Sismo: o que fazer e como proteger-se?
Portugal não está livre de sofrer novo sismo. Saiba o que fazer durante e depois do tremor de terra e veja como garantir a proteção com um seguro.

Atravessado por duas placas tectónicas, nas regiões da Grande Lisboa e do Algarve, Portugal Continental não está imune a um tremor de terra. Os Açores são outra zona de risco. Também não podemos descartar a ocorrência de tsunamis, inundações e desabamentos.
Saiba o que fazer em caso de sismo e garanta a sua proteção com um seguro. A cobertura de fenómenos sísmicos tem um âmbito alargado, que cobre danos resultantes de tremores de terra, erupções vulcânicas e maremotos.
Voltar ao topoO que fazer durante um sismo
Por mais difícil que seja a situação, tente manter a calma. Siga as dicas da Autoridade Nacional de Proteção Civil sobre o que fazer em caso de sismo.
- Procure um local abrigado. Os pontos mais seguros são os vãos das portas (de preferência paredes mestras), cantos das salas e debaixo de mesas, camas ou outras superfícies resistentes.
- Ajoelhe-se e proteja a cabeça e os olhos com as mãos. Siga a regra "baixar, proteger, aguardar".
- Nunca use o elevador nem se precipite para as saídas se estiver num andar superior, pois as escadas podem ficar congestionadas.
- Afaste-se de janelas, espelhos, chaminés e objetos que possam cair. Não fique no meio de corredores, salas ou quartos.
- Caso esteja na rua, tente ficar longe de edifícios altos, postes de eletricidade e outras estruturas que possam cair.
- Se estiver a conduzir, procure parar o carro longe de edifícios, muros, encostas, postes e cabos de alta tensão. Não saia do veículo.
O que fazer depois do sismo
- Não se esqueça de que podem ocorrer réplicas nos primeiros minutos após o sismo.
- Corte o gás, a eletricidade e a água.
- Não acenda fósforos nem isqueiros, pois pode haver fugas de gás.
- Confirme se a casa sofreu danos graves. Se a habitação não for segura, retire todas as pessoas. Leve a mochila de emergência. Use sempre as escadas e não volte atrás. Solte os animais; eles tratam de si próprios.
- Tenha cuidado com vidros partidos e cabos elétricos. Não toque em objetos metálicos que estejam em contacto com fios elétricos.
- Se possível, proteja-se com calças e camisolas de mangas compridas. Calce sapatos resistentes.
- Caso haja pequenos incêndios em casa, extinga-os.
- Tintas, pesticidas e outras substâncias inflamáveis devem ser limpos.
- Afaste-se das praias, se possível, pois pode ocorrer um tsunami após um sismo.
- Se estiver na rua, não volte para casa.
- Ajude os feridos, se souber. Mas não mexa em pessoas com fraturas, a não ser que haja risco de incêndio, inundação ou derrocada.
- Acompanhe as instruções que são dadas pelas autoridades através do rádio a pilhas.
- Para não congestionar as linhas e dificultar as comunicações entre bombeiros, polícia, Proteção Civil e outras entidades, use o telemóvel apenas em caso de extrema urgência (feridos graves, fugas de gás ou incêndios).
Seguros em caso de sismo: como preparar a família e a casa
Defina locais seguros na casa e partilhe-os com toda a família (por exemplo, devem abrigar-se debaixo de mesas e camas, em caso de sismo). Compre um extintor, ensine os mais velhos a usá-lo e faça uma revisão periódica ao equipamento. Também é importante que todos saibam desligar o gás, a água e a eletricidade.
O 112 é o número único europeu de emergência. Deve contactá-lo por telefone ou telemóvel para pedir ajuda em situações de catástrofe em qualquer país da União Europeia. A chamada é gratuita. Informe a família, inclusive as crianças, sobre este número.
Prepare a casa de forma a facilitar os movimentos, libertando os corredores de objetos que impeçam a circulação. Fixe as estantes ou móveis pesados, as garrafas de gás, os vasos e as floreiras às paredes. Coloque os objetos pesados no chão ou nas estantes mais baixas. Se possível, não coloque as camas perto de janelas ou debaixo de candeeiros.
Nem sempre todos os membros da família estão em casa quando a catástrofe acontece. Combine entre todos um ponto de encontro fora de casa, caso seja preciso reunirem-se.
Seguros a contratar
A cobertura de fenómenos sísmicos está entre as menos subscritas em Portugal. O elevado custo e o caráter não obrigatório ajudam a compreender esta tendência. No entanto, é uma cobertura com âmbito alargado, que cobre danos resultantes de tremores de terra, erupções vulcânicas e maremotos.
O prémio referente à cobertura de fenómenos sísmicos é calculado em função do capital seguro, da zona do País em que o imóvel se situa e do ano de construção. Ou seja, é mais caro quanto maior for o capital seguro, quanto mais antigo for o imóvel e maior for o risco sísmico associado à zona.
Todas as seguradoras garantem uma indemnização até ao limite do capital seguro e, regra geral, impõem uma franquia mínima de cinco por cento do capital. Pode optar por contratar franquias superiores ou assumir parte do risco em troca de uma diminuição do prémio, mas desaconselhamos as duas hipóteses.
A correta avaliação da casa e do respetivo conteúdo é fundamental para garantir que, em caso de sinistro, recebe o valor suficiente para repor os bens danificados. No caso do imóvel, o capital seguro deverá corresponder ao valor de reconstrução, geralmente inferior ao valor de mercado, pois não considera o terreno. Por sua vez, o capital seguro para o recheio deverá corresponder ao valor de substituição em novo, ou seja, quanto teria de gastar para adquirir os objetos que tem em casa.
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