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Sarampo: o que é, como se transmite e como prevenir

A vacina contra o sarampo é a principal medida de prevenção contra a doença, faz parte do Programa Nacional de Vacinação e é gratuita. Veja como se transmite a doença e como prevenir.

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09 abril 2025
criança com sarampo e com termómetro

iStock

O sarampo é uma infeção provocada por um vírus. É uma das doenças infeciosas mais contagiosas, transmitindo-se de pessoa para pessoa através de gotículas ou aerossóis. Habitualmente, a doença é benigna, mas, em alguns casos, pode ser grave ou mesmo fatal.

Quais os sintomas do sarampo?

O período de incubação dura normalmente 10 a 12 dias, mas pode variar entre 7 e 21 dias.

Tudo começa com febre (igual ou superior a 38ºC), conjuntivite, nariz a pingar e tosse. A seguir, chegam uns pequenos pontos brancos na boca (manchas de Koplik), normalmente um a dois dias antes do aparecimento de manchas vermelhas na pele (o chamado exantema maculopapular, na gíria médica). Aparecem primeiro no rosto, depois no tronco e, por último, nas pernas.

As manchas vermelhas duram quatro a sete dias e, na fase final, a pele descama. Geralmente, esta fase é acompanhada por febre alta e um estado de extremo cansaço físico e psíquico.

O sarampo é contagioso quatro dias antes de surgirem as manchas vermelhas na pele e até quatro dias depois.

Sarampo: qual o tratamento?

O tratamento consiste em manter o doente confortável e em aliviar os sintomas até que estes desapareçam, o que geralmente ocorre ao fim de duas a três semanas. Os antibióticos não são eficazes contra o vírus do sarampo, mas podem ser prescritos pelo médico, se surgir uma infeção bacteriana secundária (como uma otite, por exemplo).

Infeção por sarampo é grave?

As complicações do sarampo podem incluir outras doenças, tais como:

  • otite média;
  • pneumonia;
  • diarreia;
  • encefalite.

Uma complicação rara, que pode ocorrer anos depois da doença aguda, é a panencefalite esclerosante subaguda, que resulta de uma infeção cerebral de longa duração causada pelo vírus do sarampo. Esta doença pode ser mortal.

As complicações são mais frequentes em crianças com menos de cinco anos e em adultos com mais de 20 anos.

A forma clássica de sarampo surge em indivíduos não vacinados e caracteriza-se por um quadro clínico que pode ser grave, dar azo a complicações e levar à morte. A contagiosidade destes casos é muito elevada. Em pessoas vacinadas, a doença apresenta um quadro clínico mais ligeiro e com muito baixa probabilidade de contágio. Esta forma da infeção é conhecida por sarampo modificado.

Vacinação contra o sarampo

A vacina é a principal medida de prevenção contra o sarampo. As pessoas não vacinadas e as que nunca tiveram sarampo têm uma elevada probabilidade de contraírem a doença se forem expostas ao vírus. Ainda assim, existem comunidades não vacinadas. Aliás, nos últimos anos, têm surgido surtos de sarampo em vários países por falta de vacinação. 

A Direção-Geral da Saúde tem vindo a reforçar a importância da vacinação de acordo com o que está recomendado pelo Programa Nacional de Vacinação.

Até aos 18 anos de idade

Todas as pessoas com menos de 18 anos deverão tomar duas doses de vacina contra o sarampo. Idealmente, a administração da primeira dose está recomendada aos 12 meses e a segunda dose aos 5 anos.

A partir dos 18 anos

  • Para os nascidos em 1970 ou após esta data, não vacinados contra o sarampo e sem história credível da doença, é recomendada uma dose (exceto profissionais de saúde, para quem são recomendadas duas doses).
  • Os nascidos antes de 1970 não necessitam de estar vacinados (exceto profissionais de saúde, para quem são recomendadas duas doses).


Verifique o seu boletim de vacinas e, se necessário, vacine-se. Se nunca teve sarampo e vai viajar, certifique-se de que apanha a vacina.

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