Venho, por este meio, apresentar uma reclamação formal relativa ao processo de reparação do meu iPhone 15 Pro Max, realizado através da Domestic & General, processo esse que se revelou ineficaz, incompleto e prejudicial para a qualidade e o valor do equipamento.
No dia 18 de julho de 2025 participei o primeiro sinistro após ter partido o ecrã traseiro do telemóvel. Fui informada de que o equipamento seria recolhido na minha morada, o que nunca aconteceu, sem que me fosse dada qualquer explicação. Mais tarde, vim a saber que a não recolha se deveu ao facto de ser necessário desativar a localização do iPhone por um método específico — informação que nunca me foi comunicada por qualquer elemento da vossa equipa. Perante a ausência de recolha e de esclarecimentos, acabei por entregar o telemóvel diretamente na loja Worten, local onde o comprei.
Após esta primeira reparação, o equipamento regressou com peças compatíveis e não originais, facto que nunca me foi informado nem autorizado, e regressou também com a reparação do vidro traseiro por concluir, sendo este precisamente um dos motivos iniciais da participação. Além disso, ninguém me informou de que o equipamento já se encontrava disponível na loja; só o descobri quando contactei a Worten por iniciativa própria. Na prática, o telemóvel foi devolvido sem estar devidamente reparado e com componentes que não correspondem aos originais, afetando a sua integridade e o seu valor de mercado.
Dado que o problema persistia, apresentei nova participação de sinistro no dia 4 de agosto de 2025. O equipamento seguiu então para a vossa equipa técnica. Solicitei o relatório técnico e verifiquei que, apesar de ter sido substituído o ecrã, continuam a registar-se problemas de funcionamento. O próprio relatório refere que o ecrã instalado é de origem desconhecida, que não mantém as mesmas características do original e que a reparação do vidro traseiro continua por concluir. A sensibilidade do ecrã não corresponde à de fábrica e o equipamento não apresenta a qualidade e o desempenho originais. Na passada quarta-feira fui novamente levantar o telemóvel e constatei que, mais uma vez, nada ficou resolvido, mantendo-se os mesmos problemas e permanecendo instaladas peças não originais.
Estas situações tiveram consequências diretas: a Worten recusou a retoma do telemóvel por conter peças da concorrência, e, ao tentar vendê-lo a título particular, constatei que o valor de mercado está reduzido em mais de 50%, precisamente devido à substituição de peças originais por peças não genuínas - algo que ocorreu no âmbito do vosso seguro e sem o meu consentimento.
Face ao exposto, não aceito uma nova reparação, uma vez que já ficou demonstrado que o problema não foi resolvido em duas tentativas e que, pelo contrário, o equipamento foi desvalorizado e adulterado. Assim, ao abrigo do disposto no Artigo 18.º, n.º 4, do Decreto-Lei n.º 84/2021, de 18 de outubro, venho exigir o reembolso integral do valor do telemóvel, dado que a falta de conformidade subsiste após duas reparações e que foram utilizadas peças não originais, afetando significativamente a qualidade e o valor do bem.