Exmos. Senhores,
Chamo-me Paula Pinheirinho Jacinto e Nicolau, titular do contrato n.º 846888, relativo à instalação de alarme na morada no Bairro da Encarnação– Olivais, Lisboa.
Venho apresentar reclamação formal devido a incumprimento contratual, informação comercial falsa e pressão indevida na instalação do vosso sistema de segurança.
1. Proposta comercial e compromissos assumidos
Durante a visita comercial, foi-me garantido e repetido várias vezes que:
O andar superior teria sensores individuais em todos os vãos e janelas;
O pátio traseiro, fachada do rés-do-chão e a minha garagem, ficariam totalmente protegidos pelo sensor perimetral exterior, o que dispensava a colocação de sensores nas janelas traseiras do rc;
Seria instalada uma câmara na fachada principal frontal, voltada para baixo, que não filmaria a via pública, e cuja instalação foi confirmada como viável de imediato.
O conjunto da proposta foi o motivo determinante para a minha adesão imediata e marcação da instalação com pagamento imediato de um sinal e total no dia da instalação.
2. Situação real e irregularidades
Após a instalação
, e por coincidência por ter ido ao pátio, e agora com verificação técnica pelo piquete:
O sensor perimetral não dispara — testado com o apoio telefónico do vosso atendimento e posteriormente confirmado por um técnico de piquete;
A cobertura real ( se trabalhasse ) é muito inferior à prometida, abrangendo no máximo cerca de 6 metros dos 16–18 metros garantidos;
A célula fotosensível acende o LED vermelho, mas não ativa o alarme;
As janelas do rés-do-chão (da futura casa da minha irmã) não estão protegidas, ao contrário do que foi garantido na venda;
No relatório técnico nº 8970057 (20/10/2025) está registado que o “detetor não protege o espaço pedido pela cliente (cerca de 16 metros)”, o que comprova a falha de cobertura;
No dia da montagem, os vossos técnicos insistiram em instalar sensores dentro da casa da minha irmã no rc, mesmo depois de eu explicar que a casa vai entrar em obras — insistência que considero inaceitável e motivada apenas pelo facto de quererem o pagamento;
Finalmente, a câmara frontal prometida não foi instalada, com a justificação de que o muro “era baixo”, o que contradiz as informações dadas na venda
3. Direito de resolução
O contrato foi celebrado fora do estabelecimento comercial e pago no momento da venda, pelo que me encontro dentro do prazo legal de 14 dias para exercer o direito de livre resolução, conforme o Decreto-Lei n.º 24/2014, de 14 de fevereiro.
Assim, reservo-me o direito de resolver o contrato e exigir o reembolso integral caso a situação não seja corrigida de forma imediata e satisfatória.
4. Pedido formal
Solicito:
1. Intervenção urgente de um supervisor técnico, para avaliar a instalação e garantir a cobertura integral prometida;
2. Esclarecimento sobre a conduta do vendedor e equipa de instalação, incluindo as falsas garantias dadas sobre o alcance do sensor perimetral e a tentativa de instalação indevida na casa da minha irmã;
3. Proposta de compensação adequada, considerando a gravidade da situação, o tempo perdido e o prejuízo moral de ter confiado numa empresa que se apresentou como líder em segurança e agiu com falta de transparência.
Aguardo resposta formal até 24 de outubro de 2025, findo o qual exercerei o direito de resolução e apresentarei queixa à DECO, ASAE e no Livro de Reclamações Eletrónico.
Anexo:
Participação de Serviço / Ampliação nº 8970057 (20/10/2025)
Com os melhores cumprimentos,
Paula Pinheirinho Jacinto e Nicolau
pjnicolau@gmail.com