e até prejuízos, em termos da minha actividade profissional. Passo a expor:Em 1999, dei entrada a 10 de fevereiro e a 14 de abril no hospital, para cirurgias (artroplastias totais das ancas), efectuadas pelo Dr. António Caferra Machado.Devido a processos inflamatórios de que estava a padecer em 2019 (acompanhado clinicamente noutro hospital), constatou-se que uma das causas estava relacionada com descelamento e desgaste de componentes das próteses das ancas, recomendando-se revisão com alguma urgência numa delas.Para tal havia necessidade de identificar o tipo/modelo e constituição das próteses, sendo que a cirurgia deveria ser efectuada em agosto ou setembro de 2019.A 5 de Agosto pedi a informação através da app MyCUF, registado como pedido #200406A 6 de agosto recebo email do “Contact Center” CUF Serviços, solicitando, cito, “que nos envie o máximo de informação acerca do que necessita, para o email: geral.hcis@jmellosaude.pt”, tendo prontamente enviado em resposta a informação solicitada (datas das cirurgias, cirurgião, identificação do “Doente” no sistema, e anexando copias dos recibos de internamento em 1999 e dos movimentos do internamento de fevereiro onde consta a requisição da prótese aplicada)A 27 de agosto, e estranhando não ter recebido informação ou contacto, dirigi-me ao balcão do hospital, onde fui informado de não constar “em sistema” nenhum pedido meu. Insisti e o funcionário ligou internamente para “o serviço” e foi informado de que o processo devia ter sido encaminhado para o departamento competente, mas sem registo. Aconselhou-me a efectuar o “Pedido de Acesso a Informação Clínica” por escrito, o que fiz nesse momento. Aconselhou-me ainda a reforçar o pedido por email, o que também fiz, anexando cópia do pedido efectuado ao balcão.No dia 29 recebo email de resposta indicando “Acusamos a receção do Seu e-mail que mereceu a nossa melhor atenção. O mesmo foi encaminhado para o Departamento competente para dar seguimento urgente ao pedido de V. Exa.”A 6 de setembro, e não tendo recebido qualquer outra resposta ou contacto por parte dos serviços do hospital, reforcei novamente o meu pedido de informação por email. Repeti os meus pedidos a 9 de setembro, a 10 de setembro, e a 11 de setembro, tendo então recebido em resposta que “Acuso a recepção do email e procedi ao re-encaminhamento ao serviço de Ortopedia, pois terá de ser a unidade a facultar a informação.”A 12 de setembro voltei novamente a insistir por email.A 13 de setembro recebo uma chamada telefónica dos serviços de Ortopedia do hospital, da Sra. Paula Alves, indicando que a informação teria que ser dada pelo coordenador do serviços de Ortopedia, que tinha regressado de férias, que tinha consultado o meu processo clínico nos arquivos mas não encontrara a informação que eu havia solicitado. Contudo, poderia tentar identificar as próteses via RX, pelo que foi agendado o exame para 16 de setembro.A 16 de setembro, pelas 15:30h após efectuado um RX anca e Rx bacia fui conduzido pela Sra. Paula Alves à presença do coordenador dos serviços de Ortopedia, o Sr. João Lacerda, que me recebeu à porta do gabinete informou que necessitava de mais tempo para poder analisar os RX. Para tal deu-me indicação para agendar com a sua assistente, a Sra. Paula Alves, um atendimento para a semana seguinte, (agendado para 26 de setembro pelas 11:40h). A 26 de setembro, a Sra. Paula Alves indicou-me que bastaria aguardar na sala de espera. Quando fui chamado, fui encaminhado para o gabinete do Sr. João Lacerda, que me disse que não haver conseguido identificar as próteses. Também disse que se tivesse sido ele a aplicar certamente saberia quais tinham sido, mesmo que fosse há 20 anos. Questionei-o sobre o motivo de tal informação não constar do meu processo clínico. Fiquei atónito quando esse senhor retorquiu que naquela altura era tudo feito à mão, e que nem sempre se registavam esses dados. Perante isso, mencionei-lhe que o cirurgião que me havia operado dera indicações à sua assistente para me transmitir que a informação que eu pretendia estava de certeza no meu processo clínico. Mais atónito fiquei ainda com a atitude sobranceira e de manifesta animosidade que ele assumiu ao retorquir que “ele não registou nada disso no processo, o que aliás é muito típico dele, “chutar para canto”, e deixar os problemas para os outros”, acrescentando ainda em modo exaltado, que “só o Caferra Machado é que poderá dar a informação”, ao que respondi não ter conseguido contactar directamente com ele, apenas com a assistente numa das clínicas onde dá consultas, e que não tinha o contacto directo. Foi ai que me disse que ele, como colega do Caferra Machado, teria mais hipótese de conseguir falar com ele, mas para isso precisava do contacto da tal clínica. Facultei-lhe os dados (email, telefone e pessoa de contacto), tendo ele pedido que os facultasse também à Sra. Paula Alves. Assim o fiz, enviado esses dados por email nesse mesmo dia.A 1 de Outubro, recebo na app myCUF uma notificação de ter uma factura para pagar referente a um “consulta” de ortopedia com um Dr. João Lacerda.A factura em causa tem o nº ISF2019/263712 datada de 27/09/2019, no valor de € 88,00, relativa a uma consulta “subsequente” de ortopedia. Solicitei esclarecimento pois apenas ocorrera uma reunião a pedido do coordenador. Recebo laconicamente em resposta, cito, “Tenho informação do Dr. João Lacerda que foi realizada consulta”.Pelo atraso no meu tratamento, e pelo agravamento do meu estado de saúde tentei obter a informação de fornecedores de materiais ortopédicos. Um respondeu-me a 30 de outubro identificando as próteses.