Venho por este meio comunicar que, no decorrer do ano 2020, a imobiliária Habita foi intermediária num processo de compra de um imóvel e permitiu o apropriamento indevido do valor de reserva. Após ter contactado a Habita com vista à compra de uma moradia, fomos recebidos por um senhor que disse colaborar com a imobiliária - de nome Paulo Marques - para mostrar a casa. Mostramos interesse e fizeram-nos assinar uma reserva do imóvel para podermos avançar com o processo no banco e nessa altura tivemos de entregar um cheque no valor de 2.500€. Valor esse que seria abatido no valor total do imóvel. Ou, caso decidíssemos desistir, perdíamos esse valor.Antes ainda da avaliação do ano, o cheque foi depositado - julgávamos nós que só seria depositado caso o negócio fosse para a frente.O imóvel em questão tinha documentação fora do prazo e tinha partes ilegais (nomeadamente um anexo contruído que, segundo a imobiliária, não tinha problema pois havia autorização para construir à vontade). Essas questões atrasaram todo o processo. A avaliação, como havia zonas do imóvel ilegais, foi muito abaixo do valor falado. Como tal, o banco emprestava apenas 55% do valor do imóvel. Por essa razão, foi impossível avançar com o negócio.A imobiliária alegou que fomos nós a desistir do negócio e nunca nos reembolsou o valor da reserva.Contudo, o negócio não foi cancelado por nós. Foi impossibilitado porque a casa tinha construção ilegal e o banco não nos emprestou o dinheiro. Quando confrontámos a imobiliária com a nossa argumentação, deixaram de responder e desapareceram do mapa. Sabemos também que o colaborador que nos mostrou a casa não é funcionário da imobiliária.Estamos neste momento desesperados pois ficamos sem um valor significativo por um negócio atraiçoado à nascença e repleto de má fé por parte da Habita. Pois enquanto mediadora, prejudicou-nos de sobremaneira.Mais acrescento que a reserva foi assinada pelo senhor Paulo Marques - que não é funcionário da Habita.Mais acrescento que nunca nos foi dito que o cheque seria depositado antes do processo avançar e não nos deixaram chegar a acordo para o caso do negócio não avançar.