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Reclamação passageira Ryanair- Acidente

Não resolvida Pública

Problema identificado:

Outro

Reclamação

F. C.

Para: RYANAIR

06/03/2025

Exmos. Senhores, No dia 7 de fevereiro de 2025 apanhamos o voo fr6038 da Ryanair da Terceira com destino ao Porto que estava agendado às 19h05. A plataforma da escada estava afastada e com um espaçamento maior que é suposto na porta de embarque traseira (envio fotos em anexo), o que originou a queda da passageira de 71 anos, que é a minha sogra. Com esta queda a passageira Maria Rosa Leite Rolo Nora rasgou a perna e ficou a sangrar. Perante o sucedido, a minha sogra estendeu a mão a pedir ajuda a um das hospedeiras que a ignorou completamente, voltamos a pedir ajuda enquanto ela estava desamparada a tentar erguer-se da queda e a hospedeira respondeu que "não estava qualificada para isso" e eu a segurar a minha mãe por trás para não cair escada abaixo. Tendo em conta a falta de auxílio, quem acabou por ajudar a minha sogra a levantar-se e a conseguir sentar-se no seu lugar foi uma das passageiras que por sinal era uma enfermeira e foi quem estancou a hemorragia da minha sogra posteriormente. Enquanto a enfermeira tentava prestar auxílio o chefe de cabine fr6038 dirigiu-se à minha sogra com arrogância e sem qualquer tipo de compaixão e disse-lhe " que não podia prosseguir viagem naquele estado", isto sem sequer ouvir a opinião das enfermeiras a bordo e da equipa do INEM que estava a caminho. Esta insinuação causou um estado de ansiedade a uma pessoa de 71 anos que estava a sangrar da perna e ao nosso bebé de dois anos que estava a chorar descontroladamente ao nosso lado perante toda a situação. Depois de dizermos várias vezes que estavam duas enfermeiras a bordo dispostas a ajudar o supervisor de cabine fr6038 não disponibilizou o kit de primeiros socorros, isto depois das duas profissionais de saúde pedirem mais que uma vez e destacarem que tinham carteira profissional e estavam dispostas a ajudar. Uma das enfermeiras disse várias vezes ao superior que "não prestar assistência é crime" e que só precisavam de umas luvas e de umas compressas para estancar a hemorragia o mais rápido possível. Isto tudo gerou um descontentamento geral por parte dos passageiros e dos familiares tendo em conta que o supervisor não estava a disponibilizar o kit de primeiros socorros depois de inúmeras tentativas. Só o disponibilizou depois de alguns passageiros mencionaram mais uma vez que as pessoas que queriam ajudar eram profissionais de saúde e que não valia a pena estar a aguardar pelo INEM quando tinham pessoas a bordo capazes de estancar a hemorragia e minimizar os danos. Perante esta manifestação e muitos nervos à mistura o supervisor dignificou-se a entregar o kit, quando a hemorragia já estava a ser estancada com recurso a uma fralda de bebé. Tendo em conta que não nos forneciam o kit de primeiros socorros, depois de vários pedidos as enfermeiras chegaram ao cúmulo de estancar a hemorragia da perna com uma fralda de bebé do nosso filho. Quando a equipa do INEM chegou ao avião constatou que as enfermeiras já tinham conseguido estancar a hemorragia e que os sinais vitais estavam normais. Era completamente desnecessário este sem fim de protocolos e tanta hesitação em fornecer o kit de primeiros socorros quando tínhamos profissionais de saúde qualificadas -- informação que parecia não estar a entrar na cabeça do supervisor de cabine que só falava no protocolo e não queria saber/ouvir mais nada. Não houve qualquer compaixão e sentido de ajuda por parte da tripulação de cabine. Uma situação lamentável que não pode/deve voltar a acontecer. Omissão de auxílio é crime! Quando chegou ao Porto foi transportada pelo INEM até ao Hospital São João e levou onze pontos na perna, o que demonstra a gravidade do sucedido. Face ao exposto, gostaria de perceber quem é que se vai responsabilizar pelas despesas de saúde, tendo em conta que a minha sogra tem que trocar o penso várias vezes por semana, deslocar-se de táxi e pagar a medicação. Quem vai assumir essa despesa? Ainda mais lamentável é a companhia aérea Ryanair nem sequer dar-se ao trabalho de responder à queixa que enviamos por email. Cumprimentos.


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