Muesli é tão saudável como aparenta?

Junta cereais com frutos secos, fruta desidratada, como passas ou sultanas, e sementes: o muesli é uma opção popular para o pequeno-almoço. A DECO PROteste analisou os ingredientes de 52 muesli e 22 não escapam a uma nota negativa da escala Nutri-Score, algoritmo utilizado para determinar a qualidade nutricional global dos produtos alimentares. Serão todos recomendáveis? O comparador responde à questão.

Qual o melhor muesli?

A lista de ingredientes é preciosa para averiguar o que contêm os cereais, como aromas, aditivos ou ingredientes ultraprocessados. Já a informação nutricional dá a conhecer o seu interesse alimentar, no que toca, por exemplo, a açúcares, ácidos gordos saturados e fibra.

Muesli com aditivo não recomendado

A maioria dos muesli dispensa aditivos. Porém, a muitos produtos foram adicionados até três aditivos. E, por vezes, encontraram-se aditivos pouco recomendáveis, de acordo com o simulador de aditivos. Nos muesli, detetou-se um aditivo pouco recomendável (E 471 - Mono e diglicéridos de ácidos gordos) em quatro produtos. 

Investigações com animais de laboratório sugerem que aquele aditivo pode promover o aumento da permeabilidade da barreira intestinal e favorecer doenças inflamatórias crónicas do intestino (aumentando o risco de cancro do cólon), o incremento da adiposidade (síndrome metabólica) e o aparecimento da diabetes. Também pode alterar o equilíbrio da flora intestinal, fomentando reações autoimunes.

Açúcares e ácidos gordos saturados nos muesli

Uma boa parte dos muesli analisados têm um interesse nutricional reduzido. Uma conjugação de fatores leva a que 22 muesli tenham chumbado na avaliação nutricional.

Por exemplo, o teor em açúcares varia entre 0,9 e 28,9 por cento. Mas um maior teor de ácidos gordos saturados nalguns produtos também desempenhou um papel nesta avaliação menos favorável.