Olá a todos/as,

Em 2006 comprei uma habitação (própria e permanente) por 85.000€, 100% por empréstimo. Em 2022 vendi essa habitação por 178.500€. Nesse momento ainda tinha 52.000€ de divida ao banco.

Também em 2022, comprei uma nova habitação (própria e permanente) por 345.000€, para a qual dei de entrada (CPCV + Banco) 95.000€ (o remanescente ficou para empréstimo (250.000€)).

Além do valor de entrada referido, tive também outras despesas, com a agência imobiliária (11.000€), certificado energético (250€) e impostos (selo, IMT, cerca de 19.300€).

Acrescento que no momento da compra de 2006 as despesas que tive não ultrapassaram 2.000€ e também não tenho despesas de melhoria dessa casa.

Como o Anexo G é relativamente confuso, dei estes e outros dados a um contabilista. Contudo, antes de dar essa tarefa testei o preenchimento automático que me dava a receber cerca de 2.400€. Com as mais-valias, colocadas pelo contabilista, o resultado foi ter a pagar cerca de 1.500€ (o IRS ainda não foi submetido).

Acontece que todo o dinheiro que recebi da casa que vendi foi efectivamente (re)investido na compra da nova. Não fiquei com qualquer verba para "outras coisas", pois o objectivo sempre foi alocar tudo para diminuir o valor empréstimo. Na verdade, juntando todas as despesas (CPCV + entrada, agência, certificado, impostos), o valor total investido foi de aproximadamente 125.000€.

O problema, aparentemente, segundo o contabilista, é que os impostos da casa nova (selo e IMT, cerca de 19.300€!), não podem ser colocados nas despesas para este IRS(?), apenas quando vender a casa que agora comprei. Isso acaba por criar um "buraco" de quase 20.000€, originando um valor a pagar.

Não tenho conhecimentos sobre estas matérias, pelo que vinha aqui solicitar alguns conselhos. Terei mesmo que pagar mais-valias, tendo reinvestido a totalidade do que recebi? Ter pagado 20.000€ de impostos (IMT e selo), que aparentemente não podem ser colocados neste IRS como despesa, pode ter como consequência ter que pagar agora mais-valias?

Esta é uma situação muito aborrecida pois estava plenamente convencido que não teria mais-valias a pagar (e que eventualmente até iria receber de IRS, pois, como disse, não fiquei com nada na conta que não tivesse). Na verdade, não só não fiquei com dinheiro da casa antiga, como ainda coloquei algum (pouco) dinheiro de poupanças. Assim, como proceder numa situação destas em que tudo o que se recebeu foi efectivamente reinvestido mas as finanças indicam que há algo a pagar?

Obrigado, GA