Morada nova depois dos 55 anos

Publicado a 02 setembro 2025
filipa rendo
Filipa Rendo Team Leader da área de Produção de Conteúdo

Contratar um crédito à habitação nesta faixa etária implica arcar com as consequências de já não se ser novo: em regra, uma prestação mais elevada, devido ao prazo encurtado do empréstimo – de 15 ou 20 anos, no máximo – e ao custo inflacionado do seguro de vida.

 

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Filipa Rendo Team Leader da área de Produção de Conteúdo
iStock Casal de meia-idade numa sala vazia, segura em caixotes
Têm sido criados apoios para a aquisição de casa pelos mais jovens. Mas para os menos jovens nada existe, pelo que todas as fichas têm de ser colocadas na escolha do banco certo. 

Despejo, divórcio ou necessidade de mudar de casa podem lançar qualquer consumidor, independentemente da idade, perante a urgência de comprar um imóvel para morar. Num país onde a especulação imobiliária é quem mais ordena, e os rendimentos da população não andam de mãos dadas com a subida do preço das habitações, o recurso ao crédito não é, na maioria das vezes, uma opção, mas antes uma condição sine qua non.

As famílias, já com empréstimos em curso, têm vindo a beneficiar da descida gradual das taxas de juro, com um bem-vindo alívio na prestação mensal. Mas, para quem está agora a recomeçar a vida, sobretudo depois dos 50 ou dos 55 anos, mesmo a estabilização da Euribor nos 2% (desde meados do ano) pode não ser suficiente para dar o passo em frente.

Contratar um crédito à habitação nesta faixa etária implica arcar com as consequências de já não se ser novo, segundo o cartão de cidadão: em regra, uma prestação mais elevada, devido ao prazo encurtado do empréstimo – de 15 ou 20 anos, no máximo – e ao custo inflacionado do seguro de vida. E, se recentemente têm sido criados apoios para a aquisição de casa pelos mais jovens, para os menos jovens nada existe, pelo que todas as fichas têm de ser colocadas na escolha do banco certo.

Segundo o mais recente estudo da DECO PROteste, apenas duas instituições bancárias parecem ter adaptado a sua oferta de crédito à habitação a clientes com mais de 55 anos, permitindo prazos de pagamento ligeiramente mais alargados e não exigindo seguro de vida. Condições que, não resolvendo tudo, pelo menos, acendem uma luz ao fundo do túnel.

 

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