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Seguros avaliados: exclusões desagradam aos consumidores

A satisfação dos consumidores com as companhias de seguros automóvel, multirriscos-habitação e saúde continua aquém do desejável. As exclusões previstas nas apólices são o que mais desagrada aos clientes. Conheça os resultados do estudo da DECO PROteste.

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26 junho 2024
Casa, carro e saúde protegidos por um chapéu-de-chuva

iStock

Os clientes estão pouco satisfeitos com as seguradoras. No mais recente inquérito anual da DECO PROteste aos seus subscritores sobre companhias de seguros, nenhuma obteve a nota de "satisfação elevada". Numa escala de 1 a 10, a melhor pontuação é de 7,2, e isso no ramo dos seguros de saúde.

De forma transversal, as exclusões previstas nas apólices continuam a ser a principal razão de queixa dos consumidores. As seguradoras do ramo automóvel são, ainda assim, as que reúnem menor percentagem de clientes com problemas quando acionam o seguro.

Poucos problemas com o seguro automóvel

Entre os inquiridos, 93% revelam ter um seguro desta natureza. Além da responsabilidade civil (de contratação obrigatória), as coberturas facultativas mais subscritas são a assistência em viagem (83,7%), a quebra de vidros (81,9%) e a cobertura de condutor e ocupantes (76,1 por cento).

A Fidelidade é a companhia mais bem classificada, ainda que com uma pontuação igual à obtida, no ano passado, pela terceira – a Zurich –, seguradora que, este ano, passa para segundo lugar. A ok! seguros completa o pódio. De assinalar é ainda a descida da Mapfre, que passou do quinto lugar, nos últimos dois anos, praticamente, para o final da tabela. Já a Ocidental Seguros registou o movimento inverso: ocupou o último lugar no mesmo período, aproximando-se, este ano, do meio da classificação.

 

Multirriscos-habitação com muita margem para melhorar

O seguro multirriscos-habitação, subscrito por 75% dos inquiridos, continua a ser aquele que gera mais insatisfação: nenhuma companhia atinge a marca dos 7 pontos, sendo a ok! seguros a única a obter uma boa apreciação (6,5 pontos). As restantes não vão além da qualidade média. No que toca aos problemas reportados, mais de um quarto dos inquiridos queixam-se de não terem sido reembolsados na totalidade, quando acionaram o seguro. Fazer uma correta avaliação dos bens a segurar, aquando da subscrição da apólice, é fundamental para tentar evitar este problema.

Logo de seguida, com mais de um quinto de respostas, vêm as exclusões, queixa comum aos três seguros avaliados. No que toca a este tema, a DECO PROteste reforça a necessidade de, por um lado, as seguradoras serem mais claras sobre as apólices que comercializam e, por outro, os clientes estarem bem atentos às condições contratuais, quando subscrevem os seus seguros.

Seguros de saúde são os que mais agradam

O número é praticamente redondo: 50,3% dos subscritores da DECO PROteste dispõem de seguro de saúde. Em comparação com os restantes países em que o inquérito foi levado a cabo, esta percentagem é menor do que na Bélgica (84,9%), mas mais elevada do que em Espanha e em Itália (42% e 35,7%, respetivamente).

Neste ramo, e embora repetindo os 7,2 pontos obtidos no último estudo, a seguradora mais bem posicionada é a Médis. A MGEN mantém-se também como uma das três primeiras, subindo uma décima e um lugar face a 2023. A Multicare fecha o pódio com 7,1 pontos, uma décima acima do ano passado. Por seu turno, os três últimos nomes mantiveram as suas posições.

No caso do seguro de saúde, 13,8% dos clientes queixam-se também de terem tido uma surpresa desagradável quando acionaram a apólice e perceberam que, afinal, aquela não incluía todas as despesas que julgavam estar cobertas. Segue-se a falta de autorização para fazer um determinado tratamento ou exame, problema reportado por quase um em cada dez consumidores. 

Como foi feito o estudo

Durante o mês de janeiro, a DECO PROteste realizou um inquérito online a uma amostra dos seus subscritores e obteve 2539 respostas válidas. Para obter resultados mais robustos, ao total foram adicionadas as respostas do ano anterior (com menor peso), perfazendo 6438. O mesmo inquérito foi levado a cabo na Bélgica, em Espanha e Itália

Em caso de conflito com a sua seguradora, pode apresentar reclamação na plataforma Reclamar. A queixa será encaminhada para a seguradora, com o apoio da DECO PROteste na mediação do processo.

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