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Starlink: para quem compensa?

Se precisa de contratar internet por satélite, fique a par dos preços e velocidades do serviço Starlink e saiba para quem é útil.

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06 outubro 2025
Starlink

iStock

O interesse à volta do serviço de internet Starlink tem vindo a crescer, sobretudo por parte de quem vive em zonas rurais ou com fraca cobertura de internet de banda larga. A Starlink, uma empresa subsidiária da SpaceX, fundada por Elon Musk - o também dono da Tesla -, oferece um serviço de internet via satélite que, apesar de ter sido pensado para levar a internet a áreas mais remotas, sem a infraestrutura tradicional, funciona em qualquer lugar.

Atualmente, o serviço não só pode ser usado em qualquer lugar do mundo, como está a ser disponibilizado por valores mais acessíveis. A associação de consumidores belga congénere da DECO PROteste analisou o serviço, para determinar se pode ser uma solução para qualquer consumidor ter internet em casa, ou se apenas é indicada para quem vive em zonas remotas ou para quem anda em viagem, numa autocaravana, por exemplo.

Quanto custa o Starlink?

Para usar o serviço Starlink é preciso comprar o kit com o equipamento – no site da marca ou num revendedor autorizado (como Fnac e Worten) - e contratar um plano mensal. Sendo assim, há dois custos a considerar:

  • o equipamento: o kit standard custa 349 euros e o mini 299 euros. Se for ativado um plano de fidelização de 12 meses, o kit standard é gratuito;
  • a mensalidade: entre 29 e 40 euros por mês, para o serviço Residencial, e entre 40 e 89 euros, para o serviço Em viagem. As velocidades e/ou dados disponíveis variam consoante a subscrição escolhida.

O kit é constituído pela antena, pelo router, pela fonte de alimentação e pelos cabos necessários. Para poupar nos custos de instalação, o conjunto pode ser montado pelo utilizador. Para tal, deve começar por descarregar a aplicação do serviço e seguir as instruções. A app apresenta dicas para uma correta calibração da antena e como otimizar o alinhamento com os satélites Starlink. Tanto a instalação como a configuração do sistema são simples de executar. A única ação que poderá ser mais problemática é levar o cabo da antena até ao interior da casa.

Quais as velocidades reais do serviço?

A associação de consumidores belga instalou o Starlink (kit Standard) e uma ligação de internet por banda larga numa casa, para comparar a qualidade de ambos os serviços. Efetuou várias medições: velocidades de download e de upload, latência e funcionamento de chamadas de vídeo.

Ao fim de várias semanas, constatou que a velocidade de download oscilou entre 200 Mbps e 350 Mbps, tendo picos de 450 Mbps.

No upload, o comportamento foi um pouco diferente: apesar de a Starlink anunciar velocidades entre 15 Mbps e 30 Mbps, com frequência se registaram valores de 5 Mbps.

Embora tudo dependa da região onde se encontra o serviço, o valor é baixo. Por outro lado, os planos Lite ou Em viagem perdem a prioridade em horas de pico ou em zonas mais congestionadas. Por essa razão, a ligação pode ficar mais lenta face ao plano Residencial. Se tiver interesse no serviço, e morar numa zona com maior densidade populacional, tenha este aspeto em conta, na altura de decidir o plano a contratar.

Tanto a visualização de vídeos como a realização de videochamadas decorreram sem problemas, como numa ligação de banda larga. A latência revelou valores bastante aceitáveis, embora ligeiramente acima dos registados pelo serviço de banda larga, mas muito inferiores aos medidos nos serviços de internet por satélite. Pode ser explicado por a Starlink recorrer a uma quantidade muito mais elevada de satélites, que orbitam a uma altitude bastante mais reduzida. Embora esta menor altitude obrigue à utilização de mais satélites, reduz o tempo necessário para que o sinal faça a “viagem” de ida e volta, o que determina o tempo de latência.

Este aspeto torna este serviço muito interessante para quem faz chamadas de vídeo, mas pode limitar ligeiramente os utilizadores de jogos de vídeo, que verão a rapidez de resposta aos comandos dos jogos um pouco diminuída.

O sistema Starlink consome mais eletricidade do que os equipamentos dos serviços de banda larga, embora os valores variem bastante ao longo do dia. Esta variação pode dever-se à necessidade de a antena ter de se realinhar com as posições dos satélites que se encontram em órbita. Quem usar a ligação à internet de forma constante, deve ter este aspeto em consideração.

Vale a pena contratar o serviço Starlink?

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