Dia 20/10/2020 desloquei-me à Leroy Merlin de Alfragide para apresentar uma queixa do meu termoacumulador que não estava a funcionar correctamente. Há uns dias que a água a meio da utilização ficava fria. No apoio ao cliente procederam com a queixa, mas perguntaram-me se a instalação do mesmo tinha sido feita pela loja, ao que eu disse que não. A empregada referiu que por não ter feito a instalação na loja poderia perder a garantia. Ora, nunca, em momento algum fui informada que a loja fazia instalações. No acto de compra nunca me foi dada essa escolha. Não podem, depois da compra do aparelho, que tem dois anos de garantia por lei, dizer que perco a garantia quando nunca houve uma informação da marca sobre esse assunto. Teriam que me informar na altura da compra para que eu pudesse fazer a minha opção. A queixa avançou e uns dias depois a empresa de assistência à Leroy Merlin, a Lidersat, ligou-me e enviou um técnico a minha casa.O técnico deslocou-se a minha casa no sábado, dia 24 de manhã. Olhou para o termoacumulador, nem lhe tocou, olhou para a válvula redutora e viu que os valores estavam muito elevados. Mexeu na válvula e não conseguiu baixá-los e disse A válvula está estragada. Nós podemos fazer um orçamento, mas se conhecer um canalizador aconselho-a a chamá-lo cá a arranjar isto, porque vai ficar mais barato e mais rápido. E foi embora.Confiei no técnico e chamei cá um canalizador que me mudou a válvula. Acontece que ficou tudo na mesma. Mas fizémos uma experiência: Quando o termoaculumador está desligado da ficha a pressão da água está normalizada e está bem, mas ao ligar o termoacululador à corrente, os valores disparam. Voltei a ligar ao meu canalizador que me disse que era impossível ser da pressão da água. Que a pressão está normalizada, como aliás sempre esteve. Que o problema sempre esteve no termoacumulador, que está estragado. Que a resistência deve estar queimada e sobreaquece o aparelho fazendo subir os bar.Dia 29 voltei a ligar para a Lidersat a contar o sucedido para saber o que fazer, visto que o problema não estava onde diziam estar. Falei com o coordenador que me disse que ia tentar perceber e que me voltava a ligar. Ligaram-me dia 30 a dizer que não podia avançar com nada sem que eu fizesse nova queixa, mas que podia ser por telefone. Que ligasse para o 707502207 e falasse com a D.Carla, que me ajudava a avançar com o processo para depois passar outra vez para a parte de reparação.Liguei para a D. Carla e contei o que se passava e a D. Carla ficou indignadíssima. A Carla disse-me que eu não podia ter uma válvula de pressão ligada por baixo de um termoacumulador. Que era impensável. Que o que eu tinha que fazer IMEDIATAMENTE era chamar o canalizador para tirar a válvula e ligar o cano directamente à parede. Eu ainda lhe disse que isso ia totalmente contra o que os colegas técnicos me tinham dito. Aliás, no dia 26 cheguei a ter um telefonema com o orçamento da Lidersat para me substituir a válvula por 180€. Válvula essa que, segundo a D. Carla não deveria existir. E se não devia existir quero saber quem é que me vai pagar os 105€ do canalizador que veio cá a casa por causa de uma válvula que não devia existir.Com tudo isto, como nada estava a ser resolvido, voltei à Leroy Merlin de Alfragide para apresentar nova queixa, dia 30 de Outubro. Pediram mil desculpas e disseram que nunca nada disto tinha acontecido. A verdade é que estou sem àgua quente há 16 dias. Voltaram a abrir o processo e disseram que mal a Lidersat me contactasse, não os deixasse ir embora de minha casa sem que eles resolvessem tudo e eu ficasse com o aparelho arranjado, mal eles sabiam, e eu, que isso nunca viria a acontecer. A Lidersat realmente contactou-me, mas para me pedir dinheiro, disse-me que só podiam continuar com o processo se eu pagasse a primeira deslocação do técnico, deslocação essa que NUNCA me foi dita que tinha que ser paga, que NUNCA imaginei que tivesse que pagar porque tenho um aparelho na garantia, mas, burra, paguei. Contrariada. 36.90€. Pensei que mal feito o pagamento me ligassem para agendarem a visita para me arranjarem o aparelho, mas enganei-me. Afinal queriam ainda mais dinheiro. Voltaram a ligar dia 4 de Novembro desta vez para me dizerem que viram uma fotografia de minha casa e que tinha os canos trocados e que isso era má instalação e que por causa disso perdia a garantia. Expliquei que isto é uma casa antiga e que os canos são assim, que o técnico que cá esteve deveria saber isso. Incompetência ao mais alto nível. Se os canos estivessem trocados durante 1 ano como teria eu tido água quente? Surreal. Só desculpas atrás de desculpas. Depois perguntaram-me se eu alguma vez tinha feito alguma manutenção ao aparelho. Que a manutenção é obrigatória por lei. E que o problema do aparelho pode também ser disso. Que eles fazem essa manutenção e que me dava um orçamento, que, claro, não estava dentro da garantia. O orçamento chegou e era de 183.31€.É dever fundamental de ser prestado um dever ao consumidor (lei n24/96 31 julho), que tem um direito à informação, desde logo porque os fornecedores de bens e serviços estão numa posição privilegiada em relação aos consumidores, em relação ao ponto de vista técnico. E nos termos da referida lei o fornecedor de bens e prestador de serviços deve, tanto nas negociações como na celebração dos contratos, informar de forma clara, objectiva e adequada o consumidor, nomeadamente: sobre as características, composição e preço do bem, como sobre as condições das garantias, prazos, e assistência após o negócio jurídico. Todas estas obrigações foram claramente violadas desde as informações que não me foram prestadas quando adquiri o equipamento, como posteriormente com o surgir de todos os problemas que já vos comuniquei à saciedade, por telefone e presencialmente. A cada contacto novo existe uma nova condição e nenhuma delas me foi transmitida no momento em que deveria ter sido transmitida, pelo que nos termos do artigo 12.