Exmos. Senhores,
Venho por este meio apresentar a minha profunda insatisfação relativamente ao que aconteceu na madrugada do dia 31 de agosto, no estabelecimento Eskada, situado na Rua da Alegria, 611, 4000-046 Porto.
Eu e o meu grupo dirigimo-nos ao local com a expectativa de passar uma noite tranquila. No entanto, acabámos por ser agredidas por uma rapariga presente na discoteca e, após termos recebido ameaças, decidimos recorrer aos seguranças para expor a situação e pedir auxílio.
Um dos seguranças pediu-me que identificasse a agressora. Quando o fiz, esta aproximou-se com o seu grupo e, após trocar algumas palavras com os seguranças, foi novamente autorizada a entrar no espaço, como se nada tivesse acontecido. Pouco depois, para nossa surpresa, fomos nós expulsas do estabelecimento, alvo de insultos por parte da equipa de segurança, que chegou a chamar-nos, passo a citar, “deficientes mentais”, tratando-nos de forma extremamente desrespeitosa, agressiva e humilhante.
Gostaria ainda de salientar que, em vez de garantir a segurança e o bem-estar dos clientes, a equipa de segurança revelou uma postura intimidatória, discriminatória e completamente abusiva, faltando ao dever profissional que lhes compete. Infelizmente, o gerente da discoteca também demonstrou uma total incapacidade de gerir a situação, adotando uma atitude passiva e negligente, deixando claro que não houve qualquer preocupação em proteger as vítimas, mas sim em encobrir comportamentos inaceitáveis.
Este episódio deixou-nos profundamente indignadas, abaladas e injustiçadas, não só pela agressão inicial, mas principalmente pela forma como fomos tratadas pelo pessoal do estabelecimento. Considero inaceitável que um espaço de lazer e diversão permita que clientes sejam agredidos e ainda por cima revitimizados pela própria equipa de segurança.
Peço, por isso, que esta situação seja devidamente analisada e que sejam tomadas medidas para que situações tão graves como esta não voltem a acontecer.